Sarney se emociona em homenagem de servidores do Senado

Sarney é homenageado por servidores do Senado após se despedir da vida pública

Sarney é homenageado por servidores do Senado após se despedir da vida pública

Funcionários do Senado prestaram uma homenagem ao senador José Sarney (PMDB-AP) ontem, no Restaurante dos Senadores.

O ex-presidente da República disse que, de todas as homenagens recebidas, essa foi a mais tocante por ter partido do que mais o ligou ao Legislativo: o conjunto de funcionários.

“Foram 40 anos aqui, em contato com gerações de servidores, a quem sempre tive por norma tratar como pessoas da minha família. Eu não acredito que se possa trabalhar sem um clima de harmonia e compreensão. Acredito que consegui essa empatia todos estes anos em que fui político e administrador”, disse.

Num discurso pleno de observações bem-humoradas, Sarney disse que sempre definiu o Senado como um matriarcado, daí por que aprendeu a obedecer às mulheres desde sua chegada, quando o Parlamento ainda ficava no Rio. E afirmou que nunca levantou a voz para insurgir-se contra os que com ele trabalharam.

“Na simplicidade e na humildade, a gente tem condições de construir muita coisa. E a paciência? O Brasil talvez deva isso à minha pessoa. Quando a história se contorcia, essa paciência funcionou”, completou.

Nessa referência aos fatos históricos que o levaram ao Palácio do Planalto, em 1985, Sarney contou que perguntou a Tancredo Neves quais eram as dez maiores virtudes de um homem público. Tancredo lhe respondeu que sete delas eram a paciência. O resto ele completaria como quisesse.

Sarney disse que abandona a vida pública “sentindo saudades do futuro”. Citando Max Weber, afirmou que quem quiser a felicidade não deve buscá-la na política.

Florian Madruga, diretor da Secretaria de Editoração e Publicações, entregou ao senador a obra Política, Governo e Povo, coletânea dos discursos de Sarney desde a chegada ao Parlamento. Na mesma ocasião, foi-lhe entregue uma imagem em resina de Nossa Senhora Aparecida.

O presidente da Associação dos Servidores do Senado (Assefe), Petrus Elesbão, destacou o reconhecimento dos funcionários pelo papel de Sarney na modernização da instituição e a coragem com que o senador enfrentou os melhores e os piores momentos vividos pela Casa.

Também discursaram a ex-secretária-geral da Mesa Claudia Lyra; a ex-diretora-geral do Senado Doris Peixoto; o ex-secretário de Comunicação Social da Casa Fernando Cesar Mesquita; a diretora-adjunta de Gestão do Senado, Ilana Trombka; Hélio José, suplente que assumirá a vaga de Rodrigo Rollemberg (PSB-DF); e Jorge Nova da Costa, suplente de Sarney.

Agência Senado

 

2 pensou em “Sarney se emociona em homenagem de servidores do Senado

  1. Caro Leda, Tá bom, o já foi tudo, vai descansar agora. Nada com um bom pijama, daqueles bem fofão e dormir. Sarney, você venceu, ponto final, vá pra casa vista seu pijama, pt saudações.
    Vá, viva de suas recordações, lembranças e das amarguras que o perseguirá até os últimos dias de tua vida. Quem sentirá tua falta serão aqueles que sempre precisou de ti. Passado alguns dias, pouca pessoas o lembrarás. Fique com tua consciência, que o atormentará pelo pouco que deixou de fazer pelos pobres e miseráveis, que permanece no Maranhão por tua causa e pelo teus seguidores.
    Vá com todos os demônios que os persegue…

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