Márcio Jerry amplia poder ao indicar gestor de programas do BNDES

valdemilsonE o secretário de Assuntos Políticos e Federativos do Governo do Maranhão, Márcio Jerry (PCdoB), segue se fortalecendo à custa do esvaziamento do chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares (PSB).

Ele agora, por exemplo, tem ingerência forte na definição dos destinos dos recursos oriundos do empréstimo contraído no BNDES.

É que já está em pleno exercício do cargo – e anunciando para quem quiser ouvir que tem o aval de Jerry – Valdemílson Nascimento. Ex-superintendente da Caixa Econômica Federal (CEF) no Maranhão, ele foi destacado como coordenador da Unidade Executora do Programa (UEP) do BNDES.

Na prática, ele mantém contato com a empresa gerenciadora do programa. Indicado por Jerry, tem poder de decisão direta numa área que devia ser controlada por Tavares.

BNDES: Andrea Murad encaminha lista e cobra explicação sobre obras paradas

andreaApós as declarações do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e do próprio governo nos últimos dias, sobre as obras paralisadas no Maranhão, a deputada Andrea Murad encaminhou uma lista de obras executadas com recursos do BNDES e cobrou do governador Flávio Dino explicações sobre a suspensão das obras no Estado.

Em discurso hoje na Assembleia Legislativa, a deputada disse que nem o próprio governo conhece a realidade do que foi investido no Maranhão com os recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social.

“Ele e Márcio Jerry estão impressionados com o número de 500, então que provem que não são 500 obras. Tanto que é todo mundo dizendo que, no município tal, a estrada está paralisada; em outro, o CRAS e assim por diante. O governador recebeu obras licitadas, recebeu obras com recursos garantidos e por nenhum motivo essas obras poderiam estar paralisadas. Total de obras: 685. E o levantamento que recebemos é que existem mais de 500 obras paralisadas. Então, que o Governador  prove, inclusive vou ter que dar a relação porque parece que ele não sabe, vejam só, o governador não sabe nem as obras que estão paralisadas, que ele mesmo mandou paralisar. E explicar por que paralisou, por que suspendeu obras e por que não está concluindo o que recebeu”, discursou.

Nas redes sociais, o governador considerou a denúncia um “disparate” e ainda disse desconhecer a existência de mais de 500 obras paradas, mesmo com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, declarando que “o novo governo assumiu, fez um reavaliação, decidiu remanejar e replanejar”. A deputada demonstrou preocupação quanto ao grande número de obras suspensas, prejudicando o desenvolvimento do Estado.

“Eu quero saber se a adutora, que vai aliviar o sofrimento dos moradores de Miranda do Norte e Matões do Norte, se ele vai deixar paralisada a obra, porque o grande problema de Miranda do Norte é água. Esses hospitais ele já abandonou, várias escolas pelo Estado também, assim como vários CRAS, e ele acha que não tem obra paralisada. A verdade é que o seu ódio político está transformando o Maranhão em um cemitério de obras sem justificativa nenhuma”, disse ainda a deputada de oposição.

TOTAL DE OBRAS: 685

CAEMA 37

SES 45

FUNAC 8

SEDES 159

SSP 43

SEJAP 9

SINFRA 270

SEDUC 110

SEDINC 4

BNDES: governo do MA confirma “remanejamento”, mas não explica obras paradas

O governo Flávio Dino (PCdoB) confirmou ontem (28), por meio de declaração do secretário de Estado de Assuntos Políticos e Federativos, Márcio Jerry (PCdoB), que realmente houve “remanejamento e replanejamento” da aplicação de recursos do BNDES concedidos por empréstimo ao Executivo estadual.

A informação havia sido repassada, na quinta-feita (27), ao deputado federal André Fufuca (PEN-MA), pelo presidente do banco, Luciano Coutinho, durante depoimento na CPI do BNDES.

O parlamentar questionava o dirigente sobre os motivos para a paralisação de obras no estado. Coutinho mandou que o deputado procurasse o Governo do Maranhão (reveja).

Segundo Jerry, realmente houve “reorientação” da aplicação dos recursos.

“O governo Flávio Dino de fato reorientou a aplicação dos recursos do BNDES para inseri-los num projeto estratégico e impedir desperdício”, escreveu, em sua conta no Twitter.

Mas, sobre a paralisação de 500 obras em todo o estado, limitou-se a dizer: “Tem isso não”.

BOMBA! Bandidos explodem agência do Bradesco em Buriticupu

Do blog do Jo Fernandes

bradescoUm caixa eletrônico de uma agência Bradesco foi destruído com explosivos na madrugada desta sexta-feira (3) em Buriticupu na região oeste Maranhense.

O arrombamento aconteceu na agência da Av, Castelo Branco próximo a prefeitura da Cidade .

 Segundo relato de moradores, as explosões ocorreram por volta de 4h.

A explosão  deixou estilhaços de vidros  e muita destruição no interior da agencia.

O gerente do banco não quis passar informações sobre o crime.

Ele também não informou quanto os criminosos levaram e por quanto tempo a agência deve ficar fechada.

“Eu  e os agentes da policia civil e militar estivemos no local  as 4hs, logo apos o crime, olhamos o sistema de monitoramento e constatamos  que participaram do crime de 03 a 04 elementos, um deles não usava toca, deu pra ver o rosto, estamos tentando buscar mais informações para localizar e prender os bandidos”, disse o delegado de polícia de Buriticupu, Rodrigo Alonso.

VIROU MODA! Bandidos explodem agência do BB em Matinha

banco_matinhaAproximadamente 12 homens fortemente armados explodiram uma agência do Banco do Brasil na cidade Matinha, por volta de 1h45 da madrugada de hoje (8).

Durante a ação, eles renderam um grupo de pessoas num bar, usaram-lhes como reféns e roubaram o dinheiro de caixas eletrônicos após as explosões.

Os criminosos ainda fizeram vários disparos com armas de grosso calibre.

Para fugir, utilizaram motocicletas e uma caminhonete por uma estrada que se interliga a outras vicinais e levam a Pedro do Rosário, Pinheiro, Zé Doca ou São Bento, o que dificultou a perseguição.

Constrangido, governo Flávio Dino transforma empréstimo em “parceria de crédito”

parceria de créditoOs comunistas passaram pelo menos quatro dos últimos seis anos criticando a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) pela contração de empréstimos para investimentos.

Foram ferozes ataques contra as negociações com o BNDES – o que garantiu pelo R$ 2 bilhões de caixa para o governador Flávio Dino (PCdoB), por exemplo – e com o Bank of America.

Agora no governo, já perceberam que esse tipo de operação financeira é importante para conseguir fazer alavancar obras e ações de grande porte no estado.

E devem lançar mão de um desses financiamentos para conseguir realizar obras de melhoria na Barragem do Bacanga.

Mas foram tão veementemente contra a contração de qualquer dívida nos últimos anos, que, agora, se sentem constrangidos de falar em empréstimo. A palavra virou “parceria de crédito” em material oficial do governo sobre encontro com o Banco Mundial (veja acima).

O Macaco Simão diria que tucanaram o empréstimo.

Operação Cartago: CEF e Justiça Federal decidirão sobre suspensão de contratos

federalA Polícia Federal informou hoje (18), por meio de nota ao Blog do Gilberto Léda, que ficará a cargo da própria Caixa Econômica Federal (CEF) e da Justiça Federal a decisão sobre a validade dos contratos imobiliários celebrados por pessoas físicas com empresas de fachada que faziam parte da quadrilha desarticulada no bojo da Operação Cartago.

Segundo a assessoria de comunicação da PF, a instituição cuidará apenas da investigação criminal.”Informamos que a Polícia Federal, em sua área de competência, fará a investigação criminal. A análise relativa aos contratos dos clientes ficarão a cargo da Caixa Econômica e da Justiça Federal”, diz o comunicado.

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Operação Cartago: PF diz que construtoras eram “braço” da quadrilha

PF desarticula esquema que pode ter desviado R$ 500 milhões da Caixa

Em entrevista hoje pela manhã, o superintendente da PF no Maranhão, delegado federal Alexandre Saraiva, explicou que, para levar o esquema adiante, a quadrilha agia sempre que alguém se dirigia à Caixa Econômica Federal (CEF) para adquirir um imóvel por meio dos programas sociais do Governo Federal.

Como membros da quadrilha já estavam dentro do banco, conseguia-se, então, a documentação necessária para a compra e o correspondente bancário agia como um corretor, recebendo percentuais indevidos pela “venda” dos imóveis, com a autorização do servidor da Caixa.

Para dar verniz de legalidade à operação, funcionários do banco estavam criando empresas fictícias em nome de parentes para ser contratadas pelo banco para prestar serviços como correspondentes bancários imobiliários.

De acordo com a PF, embora fossem realizados diretamente pelos clientes, os contratos mencionavam as empresas como intermediárias. “Essa situação rendia o pagamento indevido de comissões”, disse a instituição, em nota oficial. No total, o esquema pode ter rendido meio bilhão de reais ao bando.

Caso Bradesco: Justiça diz que não há indícios de participação de membros da Câmara em esquema

bradescoEm nota encaminhada ao blog na tarde desta sexta-feira (16), a Corregedoria Geral de Justiça (CGJ) do Maranhão negou que a Justiça esteja dificultando as investigações do chamado “Caso Bradesco” (leia mais aqui) e informou que o juiz Fernando Cruz, titular da 7ª Vara Criminal de São Luís, deixou de deferir pedidos da Polícia Civil “por não haver comprovação, nem mesmo indícios, até o momento, da participação de pessoas ou membros da Câmara no suposto esquema fraudulento”.

O magistrado autorizou, no fim do ano passado, a prisão da ex-gerente Raimunda Célia de Abreu (reveja), mas indeferiu pedidos de quebras de sigilos fiscal e bancários de vereadores da capital.

Segundo ele, como nenhum dos parlamentares foi indiciado até o momento, a autorização das quebras de sigilo seria inconstitucional.

“A quebra de sigilo atingiria pessoas que não estavam sequer indiciadas, contrariando direitos assegurados pela Constituição Federal, motivo pelo qual foi negado o pedido, não ensejando, a decisão, em manifestação contrária do Ministério Público”, diz a nota.

O posicionamento da Justiça é diametralmente oposto ao da polícia. Em dezembro do ano passado, o delegado Augusto Barros, da Superintendência de Investigações Criminais (Seic), que comanda os trabalhos de apuração, afirmou a O Globo que na Câmara havia um grupo formado para saquear recursos que se tratava de uma quadrilha. Segundo ele, “o esquema tem um potencial bombástico” (relembre).

Veja abaixo a íntegra do comunicado da CGJ.

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CGJ-NOTA

corregedoriaA Assessoria de Comunicação da Corregedoria Geral da Justiça do Maranhão (AsscomCGJ), após contato com o juiz competente, vem esclarecer que, diferentemente do que fora veiculado neste blog, não houve por parte do magistrado qualquer impedimento no que tange à realização de atos relativos ao inquérito policial que investiga caso envolvendo o Banco Bradesco e a Câmara de Vereadores de São Luís do Maranhão.

A AsscomCGJ informa que, com exceção da quebra de sigilo negada, todos os pedidos, inclusive de prisão preventiva, foram aceitos pelo juízo competente. Que referente à negação do pedido de quebra de sigilo fiscal e bancário de membros da referida Casa Legislativa, o mesmo somente foi negado por não haver comprovação, nem mesmo indícios, até o momento, da participação de pessoas ou membros da Câmara no suposto esquema fraudulento.

Que a única indiciada até o momento é a senhora Raimunda Célia, não havendo qualquer prova, ainda que oficiosa, sobre a participação de autoria de outros membros daquela Casa. Portanto, a quebra de sigilo atingiria pessoas que não estavam sequer indiciadas, contrariando direitos assegurados pela Constituição Federal, motivo pelo qual foi negado o pedido, não ensejando, a decisão, em manifestação contrária do Ministério Público.

O juiz informa em sua decisão que nada impede que no decorrer das investigações o pedido possa ser reapreciado, desde que haja provas fundamentadas capazes de relativizar o sigilo a ponto de ser aceito o pedido da quebra.

São Luís, 16 de maio de 2014

Assessoria de Comunicação

Corregedoria Geral da Justiça do Maranhão

Caso Bradesco: Justiça impõe dificuldades para investigação

exclusivoPoliciais que investigam o envolvimento de vereadores em uma organização criminosa criada em conjunto com  ex-gerente do Bradesco  Raimunda Célia para saquear recursos da Câmara Municipal de São Luís estão enfrentando dificuldades para levar as investigações à frente.

Segundo apurou o blog, praticamente todos os pedidos feitos pela Polícia Civil à Justiça têm sido negados. São quebras de sigilo e outras diligências que só podem ser efetivadas com autorização judicial.

bradescoAlém disso, advogados dos parlamentares estariam tento acesso irrestrito aos autos do inquérito, o que prejudica o trabalho policial.

Para evitar problemas e traçar uma estratégia de reação, homens da Polícia Civil já mantiveram reuniões com membros do Ministério Público – que também auxilia no trabalho de apuração – e devem anunciar novidades sobre o caso em breve.

Outro lado

O titular do blog entrou em contato ontem (15), por e-mail, com a Corregedoria Geral de Justiça do Maranhão (CGJ-MA) e aguarda posicionamento oficial sobre o assunto.

STJ condena BB a indenizar maranhense que foi seqüestrado no Paraná em 1999

banco_do_brasilO Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou esta semana o Banco do Brasil ao pagamento de R$ 150 mil, por danos morais e materiais, a um empresário maranhense que foi sequestrado em Apucarana (PR), em 1999. Como a ação já tem aproximadamente 15 anos, o valor corrigido por de chegar a R$ 500 mil.

No despacho, a Terceira Turma do STJ reformou sentença de primeiro grau, em que o juiz não havia acolhido a ação movida pelo empresário contra o banco sob o fundamento de que ele, por não ser cliente da instituição financeira, não estava protegido pelo Código de Defesa do Consumidor.

O caso que motivou a ação ocorreu em junho de 1999. Na ocasião, o  empresário foi vítima de sequestro por bandidos que lhe exigiram o depósito de R$ 90 mil, em conta de uma certa Shirley, na agência do Banco do Brasil em Maringá (PR).

Familiares e amigos da vítima se cotizaram e às 15h do dia do sequestro o depósito foi efetuado numa agência do BB em São Luís. Os bandidos conseguiram, horas depois, levantar todo o valor em espécie, mesmo sem haver feito prévia provisão. Pior: o levantamento se deu depois de encerrado o expediente bancário.

O STJ entendeu que houve falha nos serviços bancários, e condenou o banco a ressarcir o empresário integralmente, fora o dano moral.