Em nota, governo diz que inchaço da folha de pagamento deve atenuar “contração do PIB”

O Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) emitiu hoje (5) uma nota na qual tenta explicar a queda do PIB estadual e as medidas tomadas pelo governo Flávio Dino (PCdoB), que, como mostradas em post publicado ontem (4) – reveja – não surtiram efeito para impedir a contração da economia local.

No comunicado, o Instituto reforça que o inchaço da folha de pagamento é um dos fatores que “tem contribuído de forma decisiva para atenuar” os efeitos da crise.

Exatamente como disse o Blog do Gilberto Léda. O que reafirmamos é que tal medida não gerou os efeitos esperados, tanto que o PIB cairá 2%, segundo o próprio Imesc.

A nota oficial diz, ainda, que, ao tratar do empréstimo do BNDES – mesmo havendo citado textualmente que a “necessidade de regularizar a prestação de contas do programa com o BNDES impediu a efetiva aplicação de recursos nos primeiros seis meses de 2015” -, estava relatando os efeitos positivos dessa regularização, já que houve “aceleração das obras rodoviárias no estado”.

De qualquer forma, a bem do bom debate, segue abaixo a nota governamental.

No citado Boletim de Conjuntura Econômica do IMESC a elevação dos gastos com o funcionalismo público estadual, fruto da ampliação do quadro e realinhamento salarial de diversas categorias do funcionalismo e a regularização do empréstimo junto ao BNDES, com a consequente aceleração das obras rodoviárias no estado funcionam como importantes fatores contracíclicos, atenuando a contração do PIB Estadual.

A importância de tais políticas pode ser vista na geração líquida de empregos formais no Estado, que atingiu 8.614 empregos no quadrimestre junho a setembro, dos quais cerca de 4.629 no setor de construção civil, com destaque para as atividades construção de rodovias e ferrovias e obras de urbanização. Ainda assim, no acumulado do período janeiro a setembro deste ano houve a destruição líquida de 2.632 empregos formais, como decorrência da combinação de um quadro externo desfavorável de queda nas cotações da commodities exportadas pelo Estado (Alumínio, Minério de Ferro) e de agravamento do ambiente macroeconômico nacional, a partir da elevação da inflação e da taxa de juros básica da economia e de seus efeitos sobre os rendimentos reais dos maranhenses.

Assim, a ação do Governo do Estado tem contribuído de forma decisiva para atenuar e não para aprofundar os efeitos da perversa combinação da recessão nacional e do fim do superciclo da commodities.

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