Sem apoio do PT, Flávio Dino “força a barra” por Dilma

dilmaO pré-candidato do PCdoB ao Governo do Maranhão, Flávio Dino, anda cada vez mais confuso sobre quem quer apoiar na eleição deste ano para presidente – ou de quem quer o apoio.

Aliados do PSB e protagonistas de afagos públicos ao governador de Pernambuco, o presidenciável Eduardo Campos – que só pensa dia sim (no outro também) em derrotar Dilma Rousseff (PT) -, os comunistas agora andam espalhando pelo estado que Dino tem o apoio do PT e da presidente.

Camisas com as inscrições “PT com Dilma e Flávio – A Verdadeira Aliança com o povo do MA” estão sendo distribuídas nas principais bases do PT maranhense.

Só não pode deixar Eduardo Campos saber disso.

dilma2Bolada

Enquanto força a barra pelo apoio de Dilma sem sucesso, Dino vai se contentando com uma “dança” com o perfil fake mais famoso da petista, a Dilma Bolada.

No fim de semana os dois bateram o maior papo sobre samba e “novos caminhos” (veja ao lado).

Eliziane Gama cada vez mais perto do PSB

elizianeA deputada Eliziane Gama (PPS) segue sua saga  na  busca pelo apoio do PSB a sua pré-candidatura ao Governo do Maranhão.

Na tarde de ontem (4), depois de os socialistas lançarem as bases para a candidatura de Eduardo Campos (PSB) à Presidência da República, a popular socialista reuniu-se – acompanhada do presidente do partido, deputado federal Roberto Freire – com o governador de Pernambuco e a chefe do Rede Sustentabilidade, ex-senadora Marina Silva.

Roberto Freire e Eliziane  Gama reafirmaram que a candidatura do PPS no Maranhão é  viável e que uma aliança com o PSB no estado é encarada como prioridade.

Companheiro de longas datas da deputada, Marina Silva reafirmou que o Rede Sustentabilidade apoia Eliziane. Campos segue indefinido. Mas já admite que o entusiasmo de Marina Silva com a popular-socialista – e a confirmação do apoio do PPS ao seu projeto rumo ao Palácio do Planalto – já o fizeram recuar de um acerto que parecia quasse definido com o PCdoB.

A sexta-feira 13 da oposição

Encontro do PSB em São Luís / Foto: Clodoaldo Corrrea

Encontro do PSB em São Luís / Foto: Clodoaldo Corrrea

Lideranças políticas de partidos que compõem a oposição no Maranhão tiveram uma sexta-feira 13 daquelas ontem.

Primeiro, realizaram uma verdadeira festa para o desembarque de Eduardo Campos em São Luís – que de fato não disse a que veio -. Até mesmo sobre a sua possível candidatura à Presidência da República, Campos nada confirmou. “O PSB tem o seu próprio tempo e decidirá sobre a candidatura própria no momento certo”, disse.

Na verdade, a missão de Eduardo Campos em São Luís, o que membros do PSB fizeram de tudo para negar até os últimos instantes, foi tentar apaziguar a disputa interna entre José Reinaldo Tavares e Roberto Rocha, ambos pré-candidatos ao Senado pelo partido.

Mas estava evidente que ele não conseguiria resolver essa situação entre o Aeroporto Marechal Cunha Machado e o trajeto que o levou ao encontro do PSB na Assembleia Legislativa. Até porque tanto Rocha, quanto Tavares defendem argumentos fortes e parecem irredutíveis quando o assunto é Senado. Um diz ter feito grande sacrifício em sua trajetória política. Outro diz que a oposição o deve um mandato de senador.

Por isso foi que ele não conseguiu resolver absolutamente nada. Depois de assistir a uma verdadeira “guerra” de provocações no auditório da Assembleia [onde até o prefeito de São Luís resolveu agir, e reafirmar na frente de Tavares o apoio a Rocha], Campos assegurou, na entrevista coletiva, que torce para que o partido chegue a um consenso em relação a disputa interna. Disse que apesar de nada estar definido, não acredita que haverá divisão da legenda após a decisão. Tenho minhas dúvidas.

E para piorar o que já não parecia bem, Domingos Dutras [ainda no PT], que no particular faz juras de fidelidade e apoio à uma eventual candidatura de Roberto Rocha, resolveu colocar uma pitada a mais de divergência no seio oposicionista. Lançou o seu nome como pré-candidato ao Senado, e deixou claro que era por entender que nada estava certo dentro do PSB. “A oposição só pode ter um candidato ao Senado, então eu me coloco agora como pré-candidato e espero que os partidos decidam entre mim, o Roberto ou o Zé Reinaldo. Tenho legitimidade para buscar a vaga, por isso é que estou lançando o meu nome oficialmente. Quero e vou buscar o meu espaço”, completou.

E a sexta-feira 13 da oposição terminou assim. Sem definição alguma em relação ao PSB e ao palanque de Eduardo Campos no Maranhão, com cobranças públicas e mútuas de uns para com os outros pela unidade [que historicamente não existe] e com um constrangimento daqueles provocado por Dutra.

Obs: editado às 10h05

“Flávio Dino vai caminhar com Eduardo Campos”, diz Zé Reinaldo

Declaração de Zé Reinaldo foi em Caxias

Declaração de Zé Reinaldo foi em Caxias

O Estado – A pré-campanha ao Governo do Estado do candidato do PCdoB, Flávio Dino, que integra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) como presidente da Embratur, surpreendeu o mundo político com o surgimento, ontem, nas redes sociais, de uma entrevista do seu patrono político, ex-governador José Reinaldo Tavares, na qual anuncia com quem o comunista “vai caminhar” em busca de votos. A dobradinha vai ser com o presidenciável Eduardo Campos (PSB), atual governador de Pernambuco, que desponta com virtual adversário da presidente Dilma Rousseff.

A perspectiva de que o líder comunista tentaria ser o candidato ou pelo menos um dos candidatos ao governo do Maranhão dando palanque à reeleição de Dilma Rousseff já não é mais nem considerada pelo bloco político que lhe dá sustentação. Num programa de TV aberta, em Caxias, Tavares disse textualmente: “É uma sorte para o Brasil poder ter um candidato do nível do Eduardo Campos […] que vai marchar junto com o Flávio, vai nos ajudar fazer o plano de governo…”.

O presidente da Embratur passa a ser um dos integrantes da equipe do governo do PT que vai estar do outro lado da batalha que Dilma Rousseff vai travar pela reeleição. Ele se junta ao ministro Fernando Bezerra Coelho, da Integração, agora considerado figura estranha ao projeto do PT de permanecer no poder.

José Reinaldo Tavares, que anunciou sem rodeios qual vai ser a opção presidenciável de Flávio Dino, foi o inventor da carreira política do ex-juiz federal que se fez comunista. Em 2006, deu a ele três colégios eleitorais com os quais Dino nunca havia tido qualquer convivência, Caxias, Matões e Tuntum, proporcionando-lhe o único mandato eletivo que teve até hoje, o de deputado federal. Foi na época da campanha tocada com mais de R$ 1 bilhão sacados dos cofres do Estado e rateados entre prefeitos aliados, principalmente esses que apoiaram o chefe do PCdoB do Maranhão.

Parceria – Na entrevista à TV Difusora, que é de propriedade do ex-prefeito de Caxias, Humberto Coutinho, outro patrono de Dino, Tavares não só confirmou a parceria com Campos como também estabeleceu comparações entre o presidenciável pernambucano com os demais candidatos, dentre os quais Dilma Rousseff. “Ele é inteligente, trabalhador e sabe ouvir as pessoas”, disse Tavares.

O Blog do Robert Lobato (http://robertlobato.com.br/) foi o primeiro a repercutir a entrevista de José Reinaldo à TV de Humberto Coutinho. As reações foram de espanto, como a de um comentarista que disse ser um caso típico das situações que “a criatura imita o criador”, referindo-se ao passado de Tavares (“o criador”) que também abandonou seus antigos apoiadores, atitude agora imitada por Dino (“a criatura”), que renega Dilma, que o empregou num posto de destaque nacional que lhe possibilita, inclusive, faltar ao trabalho qualquer dia da semana para vir fazer “campanha fora de época” no interior do Maranhão.

Roseana Sarney e Eduardo Campos tratarão de reforma tributária em reunião

Campos: defesa dos insteresses do NE

Vai ser política, também, mas eminentemente técnica a reunião desta quinta-feira (28) entre a governadora Roseana Sarney (PMDB) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

Campos vem ao Maranhão para a solenidade de filiação de Roberto Rocha ao Partido Socialista Brasileiro, às 17h, na Assembléia Legislativa.

No encontro entre os governadores, marcado para as 15h, no Palácio dos Leões, Roseana e Eduardo Campos voltarão a falar sobre a proposta única de Reforma Tributária para a região Nordeste, definida no último Fórum de Governadores do Nordeste e já apresentada ao ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O principal ponto fechado entre os governadores no fórum do mês d ejunho foi o de redução nas alíquotas interestaduais a 0% (zero por cento), ou seja, que 100% do ICMS tenha recolhimento no seu destino (destino puro), condicionando-se tal medida à aprovação concomitante de um fundo vinculado constitucionalmente, destinado a manter na região Nordeste as empresas que perdem seus benefícios fiscais, bem como a atrair novos investimentos e compensar possíveis perdas dos estados.

Os governadores pretendem mostrar ao Supremo Tribunal Federal (STF) os impactos negativos que as decisões do órgão referentes a benefícios fiscais podem trazer para a economia dos estados nordestinos. Roseana Sarney e Cid Gomes saíram do evento com a atribuição de articular essa discussão com o STF.