Parque dos Lençóis Maranhenses busca título da Unesco

A Secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente iniciou os estudos necessários para que o Brasil possa pleitear o reconhecimento do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses como Patrimônio Mundial Natural pela Unesco. A notícia foi dada, em Brasília, pelo ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV). De acordo com o ministro, até o final do ano o trabalho estará concluído para que essa candidatura possa vir a ser apresentada à Unesco, em Paris.

O ministro esteve no sábado (20) em Santo Amaro, para uma reunião com moradores, associações e empresários de turismo que atuam na unidade de conservação, além de gestores locais. Na ocasião, foi assinada portaria do projeto Amigos do Parque, que trata do ingresso de veículos particulares dos moradores de Santo Amaro, Primeira Cruz e Barreirinhas no Parque Nacional Lençóis Maranhenses e de trabalhos voluntários junto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)- saiba mais.

Sarney Filho ressaltou que é preciso que o parque nacional seja olhado com a singularidade que ele permite. “Essa unidade tem que se tornar um vetor de desenvolvimento para a região”, disse. O ministro reforçou, contudo, que a preservação da biodiversidade do parque não entra em discussão: “Ninguém vai fazer nada que possa afetar a biodiversidade do parque”, assegurou. O ministro visitou a unidade em 2017, ocasião em que esteve reunido com famílias que vivem na unidade de conservação.

Em 2016, 40 mil pessoas visitaram o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Cerca de 20% desse total esteve na região somente no mês de julho. A unidade de conservação tem uma área de mais de 150 mil hectares e abrange três municípios: Barreirinhas, Primeira Cruz e Santo Amaro do Maranhão.

Um comentário em “Parque dos Lençóis Maranhenses busca título da Unesco

  1. É justo justo, correto e ético esse possível e noticiado pleito ?
    Tudo indica que ainda não.
    A área verdadeira, total, dos Lençóis Maranhenses, que tem seus pontos extremos muito além dos pontos extremos “legais”, provam que sua área não pode e nem deve se restringir ao espaço tido como tal.
    Ademais disso, com que moral nós, maranhenses, poderemos postular junto à Unesco esse título de Patrimônio Mundial Natural, quando boa parte do filé da real área dos Lençóis Maranhenses está ocupada e/ou apossada ou até mesmo apropriada por mansões , casarões de veraneios, de condomínios, quase todos pertencentes à Elite-Estado e a fartos segmentos do chamado “setor privado” ?
    Veja-se, por exemplo, as margens do Rio Preguiça.
    Veja-se o uso indevido de extensas áreas já ocupadas por estruturas produtoras de energia por conta das forças da natureza em proveito maior de segmentos privados, com licenças beneméritas concedidas pela própria Elite-Estado e seus braços.
    Veja-se as estradas que já sangram, sem dó, as franjas e partes dos extensos bancos de areia que em belos e longos zigue-zagues adentram os “cerrados” e outras formas de vegetam rala que margem essa bela formação.
    Veja-se aqueles povoados ainda situados dentro da área dos Lençóis.
    Quando serão removidas as populações ocupantes de áreas dos Lençóis, se que há ou haverá um dia, um estadista capaz de enfrentar essa crucial questão.
    Por que também primeiro não se procede a uma técnica e urgente ATUALIZAÇÃO da lei que fixou de forma incorreta os “limites” fisiográficos do território dos Lençóis ?
    Penso, como decerto, muitos outros maranhenses, que antes se buscar títulos para o nosso belo mas sofrido e em processo de intenso uso inapropriado e danoso, dever-se-ia fazermos nosso dever de casa, cuidando melhor da verdadeira e real área fisiográfica dos extensos e largos Lençóis Maranhenses.
    São Luís-MA, em 22 de janeiro de 2018.

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