CNJ dá 30 dias para TJ realizar nova audiência para escolha de cartórios

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou, em sessão realizada na terça-feira da semana passada (28), que o Tribunal de Justiça do Maranhão realize em 30 dias nova audiência para a escolha de serventias pelos aprovados no último concurso de cartórios do órgão.

guilhermeA escolha já havia sido feita no dia 22 de abril, mas foi suspensa por liminar do conselheiro José Guilherme Vasi Werner (foto), no dia 24 do mesmo mês – depois confirmada pelo plenário do CNJ, no dia 30. Apesar disso, o CNJ validou as escolhas de serventias feitas pelos seis candidatos mais bem classificados no concurso para ingresso, assim como a do único candidato aprovado à remoção, Paulo de Tarso Guedes Carvalho.

“De acordo com o conselheiro Vasi Werner, embora a convocação da sessão tivesse gerado dúvidas entre os candidatos, os concursandos aprovados entre os seis primeiros colocados mereceram ter seus direitos observados pelo CNJ, pois compareceram à audiência e elegeram as serventias conforme previsto no edital do concurso, segundo a colocação obtida”, diz nota no site do Conselho.

Relembre o caso

No dia 19 de abril, uma sexta-feira, o presidente do TJ, desembargador Antônio Guerreiro Júnior, concedeu medida cautelar à tabeliã Alice Emiliana Ribeiro Brito, representando a Associação de Notários e Registradores do Maranhão (Anoreg), e suspendeu a audiência pública que aconteceria no dia 22.

Os candidatos que pediram ao CNJ a realização de nova audiência afirmam que essa decisão foi amplamente divulgada no site do TJ e publicada no Diário de Justiça suplementar. Mas no domingo seguinte (21), à noite, o desembargador Bayma Araújo suspendeu a decisão de Guerreiro e determinou a realização da audiência de escolha na data inicialmente prevista, dia 22 de abril, às 9h.

“Asseveram [os candidatos]  que a audiência foi realizada sem nenhuma publicidade, até porque não havia tempo hábil para tanto, e que dos 351 aprovados, 197 não compareceram ao ato”, relatou José Guilherme Werner ao analisar o caso.

Segundo ele, a decisão preserva o princípio da segurança jurídica para os candidatos ue se sentiram prejudicados pela guerra de liminares às vésperas da audiência. “Fiando-se no atuar da administração, alguns dos aprovados já pediram exoneração de seus cargos e aguardam a decisão sobre o concurso, que já se arrasta por mais de dois anos”, disse Vasi Werner.

A principal queixa dos que recorreram ao CNJ é que 197 dos 351 candidatos aprovados não compareceram à sessão na data marcada. Alegaram eles que isso se deveu ao fato de que a decisão de Guerreiro Júnior foi mais divulgada que a cassação da liminar, proferida no domingo à noite.

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3 pensou em “CNJ dá 30 dias para TJ realizar nova audiência para escolha de cartórios

  1. O Tribunal de Justiça praticou uma fraude. Pelos números dois terços dos candidados não comperceu. Por isso que não vou mais fazer concurso.

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