Contrabando: MPF tentou delação para descobrir quem recebia mercadorias

A procuradora da República Carolina da Hora, do Ministério Público Federal no Maranhão (MPF-MA), contou ontem (21), durante entrevista coletiva, por que foi oferecida uma proposta de delação premiada ao soldado da Polícia Militar Fernando Paiva Moraes Júnior, preso acusado de participar da quadrilha de contrabando desbaratada em operação realizada no final do mês de fevereiro, em São Luís (saiba mais).

Segundo ela, ao saber que o réu tinha interesse em contar detalhes sobre o esquema, o MPF viu a oportunidade de descobrir o elo ainda solto na teia da quadrilha: quem receptava as mercadorias contrabandeadas até o Maranhão.

“Qual era o interesse do Ministério Público? Uma delação só se faz quando ambos têm interesse. Qual era o interesse do Ministério Público se já tínhamos oferecido denúncia e já tinha provas suficientes nessa denúncia? O interesse era descobrir fato que não estão denunciados. Que fatos são esses? Qual é a destinação, quem é o receptador dessas mercadorias ilícitas, contrabandeadas, autênticas, com sonegação de IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados]”, declarou a procuradora.

A delação feita por Paiva, no entanto, não foi homologada pelo juiz federal Luís Regis Bomfim Filho, da 1ª Vara Federal Criminal no Maranhão.

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  1. Essa Sra. tem que se explicar melhor, aliás, bem melhor.
    Ele diz que SOUBE que o soldado tinha “vontade” de contar tudo, ora, ela soube COMO ?
    Através de Portela?
    Agora, essa procuradorazinha deveria averiguar porque um SECRETARIO DE SEGURANÇA elitizado como Portela iria NUM SÁBADO, pessoalmente escoltar um simples soldado para uma delação premiada.
    Aliás, conhecendo a “altíssima eficiência” dessa turma do MPF , realmente é surpreendente que eles saiam de suas moradas num sábado para procederem uma “delação premiada” de um soldado que seguramente é o ducentésimo quinto na sequencia de responsabilidades da quadrilha formada por policiais maranhenses.
    Creio que chegou a HORA dessa Sra. falar a verdade.

    • Simples a Procradora é mulher do Juiz Ivo Anselmo, amigo íntimo do governador… A conclusão é simples, o motivo óbvio…
      Já o Procurador Juraci é casado com a Secretaria adjunta do governo….
      Não tem como se explicar nem
      Se justificar esses procuradores

  2. Talvez, mais importante que saber mais sobre a demanda, seria dar oportunidade pra tentar se saber mais sobre a Oferta.

    Um dos grandes erros no combate ao tráfico de drogas é a prisão dos usuários e pequenos traficantes em detrimento da não prisão dos grandes.

    Nesse caso do Contrabando, saber quem receptava é importante. Mas saber mais sobre o centro do fornecimento e como funciona o modus operandi, talvez seja mais importante, pois se a Oferta se mantiver uma nova demanda, independente da atual, naturalmente será formada.

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