Terceirização em presídios do MA é herança de Jackson Lago

Mais uma revelação feita hoje (9) pela imprensa que ajuda a oposição a politizar a crise carcerária no Maranhão acabou jogando por terra muitos dos argumentos dos anti-sarneystas locais.

Em entrevista ao Estadão, o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Maranhão (Sindspem), Antonio Portela, disse que a terceirização de pessoal nos presídios do estado são uma herança, vejam só, do ex-governador Jackson Lago (PDT).

Isso mesmo! O pedetista, que passou dois anos e quatro meses á frente do executivo estadual inaugurou, de acordo com o presidente do Sindspem, um novo modelo de gestão prisional.

Foi Jackson quem transformou as carceragens da Polícia Civil em unidades do sistema penitenciário.

“Como essas carceragens funcionavam em delegacias no interior do Estado, muitos agentes penitenciários que atuavam no Complexo de Pedrinhas, na capital, foram deslocados para essas regiões”, afirmou Portela, explicando os motivos que levaram a gestão jackista a contratar empresa fornecedora de mão-de-obra para realizar a segurança nos presídios.

São dados que mostram que a origem do problema é antiga e que não adianta tentar arranjar um culpado apenas, depois que a boma estoura. Tem muita gente hoje na oposição que já foi governo, e que não mudou muita coisa quando passou pelo Palácio dos Leões, que o diga o advogado Sálvio Dino Júnior, secretário de Direitos Humanos de Jackson Lago justamente nesse período.

E se o desafio tivesse sido aceito?

Roberto Costa desafiou

Roberto Costa desafiou

Na semana passada, durante o duro embate que o deputado Roberto Costa (PMDB) teve com Marcelo Tavares (PSB) sobre o processo eleitoral e a sucessão ao Palácio dos Leões, o peemedebista lançou um desafio a Tavares. Isso após ter ouvido do oposicionista, que o grupo governista e a parte da imprensa teriam sido os culpados pela derrota de Jackson Lago (PDT) em 2010, último pleito disputado pelo ex-governador.

Costa não só desafiou Tavares, como honrou com a história recente da política maranhense, ao tratar do fato de maneira correta, sem rodeios ou ilusões. Falou a verdade que tanto a oposição tenta hoje esconder.

“Já que vocês culpam o Governo pela derrota de Jackson, eu faço um desafio. Vamos

Marcelo Tavares recuou

Marcelo Tavares recuou

perguntar para Igor Lago, filho do ex-governador, quem foi o responsável por aquela derrota. Se fomos nós, ou se foi Flávio Dino, que o apunhalou pelas costas. Eu já sei da resposta. Aceita o desafio, vamos perguntar a ele. Todos sabemos que Flávio Dino agiu de todas as formas para inviabilizar a campanha do doutor Jackson. Você sabe disso”, afirmou na ocasião. Marcelo apenas assistiu, nada mais falou…

Menos de uma semana depois, Igor Lago resolveu falar sobre o assunto. Classificou o grupo liderado por Flávio de desleal.

“Pior, esse mesmo grupo oposicionista tenta se impor aos outros e a todos como a única solução, o único caminho, a única via para se conquistar a alternância de poder no nosso estado. Assim, optam pela estratégia de um tosco salvacionismo, um messianismo barato com o ungido já ‘escolhido e eleito’, conforme percebemos”, disse.

E se o desafio tivesse sido aceito?

Rodoviária de Imperatriz inicia operações nesta segunda

Foto: Nestor Bezerra

Em entrevista coletiva, realizada na última sexta-feira (17), representantes do Governo do Estado, da Prefeitura de Imperatriz, da administração da nova rodoviária e das empresas de ônibus que irão operar o terminal de passageiros, comunicaram a decisão do Governo do Estado de autorizar o funcionamento da Rodoviária Jackson Lago, em Imperatriz, a partir desta segunda-feira (20).

A medida visa beneficiar os usuários do transporte rodoviário e contemplar a população da região, que recebe a maior e mais moderna rodoviária do estado. A inauguração estava programada para esta sexta-feira (17), mas o evento foi cancelado por causa do falecimento do deputado federal Luciano Moreira, vítima de acidente de carro na noite da quinta-feira (16).

Falaram aos jornalistas, o secretário estadual de Assuntos Políticos, Hildo Rocha; o prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira (PSDB); o presidente da Câmara de Vereadores, Hamilton Miranda (PSDB); o administrador da rodoviária, Ricardo Medeiros, e o representante do Sindicato das Empresas de Ônibus de Imperatriz, Francisco Alves.

“A governadora Roseana, mesmo não podendo estar presente em Imperatriz, autorizou de imediato o início das operações do terminal rodoviário para contemplar os usuários e operadores do setor. O sindicato das empresas de ônibus solicitou a segunda-feira (20) para iniciar o funcionamento, em razão de utilizarem os próximos dois dias para a adaptação e a mudança em definitivo para o novo local de trabalho”, concluiu Rocha.

“Fizemos um acordo entre as empresas e solicitamos ao governo para na segunda-feira, todos já fazerem o atendimento aqui na nova rodoviária”, detalhou Francisco Alves, do Sindicato das Empresas de Ônibus de Imperatriz.

Estrutura

Construída pelo Governo do Estado, a rodoviária está localizada no Jardim Tropical, nas proximidades da Rodovia BR-010 (saída para Belém) e conta com 10.500 m² de área construída.

São 10 plataformas de embarque e 9 de desembarque, interligadas por uma passarela de pedestres. O espaço físico é composto de 26 lojas, sendo 3 de conveniências; 24 guichês para venda de passagens; 1 restaurante; 3 lanchonetes; 1 posto policial; 1 posto médico; 1 sala para implantação de ponto de atendimento bancário; 1 sala para o juizado cível; 2 praças de alimentação, além de banheiros com acessibilidade para portadores de deficiência física.

Dezoito empresas estão habilitadas a operarem no terminal de passageiros, que tem capacidade prevista para receber cerca de três mil passageiros/dia.

Além de receberem uma das mais modernas rodoviárias da região, os passageiros, ao utilizarem as plataformas de ônibus, contarão com uma novidade: um sistema eletrônico de informações, disponibilizando os horários de cada partida e chegada e os respectivos destinos.

(As informações são do Governo do Estado)

O PDT e os desafios de Igor Lago…

Do blog do Marco D’Eça

Se quiser mesmo entrar na seara político-partidária, o médico Igor Lago tem cerca de um ano para arrumar a casa no PDT.

O partido está em crise de identidade desde a derrota eleitoral em 2010, o que se acentuou com a doença seguida da morte do pai de Igor, o ex-governador Jackson Lago.

Há dois grupos distintos.

No primeiro, onde figuram os secretários Clodomir Paz e Graça Paz, o vereador Ivaldo Rodrigues e o suplente de deputado federal Weverton Rocha, a lógica é atrelar o PDT ao PSDB, garantir espaço no governo João Castelo (PSDB) e presença privilegiada na coligação de reeleição do prefeito.

No outro grupo – capitaneado pelo ex-deputado Julião Amin, pelo ex-secretário-geral da legenda, Cândido Lima, e pelo vice-prefeito de Imperatriz, Jean Carlo – o partido deve ter candidatura própria nas prefeituras ou se alinhar a um projeto de esquerda, com partidos da base do governo Dilma Roussef – PT, PSB e PCdoB, por exemplo.

Caberá a Igor Lago, que nunca se envolveu nos bastidores partidários, unificar os discursos e reunir os grupos.

O tempo é curto para conseuir, mas ele não tem escolha…

Após luto, Assembléia retoma trabalhos nesta quinta

AL: sessão normal nesta quinta

A Assembléia Legislativa retoma os trabalhos normalmente nesta quinta-feira (6), com sessão ordinária a partir das 9h30.

Os trabalhos estavam suspensos desde a última segunda-feira (4), por determinação do presidente em exercício na ocasião, o deputado estadual Jota Pinto (PR), devido à morte do ex-governador Jackson Lago (PDT).

Na pauta de amanhã, pelo menos dois projetos importantes devem ser debatidos: a criação da Frente de Combate ao Crack, de autoria do deputado Alexandre Almeida (PT do B); e a criação da Frente Parlamentar de Defesa da Baixada, proposta pelo próprio Jota Pinto.

LUTO: SEDEL adia lançamento dos JEMs; posse de Roberto Costa fica para a semana que vem

A Secretaria de Estado de Desporto e Lazer (SEDEL) encaminhou nota à imprensa, na manhã desta terça-feira (5), anunciando o adiamento do lançamento dos Jogos Escolares Maranhenses (JEMs) de 2011, que ocorreria hoje à tarde no auditório do Palácio Henrique de La Rocque.

A decisão do secretário Joaquim Haickel foi motivada pelo falecimento do ex-governador Jackson Lago (PDT). Nova data ainda será marcada.

Juventude

O luto oficial decretado pela governadora Roseana Sarney (PMDB) também adiou, mais uma vez, a posse do deputado estadual Roberto Costa (PMDB) na Secretaria de Juventude.

Costa deve assumir o cargo semana que vem.

Vidigal diz que “ter confiado em quem não valeu a pena” foi o que causou a “morte física” de Jackson

Do blog do Edson Vidigal

Só há tempo para o viver. Entre o nascer e o morrer só o tempo para o viver. Nascer é chegar ao mundo, abrir-se para a vida e seguir o destino pela estrada que, um dia, terá fim. Ou nunca terá fim.

Para muitos, a estrada tem fim. A viagem acaba com a chegada da morte. Nascer não é inevitável. Morrer para muitos é inevitável. Há aqueles para quem a estrada nunca acaba porque apesar da morte, prosseguem.

Prosseguem no exemplo, nos ideais de luta, não a luta pelo mal aos outros, mas a luta buscando o bem dos outros.

O Jackson se inscreve agora entre aqueles para quem a estrada da vida não acabou. Aqueles que sobrevivem à própria morte.

O Jackson médico, trabalhou seu oficio curando doentes, ajudando a salvar vidas, espantando as lamurias que a morte leva às casas dos enfermos.

O Jackson professor soube inspirar seguidores, disseminando o que aprendeu em técnicas, erudição, experiência e conhecimentos.

O Jackson político, que administrou a Capital por três vezes, sempre bem avaliado, era querido pela população porque fazia da política não a arte do possível como muitos ainda entre nós a praticam no mal sentido, achando que esse possível se encerra na possibilidade das coisas sempre para eles, a favor deles, do patrimônio político e também do patrimônio pessoal deles.

O Jackson político fincava sua ação em princípios rígidos, dos quais ninguém o arredava. Não concebia a vida política fora dos parâmetros republicanos e democráticos.

Homem público, no exemplo que o Jackson buscava intensamente transmitir, não podia ter outros compromissos que não os fossem, primeiramente, com o coletivo. Era assim, beirando muitas vezes a um remansoso romantismo, o seu jeito de gerenciar a coisa publica.

Antes da morte física de agora ha pouco, o Jackson já havia sofrido uma tentativa de morte política quando lhe arrebataram covardemente, ainda no primeiro biênio, o mandato de Governador eleito pela maioria do Povo do Maranhão.

Depois, nas eleições seguintes, ele novamente concorrendo para se submeter a um novo julgamento, querendo tirar a prova dos nove, foi vitima de novo atentado com a bazófia da inelegibilidade que lhe inventaram e que a morosidade judicial ajudou a prosperar.

O Jackson não era inelegível coisa nenhuma. Eu me esguelava garantindo isso nos comícios, na campanha inteira, ao lado dele.

Quando a Justiça eleitoral, em sua fama de que tarda, mas não falha, mas falhando porque tardia, disse que não havia mesmo inelegibilidade nenhuma contra o Jackson, a tendência forte que antes lhe era favorável já se contaminara pela mentira espalhada pela má fé e, assim, lhe esvaziavam os apoios.

E assim, derrotado, covardemente derrotado, logo no primeiro turno, o Jackson gladiador da resistência republicana e democrática no Maranhão foi a nocaute.

O que lhe causou, enfim, a morte física não foi o câncer que já o acompanhava e com o qual convivia em alguma harmonia há algum tempo. Nem a pneumonia se aproveitando da sua baixa resistência decorrente da quimioterapia.

O que o abateu mesmo foi a depressão profunda em que mergulhou decepcionado com os falsos e envergonhado por ter dedicado todo o tempo em que passou palmilhando a estrada na luta pelos outros e vendo a vitória definitiva quase chegando e ter confiado em uns tantos em quem não valeu a pena confiar.

Como naquele verso de Fernando Pessoa, estou hoje perplexo como quem pensou, achou e esqueceu…

A oposição sem Jackson Lago

Com a morte do ex-governador Jackson lago (PDT), deve orbitar basicamente em torno de três nomes o centro legitimado de liderança da oposição no Maranhão.

Flávio Dino (PC do B), Marcelo Tavares (PSB) e José Reinaldo (PSB), nessa ordem, devem empunhar a bandeira de esquerda e comandar o contraponto ao grupo Sarney no estado daqui pra frente.

Flávio Dino pela própria “musculatura” eleitoral que adquiriu a partir das eleições de 2008, quando perdeu para João Castelo (PSDB) a disputa pela Prefeitura de São Luís, mas saiu fortalecido ao chegar ao 2º turno, à frente de nomes como Gastão Vieira (PMDB), Raimundo Cutrim (DEM) e Clodomir Paz (PDT).

O cacife do comunista só fez aumentar desde então e o resultado das eleições de 2010, quando ele desbancou o próprio Lago, lhe confere, status de liderança natural após o falecimento do pedetista.

Marcelo Tavares dá cada vez mais mostras de que soube capitalizar bem a sua passagem pela Presidência da Assembléia Legislativa. Sereno, mas incisivo quando precisa ser contra o governo Roseana Sarney, tem assumido o papel que já foi de Edivaldo Holanda (PTC). Com bem mais tato, é verdade.

José Reinaldo não chega a fazer tanta força assim para assumir essa liderança.

Afora o artigo semanal que continua assinando no Jornal Pequeno, tem participado pouco do cotidiano oposicionista no Maranhão.

Mas é um ex-governador e já deu mostras (leia-se 2006) de que conhece o caminho das pedras. Pode reivindicar o posto.

Além dos três, os nomes que se apresentam têm pouca ou nenhuma penetração na esquerda e andam longe de representar o ideal de unidade de que a oposição precisa se ainda sonha em voltar o poder.

Governadora se solidariza com família de Jackson Lago; José Sarney emite nota de pesar

Logo após o falecimento de Jackson Lago (PDT), a governadora Roseana Sarney (PMDB) conversou por telefone com o médico Igor Lago, filho do ex-governador, e transmitiu seus sentimentos às família.

Ela reafirmou a disposição do Governo do Estado de prestar todo o apoio necessário para as cerimônias fúnebres.

Mas o desejo do pedetista será respeitado e ele será velado na sede do partido.

A governadora decretou luto oficial de três dias no Estado. Em nota, lamentou a morte do político.

“O Maranhão perdeu uma figura expressiva do seu mundo político que nos deixará um vazio. Solidarizo-me com sua mulher, seus filhos e demais familiares, ao tempo em que decreto luto oficial de 3 dias pelo seu falecimento”, assinalou.

Jackson Lago morreu no Hospital do Coração, em São Paulo, em decorrência de complicações causadas por câncer de próstata.

Transcendental

Também em nota, o presidente do Congresso Nacional, senador José Sarmey (PMDB-AP), afirmou que “a morte é um fenômeno transcendental que encerra todas as vicissitudes da vida”.

Sarney exaltou a trajetória do adversário político.

Confira abaixo, respectivamente, as notas da governadora e do presidente do Senado.

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NOTA DE PESAR

Recebi com muito pesar a notícia da morte do ex-governador e do ex-prefeito de São Luís, Jackson Kleper Lago.
Destacado político, Jackson Lago prestou relevantes serviços ao Estado. Foi um homem de grande coerência quando lutou pelas suas ideias.

Fomos adversários nas últimas eleições, mas nunca inimigos e por ele sempre tive um profundo respeito.

O Maranhão perdeu uma figura expressiva do seu mundo político que nos deixará um vazio.

Solidarizo-me com sua mulher, seus filhos e demais familiares, ao tempo em que decreto luto oficial de 3 dias pelo seu falecimento.

A ele e à sua memória prestaremos todas as reverências e o nosso maior respeito.

ROSEANA SARNEY
Governadora do Maranhão

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Nota de pesar pelo falecimento de Jackson Lago

A morte é um fenômeno transcendental que encerra todas as vicissitudes da vida.

É com grande comoção que lamento o falecimento do governador Jackson Lago, figura expressiva que dominou a política maranhense durante quase meio século. É com respeito que proclamo o seu caráter, a coerência na defesa de suas idéias e o idealismo com que exerceu os vários cargos que ocupou na vida pública. Ele deixa o exemplo de cidadão, de chefe de família, de homem público e o Maranhão tem a gratidão dos serviços que prestou à nossa terra.

Eu e Marly nos associamos à dor de sua esposa e de sua família, do povo maranhense e da classe política pela perda que acabamos de ter.

Pedimos a Deus que nos conforte com a lembrança de sua vida e de tudo de bem que fez pela sociedade, pelo Estado e pelo país.

José Sarney