O Governo Flávio Dino (PCdoB) resolveu reagir à greve dos policiais civis e agentes penitenciários do Maranhão e tenta agora desqualificar o movimento paredista que foi retomado no último sábado.
Por meio de nota, divulgada no mesmo dia em que os policiais civis rejeitaram a última proposta lançada pelo Executivo à categoria, o Governo classificou a greve de ilegal e abusiva.
A justifica: “afeta serviços essenciais à segurança e à vida das pessoas, como o Poder Judiciário tem decidido”.
Mas o Governo que agora constrange servidores públicos e tenta desqualificar a manifestação legítima por melhores condições de trabalho, dignidade no serviço público e reajuste salarial, é o mesmo que pregou e que prega diariamente, o diálogo com o trabalhador.
Na nota, o Governo Flávio Dino assegura que tomará as “medidas previstas em lei para que a normalidade dos serviços essenciais seja restabelecida” e afirma também que é hora de “serenidade e bom senso”.
Demonstração de que as negociações por um acordo entre as partes parecem ter se esgotado…
Abaixo, a íntegra da nota
A propósito da decisão de agentes penitenciários e policiais civis de fazerem greve por questões salariais, o Governo do Maranhão esclarece:
- Desde o início da atual gestão, estamos dando prioridade à recuperação do serviço público no Maranhão, com medidas como reajustes de vencimentos, de gratificações e auxílios; nomeação de novos servidores e realização de concursos e seletivos; promoções e progressões, etc. Além disso, iniciamos a construção do novo Hospital dos Servidores do Estado. Trata-se de processo progressivo, pois não é possível corrigir problemas de décadas em apenas um ano.
- Esse processo de recuperação do serviço público é gravemente afetado pela crise econômica que vivemos, que inclusive está levando vários estados a atrasar o pagamento de suas folhas mensais, como o Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Com uma gestão honesta, e que prioriza o investimento no serviço publico, felizmente, estamos mantendo os pagamentos do salário do funcionalismo no Maranhão rigorosamente em dia.
- Nesse momento, algumas categorias de servidores, já beneficiadas por aumentos em 2015, fazem novas reivindicações de aumento. O Governo do Maranhão manteve intenso diálogo e apresentou proposta de acordos judiciais com ganhos concretos, a serem atendidos parceladamente para não destruir as finanças estaduais e resultar em atrasos dos pagamentos dos próprios servidores.
- Mesmo diante desse esforço, lamentavelmente, essas categorias rejeitaram as propostas do governo e resolveram trilhar o caminho da greve. Greves ilegais e abusivas, pois afetam serviços essenciais à segurança e à vida das pessoas, como o Poder Judiciário tem decidido.
- Diante disso, o Governo do Maranhão tomará todas as medidas previstas em lei para que a normalidade dos serviços essenciais seja restabelecida, em respeito aos 7 milhões de cidadãos e cidadãs maranhenses. Não é justo que a população seja prejudicada por greve abusiva e ilegal.
- É hora de serenidade e bom senso. O governo reconhece que é necessário valorizar o conjunto do funcionalismo público, após décadas de desvalorização, e está trabalhando nesse sentido. Mas espera que haja no funcionalismo o bom senso de reconhecer que essa recuperação não é possível da noite para o dia, mas sim em um processo gradual .
- Em respeito à população, solicitamos o fim da greve dos agentes penitenciários e policias civis, e assumimos o compromisso de manter o diálogo para debater, com franqueza e espírito construtivo, as reivindicações dessas categorias.
Flavio Dino com sua incompetência e sem poder realizar promessas de campanha coloca a culpa no gov passado. Cara de pau mesmo.
Gravação de Machado contradiz estratégia de Sarney
Por: Vera Magalhães 20/06/2016 às 16:03
Próxima
Sarney: “alguém sabe?”
Sarney: “alguém sabe?”
A estratégia adotada pela defesa do ex-presidente José Sarney para se contrapor às acusações do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, será a mesma de outros mencionados por ele como beneficiários de propina fruto de contratos da estatal: dizer que não houve repasses e que ele se apropriou de todo o dinheiro que recolheu.
Pessoas próximas a Machado lembram, no entanto, que além dos detalhes da entrega aos “maleteiros” dos políticos, como indicações de GPS com locais e datas precisos das entregas, outros fatos em poder do Ministério Público desmontam essa versão.
No caso de Sarney, a transcrição de uma das conversas gravadas pelo ex-dirigente já mostra o buraco.
“Mas alguém sabe que você me ajudou?”, pergunta Sarney em um dos áudios.
Machado responde: “Não, sabe não. Ninguém sabe, presidente”.
Pois é: agora todo mundo sabe.