Op. Rêmora: governo Flávio Dino debate-se com Idac

Setores do governo Flávio Dino (PCdoB) têm se debatido desde a sexta-feira (2) para tentar desvencilhar-se do esquema de corrupção descoberto pela Polícia Federal na Operação Rêmora.

Segundo os investigadores, foram desviados pelo menos R$ 18 milhões da saúde pública do Maranhão, a partir de contratos da Secretaria de Estado da Saúde (SES) com o Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania (IDAC).

A PF cita “centenas de milhões de reais dos cofres públicos” em contratos entre a entidade e o Estado. Segundo apurou o Blog do Gilberto Léda, foram mais de R$ 200 milhões (reveja).

A primeira reação dos comunistas, como sempre, foi jogar a culpa na gestão anteriror. Negou qualquer relação com o Idac e disse que apenas recebeu contratos firmados no governo Roseana Sarney (PMDB).

E deu até datas: contratos firmados entre 2010 e 2014.

Já se sabe que isso não é verdade.

Flávio Dino assumiu o governo em 2015 e foi em 2015 que a gestão dele firmou o primeiro contrato com o Idac, em maio, no valor de R$ 18,9 milhões. Esse contrato teve vigência de três meses, depois aditivado por mais três meses, e não foi precedido de licitação (veja aqui).

Depois disso, em novembro, novo contrato, novamente sem licitação (releia). Foram R$ 102 milhões para administrar os seguintes hospitais: Hospital Regional de Carutapera, Hospital Geral de Barreirinhas, Hospital Aquiles Lisboa, Hospital de Paulino Neves, AME Barra do Corda, AME Imperatriz.

São exatamente as unidades de saúde citadas pela Polícia Federal em nota oficial sobre a Operação Rêmora. Esse contrato foi depois aditivado, por mais 12 meses e igual valor, perfazendo pouco mais de R$ 204 milhões no total.

E dizem mais os federais: que, para a CGU, o tal aditivo teve o objetivo “de permitir o saque dos valores acrescidos ao contrato de gestão”.

Outra coincidência: a PF afirma que “recentemente, [o Idac] passou a administrar também a Unidade de Pronto Atendimento do município de Chapadinha/MA”. Este também é um contrato da gestão Dino.

Apesar de todas as evidências de que a PF encontrou um foco de desvio de verbas públicas da saúde na gestão Flávio Dino, os governistas seguirão semana adentro tentando dizer que a culpa é dos antecessores.

E a estratégia já está definida: usar o fato de que a Rêmora é um desmembramento da Operação Sermão aos Peixes para tentar fazer parecer que os fatos investigados agora recaem sobre o governo passado.

Em tempo: o Blog do Gilberto Léda já apurou que na gestão passada o Idac tinha, pelo menos, dois contratos com o Estado, um para administrar uma unidade em Carutapera e outro para a de Monção.

6 pensou em “Op. Rêmora: governo Flávio Dino debate-se com Idac

  1. Os comunistas roubam e a culpa sempre será do grupo sarney, mas quem é o governador do Maranhão?

  2. Esses contratos de terceirização, que estão cheios em todas as secretárias Educação, Saúde, Segurança, etc.. tem o único objetivo, além de.pagar mal os servidores, servem para desviar recursos, não é a toa que um bando de comunistas que não tinham onde cair mortos estão enriquecendo da noite pro dia .

    KD os concursos públicos, pensei que comunista valorizasse a máquina pública e estão e terceirizando tudo.

    Só papo são é um bando de.vagabundos que se dizem comunistas, igual ao PT que se dizia um partido do povo, diferente, e vejam onde estamos com a corrupção triplicada.

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