Muita confusão em relação às investigações sobre um suposto esquema de grilagem de terras na ilha de São Luís. Diversos jornais, sites e blogs divergem, desde ontem (16), sobre qual a real situação do deputado estadual Raimundo Cutrim (PSD), na foto ao lado, e do secretário de Assuntos Estratégicos, Alberto Franco (foto abaixo), no inquérito.
Ao titular do blog, há pouco, o delegado Carlos Alberto Damasceno, chefe da comissão que investiga os crimes, garantiu que os dois já foram indiciados por falsidade ideológica.
“Todos os que foram ouvidos estão indiciados. Há indícios de crime de falsidade ideológica e o inquérito deverá apontar isso”, declarou.
O fato de terem sido indiciados, não significa dizer que ambos são culpados, ou que estejam condenados.
O deputado e o secretário foram ouvidos na última quarta-feira (15). Eles estão sendo denunciados como envolvidos na fraude de grilagem de terras. Franco foi indiciado pelo crime de falsidade ideológica, por ter assinado, segundo a polícia, em julho de 2000, como representante do 1º Ofício de São José de Ribamar, uma procuração falsa, outorgada por uma pessoa já falecida desde 1997.
O documento, de acordo com o inquérito policial que investiga as fraudes de compra e venda de lotes na área da Pindoba, município de Paço do Lumiar, teria possibilitado a movimentação ilegal de 452 hectares de terras. Entre os beneficiários da fraude, conforme as investigações, estaria o deputado estadual Raimundo Cutrim (PSD).
Cutrim diz-se inocente e que contribuirá com as investigações. Ele se comprometeu a entregar toda a documentação que embasou a aquisição do terreno. Alberto Franco diz que, se houve fraude, ela partiu do procurador dos herdeiros do terreno, Sebastião Cardoso Filho, que teria falsificado uma procuração em nome de um falecido.
O pedido de prorrogação de prazo para conclusão do inquérito foi feit ontem pela Polícia Civil, que deve ter mais 30 dias para entregar o resultado final das investigações.
Quem conhece um pouco de Processo Penal sabe o que significa indiciamento. A autoridade policial passa a concentrar a atividade investigatória sobre o indiciado diante da existência de indícios claros de autoria do crime. Por muito menos do que isso, investigados, ainda não indiciados, tem a representação pela prisão preventiva feita ao juiz. Isso não significa que os dois são criminosos ou tenham praticado qualquer conduta participativa, mas o cenário não é animador. Pior é que os mesmos acabam sendo condenados antes do processo pela sociedade, somente por seus nomes terem sido citados. Cabe à imprensa esclarecer os pontos. Se forem inocentados, é obrigação da mídia séria publicar ostensivamente essa eventual informação e tentar compensar o prejuízo à imagem dos dois. Se forem, eventualmente, culpados, que sejam punidos nos limites da lei.
Perfeito… Muito obrigado pela colaboração
E como anda o processo administrativo contra o Juiz Megbel??
Por favor informe e publique e não silencie sobre esse magistrado.
Desconheço… mande-me detalhes no e-mail.
Aliás, por que vc não publica reportagem sobre o SALARIO do juiz Megbel. Ele já foi afastado pelo CNJ por suspeitas de atos incompatíveis com a magistratura e retornou, por anulação decorrente de vícios processuais da Sindicância, mas CONTINUA RESPONDENDO SINDICÂNCIA POR FRAUDE NA DISTRIBUIÇÃO PROCESSUAL E VIOLAÇÃO DO DEVER DE PARCIALIDADE.
Investigue isso, é seu papel como jornalista, sabia??
E pq vc tem tanto interesse nisso? Repito: se assim o quiser, mande-me detalhes no e-mail… desconheço td isso que vc diz