Op. Pegadores: “folha extra” era paga com recursos de três hospitais

A “folha complementar” descoberta pela Operação Pegadores – e por meio da qual, segundo a Polícia Federal, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) pagava salários extras a aliados comunistas e funcionários fantasmas – era quitada com verbas direcionadas a pelo menos três unidades hospitalares do Maranhão, no caso do Instituto Cidadania e Natureza (ICN).

De acordo com as investigações da PF, os recursos para esses pagamentos “extras” saíam do Hospital Geral (Tarquínio Lopes Filho), Hospital Presidente Vargas e Unidade Mista do Maiobão.

A informação consta de planilhas encaminhadas por um funcionário do ICN à Secretaria de Estado da Saúde (SES) e são exatamente aquelas que chegaram às mãos do então subsecretário de Saúde, Carlos Lula, hoje titular da pasta.

Os dados referem-se aos demonstrativos de despesas de julho e agosto de 2015 da terceirizada e apontam para “extras”, respectivamente, da ordem de R$ 358 mil e R$ 381 mil.

Segundo a informação policial, o ICN também pagou, nesses dois meses, mais de R$ 35 mil em diárias a servidores da SES.

Ainda de acordo com a PF, com o fim do contrato entre a SES e o ICN, outros institutos assumiram o pagamento dessa folha, gradativamente, até ela ser assumida pela própria administração estadual, por meio da Emserh.

Cruzamento

Para descobrir a quem eram direcionados os valores “complementares”, os investigadores, então, cruzaram a lista de servidores legalmente cadastrados nos três hospitais, com a lista de todas as pessoas físicas que receberam pagamentos das unidades.

“O resultado dessa confrontação acabou por revelar a existência de 427 pessoas nessa situação, isto é, recebendo pagamentos pelo ICN, sem a existência de vínculo formal (ausência de GFIP) com a Organização Social”, diz trecho da informação policial.

De posse dos nomes “extras”, a PF passou a apurar as ligações políticas de vários deles com membros da gestão Flávio Dino (PCdoB).

Mas isso é assunto para outro post…

8 pensou em “Op. Pegadores: “folha extra” era paga com recursos de três hospitais

  1. A casa caiu para os comunistas, como explicar o inexplicável? Vão botar a culpa na Roseana Sarney? O Paulo Guilherme, ex-presidente da CCL disse em 2015 quando Flavio Dino assumiu o governo que o comunista queria pressa nas ações governamentais ( Flavio Dino disse que o Maranhão tem pressa) , palavras de Flavio Dino. Hoje sabemos qual era essa pressa…

  2. Kkkkkkkkk, q trapalhada desastrosa da ex-PF, essa operação deveria ser intitulada operação trapalhões kkkkkkkkkkkk.

  3. Gilberto, enquanto o Hospital Tarquínio Lopes Filho tinha, em tese, parte de seus recursos desviados para pagamentos ilegais, o mesmo estabelecimento padece atualmente com a falta de medicamentos oncológicos, apesar de ser conhecido como Hospital do Câncer.
    Há duas semanas a farmácia do hospital está sem o medicamento Aromasin “exemestano”, cuja caixa com 30 comprimidos custa aproximadamente R$ 600,00. Fazemos tratamento lá e esse remédio é de suma importância para quem teve câncer de mama e precisa fazer controle hormonal. É uma medicação de uso contínuo e, ainda assim, a Secretaria de Saúde deixa “zerar” o estoque. É uma situação que deixa qualquer paciente aflito.
    Segundo informações, outros quatro itens estariam em falta na farmácia do Tarquínio, apesar de o Hospital já ter solicitado à SES a medicação antes mesmo de acabar o estoque. Falta de compromisso com os pacientes!!!

    Por favor, apure as informações e publique. A SES precisa tomar uma providência.

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