“Você vai colocar recurso numa escola ou melhorar a vida de criminosos?”, diz Roseana sobre crise carcerária

roseanaA governadora Roseana Sarney (PMDB) voltou a tratar hoje (24), durante o lançamento da duplicação da MA-204, na Região Metropolitana de São Luís, da crise que se abateu sobre o sistema penitenciário do estado no ano passado e quase culmina com uma intervenção no Maranhão.

Segundo ela, foi uma “opção” do Executivo investir primeiro em escolas, estradas e hospitais e deixar para “melhorar a vida daqueles que estão lá, que são assassinos” depois.

“Você vai colocar o recurso numa escola, num hospital, ou, então, numa estrada? Ou você vai colocar o recurso para melhorar a vida daqueles que estão lá, que são assassinos, criminosos, traficantes, que degeneram as nossas família?”, questionou.

Roseana completou que, após conseguir mais recursos, tratou de investir no sistema carcerário.

“Era uma opção. Agora que nós conseguimos mais recursos nós estamos colocando lá. Nós estamos construindo novas penitenciárias para melhorar a vida deles”, disse.

Roseana aguarda aceno de Arnaldo Melo sobre eleição indireta

roseana1Depois de mandar uma espécie de recado ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), sobre o que espera do seu grupo na Casa numa possível eleição indireta (reveja), a governadora Roseana Sarne (PMDB) está em compasso de espera.

Fontes do blog no Palácio dos Leões reafirmaram, durante todo o dia de ontem (27), que a peemedebista está decidida quanto ao seu futuro político e que aguarda apenas uma aceno de Melo para dar início, ou às tratativas para a eleição de Luis Fernando (PMDB) governador pela via indireta, ou às mudanças de rumo para ficar no Governo até o fim do mandato.

Os mesmo interlocutores afirmam que Roseana não faz questão de ser candidata a senadora e que só pensa nessa possibilidade na hipótese de o atual secretário de Estado de Infraestrutura ser seu substituto.

Não sendo assim, ela concluirá sem problemas sua missão à frente do Executivo e trabalhará para eleger seu sucessor preferido pela via direta, em outubro.

A decisão está nas mãos de Arnaldo Melo…

Roseana e os sinais da renúncia

(Foto: Biné Morais /O Estado)

(Foto: Biné Morais /O Estado)

A governadora Roseana Sarney (PMDB) disse ontem (19) ainda não haver decidido se sai, ou não, do cargo para disputar em outubro deste ano a vaga no Senado a ser aberta com o fim do mandato do senador Epitácio Cafeteira (PTB).

Mas pelo menos três sinais fazem crer que a decisão está, sim, tomada e que ela é pela renúncia.

Sinal 1: “Eu vou definir no começo de março”, disse a peemedebista. Roseana tem até o dia 5 de abril para renunciar sem se tornar inelegível. Se a decisão ocorrerá no início de março, é sinal de que deixará o cargo e, ainda, tentará criar as condições para que Luis Fernando (PMDB), secretário de Infraestrutura, seja eleito pela via indireta.

Isso porque, saindo no começo do próximo mês, Roseana permite ao presidente da Assembleia, deputado Arnaldo Melo (PMDB), assumir o Governo por 30 dias, convocar a eleição, e depois retornar ao seu posto no Legislativo sem estar inelegível.

Sinal 2: A governadora tentou minimizar o fato, mas confirmou que já expediu a todos os secretários uma recomendação para que emitam cartas nas quais deixam os cargos à disposição – no caso dos secretários candidatos, a intenção é que façam em no máximo uma semana.

Esse movimento sugere que Roseana já “prepara o terreno” para que o seu sucessor tenha liberdade para montar a equipe que conduzirá o Executivo nos nove meses restantes do ano.

Sinal 3: Perguntada sobre a eleição indireta, Roseana falou abertamente sobre o assunto, com se já fosse – porque o é – fato consumado que haverá a escolha de um novo governador pelo Legislativo.

“Eu acredito que eles [deputados] vão se acertar por lá, como se acertaram na questão da emenda [ao projeto de lei que trata da eleição indireta] que eles colocaram. Se houver necessidade eu estarei mediando esse acordo”, disse.

No entanto, como em quase tudo na política, esses são apenas sinais…

Auxiliares de Roseana não acreditam em mudanças antes de abril

roseanasarneyDois secretários do Governo Roseana confidenciaram ao blog hoje (3) não acreditar que a peemedebista promoverá mudanças na equipe antes do dia 5 de abril, prazo fatal para a desincompatibilização de auxiliares que queiram disputar as eleições de outubro.

Para eles, o ofício encaminhado pela Casa Civil para sondar quem pretende ser candidato servirá apenas para que a governadora comece a pensar em substitutos.

Como mais de dez secretários devem sair, acreditam ambos, Roseana precisará de tempo para encontrar novos nomes.

E deve usar todo o prazo que tem para isso…

Com saída de Victor Mendes da Sema, Magno Bacelar volta à suplência na AL

magno_victorAlém de precisar escolher um novo (ou nova) titular para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), a governadora Roseana Sarney (PMDB) precisará, já nos próximos dias, definir que será o vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa.

Com a saída de Victor Medes (PV) da equipe governamental, o deputado estadual retoma sua cadeira na Casa.

O movimento forçará a saída de Magno Bacelar (PV), que retorna à suplência. Ele era o vice-líder do Governo na AL. Mas agora precisará passar o bastão.

Roseana volta à estrada com Luis Fernando

roseana-A governadora Roseana Sarney (PMDB) retoma hoje (28) uma agenda de trabalho com o secretário de Estado da Infraestrutura (Sinfra), Luis Fernando Silva (PMDB), pelo interior do estado.

Os dois visitam nesta terça a Região Central do Maranhão, onde inauguram a obra de melhoramento e pavimentação da rodovia MA-012, beneficiando os moradores de Esperantinópolis, São Roberto e São Raimundo do Doca Bezerra.

A inauguração será marcada por atos nas três cidades, que ganharão interligação por asfalto. A rodovia MA-012 tem 41 Km de extensão e a obra de pavimentação é resultado do investimento de cerca de R$ 30 milhões, com recursos do Tesouro Estadual.

“Essa é uma região importante para o Maranhão e a estrada vai garantir mais facilidade no escoamento da produção e vai melhorar o transporte e a vida da população dessas três cidades. Todos terão mais qualidade de vida”, declarou a governadora Roseana Sarney, que durante a visita, será acompanhada por deputados, prefeitos, vices, ex-prefeitos, vereadores e demais lideranças comunitárias da região.

Secretários de Roseana têm até dia 30 para informar sobre candidaturas

roseanaA governadora Roseana Sarney (PMDB) disparou, na sexta-feira da semana passada (24), um ofício a todos o secretário e diretores de autarquias do Governo do Estado pedindo informações sobre candidaturas dos seus auxiliares.

No documento, a peemedebista estabelece o dia 30 de janeiro – quinta-feira desta semana – como prazo final para que as informações estejam em sua mesa.

Roseana quer saber logo quem será, de fato, candidato nas eleições de outubro, e quem não será, para definir como se darão as substituições.

Em entrevista a O Estado no final do ano passado – e publicada no primeiro domingo deste ano – ela disse que a perspectiva era exonerar todos os secretários candidatos até o dia 15 de janeiro. Mas já àquela época admitia “problemas” para efetivar as mudanças.

“Isso é um problema. Eu quero que eles se afastem agora, até dia 15 de janeiro, mas talvez não vá dar tempo […]. Agora, como são muitos – tenho a impressão de que giram em torno de 10, 12 -, a gente colocar isso não é fácil porque, como é ano de eleição, muita gente vai querer ficar com sua base, e eu vou colocar técnicos nessa recomposição. Minha intenção é colocar técnicos. Eu quero que tenha uma imparcialidade no Governo porque tem muitos candidatos e todos os deputados e secretários me ajudaram. Então, que se empate o jogo, nas mesmas condições para a disputa”, disse.

O impeachment no Maranhão

Do blog do Buzar

Foi com a chegada do regime republicano no país, que o impeachement, como dispositivo de lei, passou a ser introduzido nas Constituições federal e estaduais do Brasil.
No Maranhão, em três momentos de nossa vida democrática, o impeachement ou impedimento, foi tentado, como arma política, para catapultar do Poder Executivo três governadores.

Das três tentativas, apenas uma chegou a ser materializada: a que levou Getúlio Vargas a decretar a intervenção federal no Maranhão, em julho de 1936. As outras, contra o governador Newton Bello, em maio de 1964, e a governadora Roseana Sarney, em janeiro de 2014, foram malogradas.

A primeira vez ocorreu em 1935, quando governava o Estado o cientista maranhense, de Cururupu, Aquiles Lisboa, eleito por via indireta pela Assembleia Legislativa. Tudo começou por inabilidade política do próprio chefe do Executivo, que deixou a Assembleia Legislativa, em fase de elaboração da nova Carta Magna do Maranhão, dividir-se por não cumprir um acordo acertado com um dos partidos que o apoiavam – a União Republicana Maranhense, de Genésio Rego e Clodomir Cardoso.

O acordo rezava que o nome indicado para o cargo de prefeito de São Luis seria o genesista Francisco Costa Fernandes. Contrariando o acertado, o governador nomeou o marcelinista, Manoel Azevedo, pessoa de sua integral confiança. Com isto, a URM abandonou a base governista e aliou-se aos partidos de oposição a Aquiles: PSD, LEC e PSB, que passaram a mover contra ele uma agressiva campanha, com vistas a afastá-lo do poder.

Com a Assembleia Legislativa em crise, dois deputados a presidiram simultaneamente: Salvador de Castro Barbosa e Antônio Pires da Fonseca. O grupo de deputados, que constituía a minoria, alegando falta de condições de trabalho, homizia-se no 24º Batalhão de Caçadores, de onde impetra à Corte de Apelação um habeas corpus para lhe garantir o livre exercício do mandato, não sem antes aprovar uma emenda estabelecendo que, promulgada a nova Constituição, considerava-se desde logo terminado o mandato do governador.

A despeito de toda essa confusão, a 16 de outubro de 1934, a nova Constituição foi votada e aprovada, mas Aquiles Lisboa, além de não reconhecê-la, requer mandado de segurança para continuar à frente do Governo.

A crise, que até então envolvia os Poderes Executivo e Legislativo, invade a seara do Judiciário, também dividido entre governistas e oposicionistas, que começa a receber recursos dos grupos políticos em choque e a julgar conforme as conveniências de cada desembargador.

As decisões judiciais, em vez de arrefecerem o tumulto, complicam mais ainda a harmonia entre os poderes, fato que veio perturbar a vida institucional, econômica e social do Maranhão, há mais de um ano esperando uma solução para pacificá-lo e desarmar os espíritos dos políticos.

Em março de 1936, um deputado oposicionista denuncia o governador pelo cometimento de crime de responsabilidade e pede o seu impeachement. Cria-se então uma Comissão Especial que considera Aquiles Lisboa incurso na penalidade, mas o governador consegue no Tribunal de Apelação, por mandado de segurança, garantir o seu mandato.

Se a situação já era confusa, mas caótica fica. No afã de acabar com o emaranhado político e jurídico reinante, a Associação Comercial solicita ao Presidente Getúlio Vargas a sua interferência no caso através do remédio da intervenção federal. Como não havia outro caminho para contornar a crise, o Presidente da República a 5 de julho de 1936 nomeia o major Roberto Carneiro de Mendonça interventor federal no Estado do Maranhão.

A segunda vez que o impecheament tentou obter êxito no Maranhão, como remédio para satisfazer interesses políticos, deu-se em maio de 1964, logo depois da eclosão do movimento militar que derrubou o presidente João Goulart do Governo.

O fato gerador do impeachement foi uma carta do general Anacleto Tavares da Silva endereçado ao general Justino Alves Bastos, comandante do IV Exército, que veio a São Luis receber o título de Cidadão Maranhense, a ele conferido pela Assembleia Legislativa.

Na carta, divulgado na imprensa, o general Anacleto alertava o seu companheiro de farda, que a Revolução cassara mandatos de alguns políticos maranhenses, por motivos ideológicos, mas “deixara livre os administradores públicos implicados com a corrupção, negociatas, contrabandos, fraudadores e responsáveis pela desastrosa situação em vivia o Maranhão”.

Essa carta assumiu imediatamente conotação política e os oposicionistas a aproveitaram para culpar e incriminar os aliados do governador Newton Bello. Os deputados que apoiavam o governador sentiram-se de tal modo ofendidos, que através de nota pública, rebateram as acusações a eles imputadas.

Em seguida, os deputados federais Ivar Saldanha, Alexandre Costa e La Rocque Almeida leram a carta no plenário da Câmara Federal, e os deputados estaduais Manoel Gomes, Francisco Figueiredo, Antenor Abreu e José Mário de Araújo Carvalho apresentaram denúncia contra o governador Newton Bello pela prática de crime de responsabilidade, tais como: “desrespeito às decisões judiciais, falta de pagamento de dívidas do Estado e retardamento na publicação de leis e resoluções do Poder Legislativo”.

A Assembleia cria Comissão Especial para emitir parecer à denúncia contra o governador. Em duas sessões extraordinárias, a primeira em 24 de maio, a maioria governista aprova parecer da Comissão Especial “pelo arquivamento da denúncia por considerá-la frívola e improcedente”; a segunda, em 27 do mesmo mês, por 29 contra 7 votos, rejeita a denúncia apresentada pela bancada oposicionista, que pretendia enquadrar o governador em crime de responsabilidade.

A terceira tentativa veio à tona recentemente, quando um Coletivo de Advogados em Direitos Humanos, inspirado em objetivos essencialmente eleitoreiros, ingressa com um pedido de impeachement na Assembleia Legislativa, com o fito de detonar a governadora Roseana Sarney, sob a justificativa de praticar crimes contra os direitos humanos, tomando por base fatos acontecidos na Penitenciária de Pedrinhas.

Sustentado em parecer da Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa, segundo a qual o pedido era destituído de “pressuposto válido para o prosseguimento do procedimento parlamentar”, além da “ausência de justa causa para início da persecução por crime de responsabilidade” o presidente Arnaldo Melo (16-01-14) fulminou aquela ação sem propósito com um despacho simples, mas altivo: o arquivamento.

Marcelo Tavares é contra impeachment de Roseana Sarney e intervenção federal

marcelo-tavaresO deputado Marcelo Tavares (PSB), um dos  signatários do recurso da oposição contra o arquivamento do pedido de impeachment protocolado pelo Coletivo de Advogados em Direitos Humanos (Cadhu) em desfavor da governadora Roseana Sarney (PMDB), declarou ontem (21) ao blog que não é favorável ao impedimento da peemdebista.

Segundo o parlamentar, esse posicionamento já foi exposto por ele até a uma jornalista da revista IstoÉ, que, por sinal, não usou a declaração.

Tavares explicou que assinou o recurso apenas para proporcionar o debate na Casa. Ele diz entender que, antes de arquivar a ação, a Assembleia deveria formar uma comissão para discutir o assunto, mas revela que, no mérito, não apoia o impeachment.

“Eu não acho que seja caso de impedimento da governadora. Bem ou mal, não se pode dizer que o governo não tem tentado contornar a situação. A omissão é algo muito subjetivo”, afirmou.

Tavares também se posicionou contra a intervenção federal. “Penso que não seja o caso do afastamento da governador. Uma intervenção pontual no sistema penitenciário me parece suficiente”, completou.

Para o ex-líder do Bloco Parlamentar de Oposição (BPO) na AL, o impeachment, ou uma intervenção federal, dariam à crise no sistema penitenciário maranhense o desfecho de golpe, o que não seria bom para os oposicionistas.

“Quem entende de golpe é o grupo Sarney. Nós vamos conquistar o comando do estado é no voto”, alfinetou, com a confiança que lhe é peculiar.

Rejeitado recurso de aliados de Flávio Dino contra arquivamento de pedido de impeachment de Roseana

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O presidente em exercício da Assembleia Legislativa, deputado estadual Max Barros (PMDB), rejeitou hoje (21) o recurso da bancada de oposição contra o arquivamento do pedido de impeachment protocolado pelo Coletivo de Advogados em Direitos Humanos (Cadhu) contra a governadora Roseana Sarney (PMDB).

max plenarioO pleito dos advogados paulista havia sido arquivado na semana passada pelo presidente Arnaldo Melo (PMDB), por decisão monocrática, mas os aliados de Flávio Dino (PCdoB) na Casa tentavam uma forma de levar a causa para discussão em plenário e faturar politicamente,

Na decisão desta terça-feira, o presidente Max Barros argumenta que os deputados que protocolaram o recurso não são parte da ação inicial, portanto não têm legitimidade para propor a revisão do primeiro despacho.

Tecnicamente, só os advogados do tal Cadhu poderiam recorrer do arquivamento. Mas o prazo para isso também já se expirou. É possível que os oposicionistas ainda recorram à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da própria Assembleia.