Cultura maranhense celebrada em desfiles; apuração acontece hoje

Tradições genuinamente maranhenses, a Passarela do Samba abriu alas em seu penúltimo dia para mais uma noite de Blocos Organizados e Escolas de Samba, além das Alegorias de Rua: Tijupá, Casinha da Roça, Tapera e Corso das Virgens. Pelo sambódromo já passaram também Turmas de Samba, Blocos Tradicionais que, assim como os Organizados, as Alegorias de Rua, Tribos de Índio e Blocos Afros, só existem no Maranhão. A programação do “Carnaval de Todos” , promovido por meio de parceria entre a Prefeitura de São Luís e o Governo do Estado, tem encantado as familias que participam da festa na Passarela do Samba desde a última sexta-feira.

Nesta segunda-feira (27) participaram do último dia de Concurso da Passarela do Samba 2017 os Blocos Organizados: Os Gorjeadores, Pau Brasil, Kanto Kente, Turma do Saco, Vila Izabel e Dragões da Madre Deus. Estes blocos foram acrescentados aos desfiles da Passarela quando esta ainda acontecia na Praça Deodoro, sendo uma evolução dos antigos blocos de sujo da cidade, que eram quando amigos se encontravam para festejar nas ruas de forma espontânea.

Dança, comissão de frente, alegorias, adereços, samba-enredo, mestre-sala e porta-bandeira, bateria, alas, carros alegóricos e baianas abrilhantaram a noite com as Escolas de Samba que destacaram, em sua maioria, elementos da cultura maranhense. A primeira a se apresentar foi a Mocidade Independente da Ilha do bairro Cohab, com o tema “Porto de Itaqui: Progresso, Lenda e Mistérios”. Em seguida, a Túnel do Sacavém fez referência a todas as mulheres com destaque para aquelas que marcaram a história do Brasil e do mundo, sob o enredo “A outra metade do céu, as mulheres na história e no coração”.

Trazendo um discurso pela resistência da cultura e do carnaval, a Flor do Samba prestou sua homenagem ao Grupo Grita do Anjo da Guarda, um dos Pontos de Cultura de São Luís, que há 40 anos realiza um dos maiores teatro a céu aberto do país, com o tema “Do carnaval ao teatro, do Itaqui ao Bacanga, grita minha Flor e dá voz ao anjo esperança”. Em seguida foi a vez da Marambaia, do Bairro de Fátima, que trouxe o colorido e estampado da África, sob o tema “Majestosa Mãe África: Herança de nossos ancestrais”.

Finalizando a noite, a Turma do Quinto levantou o público com o samba-enredo “Akomabu: A cultura não deve morrer”. A campeã do ano passado trouxe o tema do Grupo Afro ludovicence e dedicou o desfile à pessoas do carnaval maranhense que faleceram recentemente, entre elas: Julimar Maia, Aldo Leite, Jota Alves, Zé Pivô e Tião da Favela.

“Estou achando muito bem organizado, além dos desfiles encantadores, temos todo o aparato de segurança e saúde aqui. Participo desde criança, nunca deixo de acompanhar e esse é o melhor ano que já prestigiei, as agremiações capricharam”, frisou a espectadora Lenir Baldez, de 60 anos.

Além dos desfiles, no entorno da Passarela Chico Coimbra diversos serviços estão sendo ofertados todos os dias aos brincantes. A segurança é feita por equipes da Polícia Militar e da Guarda Municipal. As atividades têm ainda o apoio do Corpo de Bombeiros, das equipes de limpeza e das equipes da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), com orientação e teste gratuito de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).

A apuração do Concurso acontece no Cine Teatro da Cidade, na quarta-feira (1º), a partir das 15h.

5 pensou em “Cultura maranhense celebrada em desfiles; apuração acontece hoje

  1. Carnaval da nossa terrinha é muito fraco, estive em Teresina e constatei que o nosso já focou pra trás faz um bom tempo. Aqui os políticos querem politizar tudo: São João, Carnaval, Futebol e até praias. Vejo tudo isso com muita tristeza.

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