Nem Marcos Pacheco sabe quando médicos receberão salários

pachecoA imagem acima é uma mensagem do secretário de Estado da Saúde, Marcos Pacheco (PDT), a um grupo de médicos que prestam serviços ao Estado.

Os profissionais ainda não receberam os salários referentes ao mês de setembro – que deveriam ser pagos no início do mês de outubro -, mas nem o titular da SES parece ter resposta para o questionamento.

Num grupo de diretores regionais de unidades hospitalares vinculadas ao Governo do Estado, Pacheco é instado a dar, pelo menos, uma previsão de pagamento.

O pedetista, no entanto, faz mil e um rodeios, e nada informa.

“Próximo mês as coisas tendem a se ajustar melhor”, diz ele.

E só.

Quem manda?

Na Assembleia Legislativa, segue rendendo a denúncia da deputada estadual Andrea Murad (PMDB) de que é a esposa do secretário, Symone Pachem, “quem anda mandando” na SES.

A peemedebista teve indeferido pela Mesa Diretora da Casa um requerimento por meio do qual cobrava explicações sobre o trabalho de Symone Pacheco na pasta.

“Eu confesso que estou perplexa com o indeferimento do meu pedido de informações sobre o que faz Symone Pacheco na Secretaria de Saúde. A mulher do secretário é quem anda mandando no órgão. E só quero saber qual é o cargo dela, a função dela na Secretaria, o que ela faz, por onde ela recebe, quero somente informações”, discursou Andrea Murad.

A peemedebista anunciou que entrará com pedido de informação direto na Secretaria de Estado da Saúde, de onde aguardará respostas sobre a atuação da esposa do secretário. Em seu discurso hoje, a deputada voltou a criticar a gestão de Flávio Dino na saúde do Maranhão.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que a “Dra. Symone Pacheco”, não cumpre “expedientes oficiais” porque não é servidora da pasta.

Então, tá…

Em tempo: Ninguém disse isso, mas o comunicado também nega que ela tenha recebido diárias.

21,7%: em 2013, comunista defendia reajuste a servidores

reajusteEntão líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado federal Rubens Júnior (PCdoB) – um dos principais aliados do governador Flávio Dino (PCdoB) – era a favor do reajuste de 21,7% aos servidores estaduais.

Para quem acompanha a polêmica há pouco tempo, vale lembrar que os 21,7% são a diferença entre o percentual de 8,3% concedido em 2006 – pelo então governador José Reinaldo (PSB) – a servidores de nível fundamental médio e os 30% concedidos aos de nível superior.

Com o objetivo de corrigir essa discrepância foi que a Justiça considerou inconstitucional a lei de 2006 mandou o Estado pagar a diferença aos demais trabalhadores (saiba tudo sobre o caso aqui).

Em 2013, ao tratar do tema no Legislativo, Rubens Júnior – então na oposição, repise-se – declarou que por força do princípio constitucional da isonomia não poderia haver índices diferenciados de reajustes salariais.

rubens“As leis que tratam de aumentos remuneratórios e revisão de vencimentos devem ser específicas, não pode ser uma lei mista. Queremos que o TJ dê a interpretação de acordo com a Constituição para garantir aos servidores o que lhes é assegurado por direito”, discursou o comunista (veja aqui a publicação original).

Ocorre que o comunista, agora, é governo. E, mais de uma semana depois de o TJ julgar procedente uma ação rescisória do governo Flávio Dino retirando os 21,7% dos servidores do Judiciário – o que pode acabar se estendendo aos demais funcionários públicos estaduais -, ele ainda não deu um pio em defesa dos servidores.

Em sua página institucional no Facebook (veja acima), o deputado já começou a ser cobrado por seu silêncio.

Tuntum: concursados sem receber desde abril; salários serão parcelados

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Funcionários públicos da Prefeitura de Tuntum estão sem receber desde abril deste ano e ainda terão que contar com um parcelamento proposto pelo Município para receber o que lhes é devido.

Em ofício encaminhado ao sindicato dos trabalhadores locais, no fim da semana passada, a secretária de Assistência Social, Neide da Cunha, revelou que os pagamentos começarão apenas no dia 28 de agosto.

Nessa data, segundo o documento encaminhado ao Blog do Gilberto Léda, serão quitados os valores referentes aos meses de abril e maio.

O mês de junho deve ser pago no dia 10 de setembro. E julho, em 30 de setembro.

Até lá, já terá vencido o mês de agosto. Mas sobre isso, a Prefeitura não se manifestou, o que faz os funcionários acreditarem que pelo menos esse salário será pago de forma normal.

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Nas redes, os contratados do Município também denunciam atrasos que chegam a até quatro meses.

No caso deles, a expectativa é de que o próximo pagamento seja feito apenas no dia 10 de setembro – juntamente com uma das parcelas dos concursados.

“Será que acham que a gente consegue viver de vento e poeira?”, questiona uma das trabalhadores.

Um absurdo!

Abre o olho, Ministério Público.

Policiais denunciam armação para tentar acabar greve

Policiais Civis estão revoltados com a postura do Sinpol em marcar Assembléia para a manhã deste sábado – o reunião acabou remarcada para a parte da tarde, às 16h.

Segundo a categoria, seria uma jogada para impedir a participação dos policiais do interior na Assembléia e o consequente prosseguimento da greve, uma vez que o governador já declarou que não negocia mais.O que se comenta é que o presidente do Sinpol, Heleudo Moreira, tem interesse em apoio do Governo para sua candidatura a prefeito de Palmeirândia em 2016.

A categoria, porém, afirma que em caso de boicote, irá continuar com a greve e pedir a destituição da diretoria via judicial.

Outro lado

Em contato com o Blog do Gilberto Léda a direção do sindicato explicou que a assembleia deste sábado “foi somente para informar aos colegas sobre as negociações de ontem, que acabaram depois das 21h”

“Como todos estavam muito cansados colocamos para hoje de manhã”, diz o Sinpol

Ainda de acordo com os representantes da categoria, uma nova assembleia deliberativa foi adiada para segunda-feira (10) justamente para que fosse possível a chegada e participação de policiais do interior.

Flávio Dino diz que só negocia com policiais no ano que vem

dinoO governador Flávio Dino (PCdoB) acaba de anunciar por meio de suas contas nas redes sociais que não pretende mais negociar com os policiais civis em greve qualquer nova proposta de reajuste para a categoria.

Segundo o comunista, o Governo do Estado já concedeu em 2015 “o maior aumento de remuneração do Brasil” aos policiais e, portanto, não há mais o que se discutir.

“Concedemos aos policiais o maior aumento de remuneração do Brasil neste ano. Os policiais civis tiveram reajustes de 20% a 38%”, escreveu.

Para Dino, qualquer nova conversa sobre reajuste, só em 2016 – ou ele “quebraria” o Estado.

“Já fizemos o máximo possível neste ano. Não posso e não vou ‘quebrar’ o Estado. Vamos fazer novas negociações no próximo ano”, completou.

A Polícia Civil está em greve desde o dia 3 de agosto. Investigadores, comissários e escrivães tiveram reajuste salarial de apenas 5% neste ano e nenhuma proposta para os demais anos, como ocorreu com os policiais militares – que tiveram previsão de aumento até 2018 –; e com os delegados, que tiveram um reajuste de cerca de 70% até junho de 2016.

Presidente da Agerp assumiu irregularmente o cargo

fortunatoO presidente da Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão (Agerp), ex-deputado estadual Fortunato Macedo, está irregularmente nomeado no cargo que ocupa no governo Flávio Dino (PCdoB) desde o início do ano.

À frente da Agerp, ele já assinou a diversos atos oficiais, representou o Executivo em feiras e até foi eleito membro do Conselho Fiscal da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer) – veja aqui.

fortunatoMas nem sequer poderia estar nomeado como presidente da Agência. Pelo menos não até a última segunda-feira (3).

Explica-se: é que Fortunado Macedo é fiscal federal agropecuário, vinculado ao Ministério da Agricultura. Para assumir o cargo no Estado, ele precisava que sua cessão fosse autorizada pela Secretaria Executiva da pasta. E isso só ocorreu no dia 31 de julho – com publicação do ato no dia 3 de agosto (veja documento acima).

Portanto, durante sete meses, Fortunato Macedo praticou atos que podem ser considerados nulos, porque ele simplesmente não poderia estar oficialmente no cargo que ocupa desde o dia 1º de janeiro.

E mais: se ele não estava oficialmente cedido ao Governo do Estado, mas já trabalhava como presidente da Agerp, em que horário dava expediente no Ministério da Agricultura?

Dupla função

Esse é o segundo caso de dupla função já flagrado no governo Flávio Dino. No início do ano, o deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) já despachava como secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, mesmo sem haver pedido licença do cargo na Assembleia Legislativa (leia mais sobre o assunto).

Aos amigos…

“Aos amigos os favores, aos inimigos lei”… A frase de Nicolau Maquiavel não poderia ser mais bem aplicada que no governo comunista.

Enquanto Fortunato Macedo exercia tranquilamente a função de presidente da Agerp, mesmo sem estar cedido pelo Governo Federal ao Estado, Genil de Campagnaro, funcionária de carreira da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e ex-titular da pasta, enfrenta dificuldades para assumir a Superintendência de Pesca no Maranhão, porque o Executivo estadual simplesmente não libera sua cessão.

Polícia Civil entrará em greve em agosto no Maranhão

sinpol sinpol211h49 – Os policiais civis do Maranhão decidiram há pouco entrar em greve.

Em assembleia geral realizada na sede da Associação Comercial do Maranhão ACM) ficou definido que a paralisação começa no dia 3 de agosto.

Investigadores, comissários e escrivães tiveram reajuste salarial de apenas 5% e nenhuma proposta salarial para os demais anos, como ocorreu com os policiais militares – que tiveram previsão de aumento até 2018 –; e com os delegados, que tiveram um reajuste de cerca de 70% até junho de 2016.

Após as deliberações, os policiais que participaram da assembleia partiram em caminhada para um manifesto em frente ao Palácio dos Leões. Eles aguardam ser recebidos para iniciar negociações com o Governo do Estado.

Sindicatos voltam a denunciar pressão do governo sobre o TJ

CARTA ABERTA AO POVO DO MARANHÃO

As entidades abaixo assinada repudiam a atuação e pressão exercida pelo Governo do Estado do Maranhão junto ao Tribunal de Justiça do Maranhão para suprimir direitos já consolidados dos servidores estaduais de nível fundamental e médio, destacando que a referida atuação compromete a segurança jurídica e é atentatória a consagrada separação e independência dos poderes, valores republicanos fundamentais no Estado de Direito. Por fim destacam ser legal, legítimo e democrático a atuação do Estado em resistência a demandas dos seus administrados, porém esta atuação deve se dar dentro do esquadro legal e dos princípios constitucionais. Por conseguinte, o Governo do Estado ao invés de atuar de forma forçada e antijurídica deveria abrir diálogo com os servidores, vez que grande parte já está com o referido direito incorporado aos seus contracheques, fazendo parte de seu patrimônio de sobrevivência familiar, o salário.

ENTENDA O CASO

1 – Durante 10(dez) anos, de janeiro de 1995 a março de 2006, o Estado do Maranhão não fez a revisão geral dos vencimentos dos servidores públicos estaduais o que gerou um defasagem medida pelo INPC de 104,14% de perdas.  Apesar das perdas ultrapassarem os 100%,  o Governo do Estado do Maranhão em março de 2006 editou a Lei Estadual nº8.369/2006 estabelecendo revisão geral em percentual de 30% para servidores de nível superior e de 8,3% para servidores de nível médio e fundamental, lei que foi considerada inconstitucional em razão da determinação da Constituição Federal(art. 37, X)  de que a revisão de remuneração (recomposição de perdas) seja na mesma data e no mesmo percentual para todos os servidores.

2 – Os servidores de nível fundamental e médio (que recebam menor remuneração) ingressaram com ações judiciais com pedido a diferença de 21,7%, tendo a Justiça de primeiro e segundo graus garantido o direito.

3 – A maioria absoluta dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão, exceto dois, entenderam que os servidores tem direito a reposição de 21,7%(diferença entre 30% e 8,3, conforme precedentes do Supremo Tribunal Federal). Para não restar qualquer dúvida quanto à posição do Tribunal de Justiça, este, no Incidente de Uniformização nº30715/2012, entendeu prejudicado o referido incidente e atestou que todas as suas unidades (Câmaras) tinham entendimento favorável aos servidores, gerando confiança e segurança aos jurisdicionados, finalidade da uniformização de jurisprudência.

4 – Após não ter êxito no Supremo Tribunal Federal (ADPF nº317), o Governo do Estado alegando pouco recurso agora se volta para o Tribunal de Justiça buscando fazer valer uma ação rescisória sem qualquer fundamento para anular as decisões que garantiram aos servidores com menor salário a reposição inflacionária igual aos servidores de nível superior (com maior salário). Portanto, a pressão é sem fundamento, ilegal e atentatória a coisa julgada(valor constitucional) e a segurança jurídica.

Veja aqui quem assina o documento.

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21,7%: entidades repudiam “pressão indevida” do governo sobre o TJ

Sindicatos querem participar do julgamento da ação contra 21,7%

Governo do Maranhão já perdeu ação rescisória no STF

sindjusAssessores jurídicos das entidades sindicais de diversas categorias do funcionalismo público estadual, com interesse na Ação Rescisória de n° 36.586/2014, movida pela Procuradoria Geral do Estado do Maranhão – PGE/MA – contra o recebimento dos 21,7% pelos servidores do Tribunal de Justiça, foram recebidos em audiência pelo Desembargador Marcelino Ewerton, relator do processo, na manhã desta quarta-feira, 15/07.

Estiveram presentes os advogados Guilherme Zagalo, Danilo Canhota e Pedro Duailibe Mascarenhas, que atuam na assessoria jurídica de entidades de classe dos servidores da Polícia Militar – PMMA, da Polícia Civil, da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, do Tribunal de Contas do Estado – TCE, da Fazenda Pública Estadual, do Poder Judiciário, da Assembleia Legislativa, dentre outras categorias do funcionalismo público maranhense. Os advogados foram acompanhados nessa visita pelo Presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça do Maranhão – SINDJUS-MA, Aníbal Lins.

Na visita, os advogados pediram ao Desembargador Marcelino Ewerton que ele defira a solicitação dessas entidades para que elas possam atuar como “amicus curiae” (terceiros interessados) no julgamento da Ação Rescisória n° 36.586/2014. Além disso, eles também pediram que o desembargador adiasse o julgamento da ação, que está pautada para a próxima sexta-feira dia 17 de julho, nas Câmaras Cíveis Reunidas do Tribunal de Justiça – TJMA.

Os advogados querem o adiamento por pelo menos uma sessão, ou seja, mais quinze dias, tempo necessário para que eles entreguem memoriais a todos os desembargadores que irão participar do julgamento.

Os assessores jurídicos também argumentaram que o pedido é também pelo fato da ausência do desembargador Lourival Serejo, integrante das Câmaras Cíveis Reunidas, na sessão da próxima sexta-feira, 17/07, data prevista para o julgamento da Ação Rescisória. Por motivo pessoal de absoluta de força maior, o Desembargador Lourival Serejo precisará viajar nesse dia e não poderá participar da sessão.

“Não é a primeira vez que o Tribunal julga uma rescisória da ação dos 21,7%. Essa matéria já foi analisada pelo Tribunal, o pedido foi da PGE foi negado e essa decisão foi depois confirmada pelo próprio STF – Supremo Tribunal Federal. Mesmo assim, na visão das entidades é importante que esse novo julgamento aconteça com a composição completa das Câmaras Civeis Reunidas, portanto, com a presença também do desembargador Lourival Serejo, em razão da grande repercussão que esse caso ganhou no mundo jurídico e na sociedade”, disse o Presidente do SINDJUS/MA, Aníbal Lins.

Na oportunidade, Anibal Lins agradeceu ao Desembargador Marcelino Ewerton por ter deferido o pedido de realização da audiência de conciliação entre o SINDJUS-MA, a PGE-MA e a direção do Tribunal de Justiça para tentar encontrar uma solução, no próximo dia 24 de julho, para devolução dos descontos realizados nos salários dos servidores do Judiciário, que participaram da greve geral da categoria, em novembro de 2014, para garantir a implantação dos 21,7% para a categoria.

“Só temos a agradecer a forma sempre cordial e atenciosa com que somos recebidos pelo desembargador Marcelino Ewerton”, declarou o Advogado Pedro Duailibe, Assessor Jurídico do SINDJUS-MA.

(Do portal Sindjus)

Servidores do Viva Cidadão recebem salários em forma de diárias

vivaServidores da Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) estão recebendo em forma de diárias os salários devidos por dois meses trabalhados sem nomeação.

Explica-se: não se sabe por qual motivo, mas o comando da Sedihpop demorou mais do que outras secretarias para efetivar a nomeação de servidores do Viva Cidadão, que trabalharam janeiro e fevereiro sem um vínculo formal com o Estado.

Quando isso finalmente ocorreu, o governador Flávio Dino (PCdoB) não autorizou a nomeação com efeitos retroativos.

A grita foi geral por parte dos funcionários.

Para compensar o erro, a saída encontrada pela secretaria comandada pelo professor Francisco Gonçalves (PT) foi quitar o “débito” pagando diárias.

O resultado é que o Viva Cidadão é hoje um dos campeões desse tipo de despesa no Governo do Estado: R$ 1,047 milhão em seis meses.

Para se ter uma ideia, o valor é mais alto do que o gasto para o mesmo fim na Secretaria de Estado da Saúde (SES), R$ 950 mil; e apenas pouco menor do que o da campeã de diárias, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), com R$ 1,3 milhão.

Em tempo: se o Viva Cidadão houver simulado viagens para poder pagar diárias a seus funcionários, a prática pode ser considerada crime. O blog encaminhou pedido de esclarecimentos ao Governo do Estado e aguarda retorno.