Dedé Macedo na “lista suja” do trabalho escravo

dede_dinoA “Lista de Transparência sobre Trabalho Escravo Contemporâneo”, também conhecida como “lista suja” do trabalho escravo, traz em sua terceira edição nomes conhecidos da política maranhense.

Dos 21 empregadores do estado listados, aparecem figuras como Dedé Macedo (PDT) – um dos principais financiadores da campanha do governador Flávio Dino (PCdoB) e pai do prefeito de Dom Pedro, Ernando Macedo (PCdoB) e do deputado estadual Fábio Macedo (PDT) -, o ex-deputado estadual Raimundo Louro (PR) e o polêmico juiz Marcelo Baldochi.

A lista é fruto de um levantamento da Repórter Brasil e do Instituto do Pacto Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (InPACTO), a partir de informações obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) no Ministério do Trabalho e Emprego.

Normalmente, os dados deveriam ser divulgados pelo Governo Federal, mas uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) impedindo a publicidade das informações forçou as duas organizações a operar por outros meios.

A lista abaixo está atualizada com os dados de empregadores autuados por uso de trabalho análogo ao de escravo e que tiveram decisão administrativa final entre dezembro de 2013 e dezembro do ano passado.

Confira:

1. Alexandre Vieira Lins – Fazenda Sara – BR 135, km 122, Miranda do Norte – 4 trabalhadores flagrados em escravidão

2. Alonso Pereira Santos – Fazenda Baixa Verde – Estrada do Córrego do Surubiju, Zona Rural de Açailândia – 1 trabalhador em escravidão

3. Antônio Carlos Bacelar Nunes – Fazenda Terra Nova/Eira/Santo Antônio/Chico Preto – Povoado Santo Antônio, 4. entre a Lagoa do Leme e as Cajazeiras, Codó – 9 trabalhadores em escravidão

4. Carmel Construções Ltda – Av. Cafeteira, 35, Vila Bom Viver, Raposa – 21 trabalhadores em escravidão

5. Celeste Rodovalho – Fazenda Sombra da Tarde – zona rural, Açailândia – 5 trabalhadores em escravidão

6. Domingos Moura Macedo* – Fazenda São Francisco – Rodovia BR-316, km 384 (+ 9km), zona rural do município de Bacabal – 8 trabalhadores em escravidão

7. Domingos Moura Macedo* – Fazenda São Francisco/ Fazenda Bela Vista – Rod. BR 316, km 384, estrada Bacabal a Alto Alegre, zona rural, Bacabal – 8 trabalhadores em escravidão

8. Euclides Mariano da Silva – Fazenda Alto do Bonito – Estrada do Brejão, km 13, zona rural de São Fancisco do Brejão – 8 trabalhadores em escravidão

9. Francisco Afonso de Sousa – Fazenda Uberlândia – Povoado Sentada, estrada para o Tamboril, zona rural de Santa Luzia – trabalhadores em escravidão

10. Francisco Andrade da Silva – Fazenda Cocal II – Rodovia MA 200, km 25, povoado Nova Caxias, zona rural de Turiaçu – 1 trabalhador em escravidão

11. Gilson Freire de Santanna – Fazenda Santa Maria – Rod. BR 222, km 46, Açailândia – 19 trabalhadores em escravidão

12. João Antônio Vilas Boas – Sítio – Assentamento Verona, BR 222, km 535, zona rural de Bom Jesus da Selva – 7 trabalhadores em escravidão

13. Joaquim Luiz Ferreira – Fazenda Sossego – zona rural de Bom Jardim – 2 trabalhadores em escravidão

14. Joel Amélia de França – Madeireira do Joelzão – Povoado Centro do Pedro, quadra 80, zona rural, Maranhãozinho – 13 trabalhadores em escravidão

15. José Wilson de Macedo – Fazenda Santa Luz – zona rural, Peitoró – 12 trabalhadores em escravidão

16. Marcelo Testa Baldochi – Fazenda Vale do Ipanema – zona rural, Bom Jardim – 4 trabalhadores em escravidão

17. Miguel Almeida Murta – Fazenda Boa Esperança – Gleba Bambu, Povoado Córrego Novo, zona rural, Açailândia – 5 trabalhadores em escravidão

18. Miguel de Souza Rezende – Fazenda Zonga – Rio dos Bois, Rod. BR 222, km 535, zona rural, Bom Jardim – 1 trabalhador em escravidão

19. Nilo Miranda Bezerra – Fazenda Palmeirinha/ Pau de Terra – Estrada de Carolina a Balsas, 5 km, à esquerda, 18 km, zona rural, Carolina – 3 trabalhadores em escravidão

20. Raimundo Nonato Alves Pereira – Fazenda Santa Cruz – zona rural, Santo Antônio do Lopes – 3 trabalhadores em escravidão

21. Sebastião Lourenço Rodrigues – Fazenda Tamataí – Povoado Brejo do Piauí, zona rural, Santa Luiza – 7 trabalhadores em escravidão

*Observar que tratam-se de duas operações distintas realizadas em face do mesmo empregador. Op. 03/2014 e Op. 113/2014 ocorridas no mesmo ano e com o mesmo número de trabalhadores resgatados

2 pensou em “Dedé Macedo na “lista suja” do trabalho escravo

  1. Há pessoas que até hoje não se deram conta que estamos no século XXI, e que o trabalho análogo a escravidão não deve ter mais lugar na nossa sociedade essas figuras que transitam na política partidária deveriam combater tal prática, no entanto, muitos a fomentam o que é lamentável mostrando assim que precisaremos de mais 500 anos, pra quem sabe aprendermos um pouco o que é civilidade e respeito ao próximo.

  2. ESSES DADOS ESTÃO ERRADOS, POIS COSTUMO A ANDAR NA REFERIDA FAZENDA, E NÃO HA ESSE TIPO DE PRATICA DE TRABALHO ESCRAVO, PELO CONTRARIO, ESSES MACEDOS SÃO MUITO E BARIGA CHEIA. GENTE MUITO BOA

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