TJ manda Flávio Dino pagar piso nacional a professora do MA

Por Thiago Henrique

O desembargador Luiz Gonzaga Almeida Filho concedeu liminar em Agravo de Instrumento para obrigar o Estado do Maranhão a reajustar o salário de professora da rede estadual de ensino aplicando os percentuais do piso salarial nacional do magistério.

A liminar (íntegra ao final) foi concedida no Agravo de Instrumento n. 0800697-08.2018.8.10.0000 que reformou decisão proferida pelo Juiz de Direito da 6ª Vara da Fazenda Pública da Comarca da Ilha de São Luís.

Ao contrário da maciça propaganda do Governo, o Estado do Maranhão não paga o reajuste do piso salarial nacional do magistério aos professores de educação básica desde o ano de 2016 resultando em perda remuneratória de quase um terço dos vencimentos dos servidores da educação. Os três reajustes, 2016, 2017 e 2018, equivalentes aos percentuais: 11,36%, 7,64% e 6,81%, respectivamente, aplicados de forma progressiva alcançam a razão de 28,03% como perda remuneratória mensal.

Em sua decisão, o Desembargador confirma a tese levantada pelo advogados da professora e ratifica:

No caso em apreço, verifica-se que, para a concessão da tutela, é o bastante que seja comprovada a evidência do direito, o que foi feito por meio de normas da Constituição Federal (art. 7º; art. 39) e de Lei Federal 11.738, apresentadas na exordial; bem como que seja demonstrado o perigo na demora da prestação ou da efetiva realização do direito – o que se pode inferir, tendo em vista os vastos gastos que Estado já possui sobre suas obrigações rotineiras. Ora, o não pagamento de valores devidos pela Administração Pública ensejaria enriquecimento ilícito deste poder.

Sobre a aplicação da Lei Nacional do Piso (Lei Federal 11.738) e sobre o não pagamento do reajuste:

No caso em questão, não há qualquer dúvida quanto o caráter obrigatório da Lei, tampouco quanto a sua aplicação. É imperioso destacar, ainda, que o legislador não impôs condições para que os professores da Rede Pública pudessem ter direito ao reajuste.

É importante destacar que o reajuste concedido no ano de 2017, aplicado sobre a GAM – Gratificação de Atividade do Magistério, não serve como pagamento do piso. Na decisão, o Desembargador determinou a implantação desse reajuste no vencimento base da professora, conforme preceitua a legislação vigente.

Da decisão ainda cabe recurso.

 DECISÃO AI 0800697-08.2018.8.10.0000

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Governo rejeita emenda e mantém reajuste apenas da GAM a professores

8 pensou em “TJ manda Flávio Dino pagar piso nacional a professora do MA

    • E Felipe Camarão taxado de forma não conincente pelos comunistas de competente!!! isso não incompetência e despreparo funcional.??? Mais uma farsa que tenta se fabricar no MA tal qual inventaram o preparo do Cuba. Mas está acabando, 2019 o MA viverá novos tempos.

      • Mas vc acha mesmo que é do secretário a decisão de pagar, ou não, salário a qualquer categoria estadual?

  1. Esse governo de propaganda enganosa não paga o reajuste dos servidores do quadro do estado desde 2015, ano em que esse comunista entrou no governo. Vamos nos vingar agora em outubro. Nossa bandeira não é vermelha.

  2. O melhor desse governo “A Propaganda”, mas ta perto de receber o troco… Outubro tá chegando!!! #FlavioDinoNuncaMais

  3. Eu tô é o MPMA e o Judiciário, onde todos são concursados e não precisam se submeter a serem capachos do governador, aceitarem os caprichos desse governo.
    O governo passa, e o MP e o Judiciário continua. Deve ser muita troca de favores. Se verificarem as folhas de pagamento do Estado, deve ter esposa, filhos, namorados, namoradas, papagaios tudo vivendo as custas do governo. É única coisa que explica tamanho absurdo.
    Queria eu ser concursado do TJ ou MP em cargo de alto escalão. Esse governo e qualquer outro ia comer tampado.
    Parabéns a esse Desembargador que não se submeteu aos caprichos enganosos desse governo e apenas concedeu o que é de direito nosso. Agora é pagar para todos os professores o piso e acabar com a falácia de maior salário do Brasil.
    Lei é lei e deve ser cumprida.

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