Trabalhador diz que teve casa queimada por capangas de fazendeiro

casa TVO trabalhador rural José Ribamar Silva denunciou ontem (22), em entrevista ao blog, que teve sua casa, no assentamento São Francisco, em Bom Jesus das Selvas, queimada por capangas de Francistônio Alves Pinto, proprietário da Fazenda Ouromasa.

“Queimaram duas malas de roupas, sumiu dinheiro, ou queimaram, não sei, sumiu um pacote de jóias que minha esposa vendia. Deram até tiro de escopeta numa televisão que a gente tinha”, relatou.

O fazendeiro e os trabalhadores do P.A. São Francisco estão em litígio desde que o Incra desapropriou uma parte da fazenda em benefícios dos agricultores.

Em junho deste ano, no entanto, o juiz Gutemberg Carvalho Lima, respondendo pela Comarca de Buriticupu, deferiu pedido de Francistônio Alves determinando a manutenção da posse e a reintegração, já que ele alegava que propriedade havia sido invadida.

“Cerca de vinte pessoas invadiram a seda da Fazenda Ouromasa, cuja posse vem sendo discutida neste processo, e lá, mediante violência e grave ameaça, expulsaram os funcionários da fazenda, que tiveram que sair deixando todos os seus pertences”, relatou o fazendeiro na ação.

Ele também denunciou que os trabalhadores se encontravam na sede da fazenda “de posse de todas as máquinas e ferramentas usadas para benéfico da terra, causando destruições”.

“Nos autos, ficaram evidenciados que o requerente mantinha, por medida judicial, inclusive, a posse anterior do imóvel, que foi esbulhado, conforme documentos juntos, e que em decorrência disso vem amargando prejuízos irreparáveis ou de difícil reparação”, relatou o magistrado, antes de deferir o pedido.

Os agricultores se defendem, argumentando que ergueram uma vila em área contígua à que fora desapropriada pelo Incra e agora reintegrada à Fazenda Ouromasa.

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