Governo ainda tenta tirar “casquinha” da articulação de Temer na China

flavioApesar de não ter conseguido espaços na comitiva do presidente Michel Temer (PMDB) e não ter tido qualquer atuação direta em Xangai, na China, para assegurar os investimentos de R$ 10 bilhões no Maranhão, o governador Flávio Dino (PCdoB) ainda tenta tirar “casquinha” da articulação do presidente da República.

A estratégia da equipe de comunicação do comunista, agora, é tentar fazer fazer crer que Dino foi decisivo para que investidores chineses optassem pela construção de uma siderurgia e de um terminal de multicargas em São Luís. A ideia é fazer com que a população acredite que tudo houve uma articulação direta do vice-governador, Carlos Brandão (PSDB), que havia passado duas semanas na China.

Ocorre que já havia interesse dos chineses em investir no estado antes. O mercado aguardou tão somente a definição em relação ao processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) para dar prosseguimento aos projetos.

Dino, no que diz respeito a esse aspecto, parece não ter atuado nesta frente…

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Em visita de Temer à China, investidores anunciam aporte de R$ 10 bilhões para o Maranhão

Temer na ChinaInvestidores da CBSteel oficializaram hoje, em Xangai, a cerca de 100 empresários brasileiros e 250 chineses durante a visita do presidente Michel Temer (PMDB) à China, aporte de US$ 3 bilhões (R$ 9,75 bilhões) para uma siderurgia no Maranhão.

A China Communications Construction Company (CCCC) informou um aporte de US$ 460 milhões (R$ 1,5 bilhão) para um terminal multicargas em São Luís (MA). A Hunan Dakang disse que investirá US$ 1 bilhão (R$ 3,25 bilhões) em agricultura no Brasil. E a Embraer fechou a venda de pelo menos 4 aviões para dois grupos chineses. Ao todo, a China investirá cerca de R$ 15 bilhões no país.

“Agora, o Brasil sabe onde quer chegar”, disse o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, no evento com os empresários. Ele afirmou que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff “restabeleceu a estabilidade política” no país. Mas reconheceu que o Brasil continua mergulhado em uma grave crise financeira, que restringe sua capacidade de investimentos em infraestrutura. Esse cenário, ressaltou, cria oportunidades para empresas estrangeiras em busca de projetos de longo prazo.

Na última terça-feira o blog do Gilberto Léda revelou que o governador Flávio Dino (PCdoB) havia tentado uma “vaguinha” na comitiva do presidente Michel Temer que iria para a China [reveja aqui].

Na ocasião, o blog lembrou que uma das frentes de Dino era tentar atrair investimentos de multinacionais para a implantação de um porto em São Luís.

O presidente Michel Temer, contudo, não cedeu espaço ao comunista – que diga-se de passagem -, iria “faturar” com os anúncios de hoje feitos pelos chineses.

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Na mesma terça-feira, o secretário de Estado da Comunicação e de Assuntos Políticos, Marcio Jerry (PCdoB), esbravejou contra o blog e negou veementemente que o governador tenha tentado uma vaga na comitiva.

Temer libera R$ 4,8 milhões para a Saúde no Nordeste; Maranhão fica com mais da metade

Montante é destinado para Hospitais Universitários de todos os estados da Região

temerO presidente da República em exercício Michel Temer (PMDB), liberou, por meio do Ministério da Saúde, R$ 8,4 milhões para a Saúde Pública no Nordeste. O Maranhão ficará com mais da metade dos recursos.

O montante é destinado, especificamente, para Hospitais Universitários dos oito estados da região Nordeste e será aplicado na ampliação e qualificação dos seus atendimentos prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ao todo, 13 unidades serão beneficiadas com os recursos.

Em números, o valor liberado para a Região Nordeste é de R$ 8.841.475,98 milhões. Para o Maranhão, o valor é de R$ 2.564.159,50. O dinheiro é destinado ao Hospital Universitário, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

O estado que recebeu a menor parcela para a Saúde da Região Nordeste, foi o Sergipe, com apenas R$ 2.825,00 mil, valor provavelmente inferior ao que recebe um profissional da área assistencial da Saúde.

O montante é irrisório se comparado ao que o Maranhão recebeu.

Já o estado do Ceará, o segundo maior contemplado pela Ministério da Saúde na região, conseguiu assegurar 808.934,85 mil.

 

Padilha: “Michel Temer possui o sentimento do povo brasileiro”

Eliseu Padilha, Roberto Costa e João Alberto na Assembleia Legislativa / Foto: Biné Morais

Eliseu Padilha, Roberto Costa e João Alberto na Assembleia Legislativa / Foto: Biné Morais

O ex-ministro da Aviação Civil do governo Dilma Rousseff (PT), exaltou na tarde de ontem, em São Luís, a figura do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB).

Para ele, Temer possui o “sentimento do povo brasileiro” e está preparado para assumir as responsabilidades que lhe forem atribuídas.

Cauteloso em relação a Dilma, Padilha não escondeu a insatisfação com os rumos do governo e fez questão de se solidarizar ao vice-presidente, que tem sido alvo de duras críticas por parte da cúpula nacional do Partido dos Trabalhadores (PT).

“Michel Temer é um homem que tem sentimentos populares, ele abre o coração algumas vezes na intimidade. Fez uma carta que era apenas para a presidente ler e ninguém mais, a intenção era conversar com ela sobre aquilo, infelizmente o Brasil todo leu. Isso tem um aspecto negativo, de ver o presidente Michel Temer com as coisas simples de um cidadão, o que sente alguém quando é deixado de lado, alguém que se sente menosprezado, como todas as pessoas, e isso ficou claro. A outra parte mostrou que ele é um homem popular, é alguém que tem o sentimento do povo brasileiro”, enfatizou.

Eliseu Padilha foi homenageado ontem na Assembleia Legislativa com a Medalha do Mérito Legislativo Manoel Beckman. A homenagem foi indicada pelo deputado estadual Roberto Costa.

Roberto Costa afirma que mobilizará partido em favor de Michel Temer

Eliseu Padilha, Roberto Costa e João Alberto na Assembleia Legislativa / Foto: Biné Morais

Eliseu Padilha, Roberto Costa e João Alberto na Assembleia Legislativa / Foto: Biné Morais

O deputado estadual Roberto Costa (PMDB), que conferiu homenagem ao ex-ministro Eliseu Padilha, na tarde de hoje na Assembleia Legislativa, conclamou a juventude do PMDB e assegurou que mobilizará as bases do partido no estado, para atuar em defesa do vice-presidente da República, Michel Temer.

Temer entrou em atrito com a presidente Dilma Rousseff (PT) logo após ter sido tornada pública, uma carta endereçada à petista, na qual o peemedebista reclamou de isolamento político e desvalorização na pasta.

Costa assegurou a Eliseu Padilha, durante sessão solene, que mobilizará o partido em defesa do correligionário.

 “Eliseu Padilha, quero que você saia hoje do Maranhão com duas certezas. A primeira delas é de que o vice-presidente Michel Temer terá o apoio das nossas bases partidárias. Queremos aqui dar o ponta-pé inicial para convocarmos o PMDB, de forma clara e transparente, em apoio a Temer. Ele representa o sentimento do nosso partido e do povo brasileiro. Em segundo lugar, quero informar que a conjuntura que resultou na aprovação do projeto para lhe conceder a medalha, passou por dois momentos: por todo trabalho eu você fez pelo Brasil e pela juventude do Maranhão e pelo seu gesto de desprendimento e fidelidade a história do partido”, disse.

Planalto abalado

TemerProvocou uma repercussão gigantesca, e abalo no Palácio do Planalto, a carta enviada pelo vice-presidente da República, Michel Temer, à presidente Dilma Rousseff (PT).

Na carta, Temer apontou “fatores reveladores da desconfiança que o governo tem em relação a ele e ao PMDB”, se mostrou chateado com o esvaziamento no cargo e ressentido por não ter a sua atuação na articulação política reconhecida pela petista.

O vice-presidente pontuou indicações particulares para o primeiro escalão do governo rejeitadas, lembrou de não ter sido sequer convidado para reuniões importantes no Palácio e disse ter passado os primeiros quatro anos de governo como “vice decorativo”.

– É um desabafo que já deveria ter feito há muito tempo -, enfatizou o peemedebista na carta.

Para muitos, até mesmo do Planalto, Temer indicou de forma clara o rompimento do PMDB com o governo Dilma. A assessoria do vice-presidente, contudo, contesta.

O fato é que a carta – vazada pelo próprio governo, diga-se -, caiu como uma bomba e aumentou ainda mais a crise política instalada no país.

Alvo de um processo de impeachment, Dilma Rousseff movimenta o quanto pode as peças no tabuleiro para tentar assegurar-se no mandato. Articula a sua bancada na Câmara, recebe o aceno de governadores e sustenta o discurso de tentativa de golpe contra a democracia.

Do outro lado a oposição, regozijada com a carta de Temer, vê os mais recentes movimentos como enfraquecimento de Dilma Rousseff.

O que guardam os próximos capítulos?

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão

Em carta a Dilma, Michel Temer aponta desconfiança do governo com o PMDB

TemerO vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), enviou uma carta à presidente Dilma Rousseff (PT) ontem em que apontou “fatores reveladores da desconfiança que o governo tem em relação a ele e ao PMDB”, segundo informou a assessoria do vice-presidente.

Em mensagens divulgadas no Twitter, a assessoria da Vice-Presidência ressalvou, porém, que ele “não propôs rompimento” com o governo ou entre partidos, mas defendeu a “reunificação do país”.

“Ele rememorou fatos ocorridos nestes últimos cinco anos, mas somente sob a ótica do debate da confiança que deve permear a relação entre agentes públicos responsáveis pelo país. Não propôs rompimento entre partidos ou com o governo. Exortou, pelo contrário, a reunificação do país, como já o tem feito em pronunciamentos anteriores. E manterá a discussão pessoal privada no campo privado”, completou a assessoria.

Leia a íntegra da carta:

São Paulo, 07 de Dezembro de 2.015.

Senhora Presidente,

“Verba volant, scripta manent”.

Por isso lhe escrevo. Muito a propósito do intenso noticiário destes

últimos dias e de tudo que me chega aos ouvidos das conversas no Palácio.

Esta é uma carta pessoal. É um desabafo que já deveria ter feito há

muito tempo.

Desde logo lhe digo que não é preciso alardear publicamente a

necessidade da minha lealdade. Tenho-a revelado ao longo destes cinco anos.

Lealdade institucional pautada pelo art. 79 da Constituição Federal. Sei

quais são as funções do Vice.

À minha natural discrição conectei aquela derivada daquele dispositivo constitucional.

Entretanto, sempre tive ciência da absoluta desconfiança da senhora

e do seu entorno em relação a mim e ao PMDB. Desconfiança incompatível

com o que fizemos para manter o apoio pessoal e partidário ao seu governo.

Basta ressaltar que na última convenção apenas 59,9% votaram pela aliança.

E só o fizeram, ouso registrar, por que era eu o candidato à reeleição à Vice.

Tenho mantido a unidade do PMDB apoiando seu governo usando o prestígio

político que tenho advindo da credibilidade e do respeito que granjeei no partido.

Isso tudo não gerou confiança em mim, Gera desconfiança e menosprezo do governo.

Vamos aos fatos. Exemplifico alguns deles.

  1. Passei os quatro primeiros anos de governo como vice

decorativo. A Senhora sabe disso. Perdi todo protagonismo político que

tivera no passado e que poderia ter sido usado pelo governo. Só era

chamado para resolver as votações do PMDB e as crises políticas.

  1. Jamais eu ou o PMDB fomos chamados para discutir

formulações econômicas ou políticas do país; éramos meros acessórios,

secundários, subsidiários.

  1. A senhora, no segundo mandato, à última hora, não

renovou o Ministério da Aviação Civil onde o Moreira Franco fez

belíssimo trabalho elogiado durante a Copa do Mundo. Sabia que ele

era uma indicação minha. Quis, portanto, desvalorizar-me. Cheguei a

registrar este fato no dia seguinte, ao telefone.

  1. No episódio Eliseu Padilha, mais recente, ele deixou o

Ministério em razão de muitas “desfeitas”, culminando com o que o

governo fez a ele, Ministro, retirando sem nenhum aviso prévio, nome

com perfil técnico que ele, Ministro da área, indicara para a ANAC.

Alardeou-se a) que fora retaliação a mim; b) que ele saiu porque faz

parte de uma suposta “conspiração”.

  1. Quando a senhora fez um apelo para que eu assumisse a

coordenação política, no momento em que o governo estava muito

desprestigiado, atendi e fizemos, eu e o Padilha, aprovar o ajuste fiscal.

Tema difícil porque dizia respeito aos trabalhadores e aos empresários.

Não titubeamos. Estava em jogo o país. Quando se aprovou o ajuste,

nada mais do que fazíamos tinha sequencia no governo. Os acordos

assumidos no Parlamento não foram cumpridos. Realizamos mais de

60 reuniões de lideres e bancadas ao longo do tempo solicitando apoio

com a nossa credibilidade. Fomos obrigados a deixar aquela

coordenação.

  1. De qualquer forma, sou Presidente do PMDB e a senhora

resolveu ignorar-me chamando o líder Picciani e seu pai para fazer um

acordo sem nenhuma comunicação ao seu Vice e Presidente do Partido.

Os dois ministros, sabe a senhora, foram nomeados por ele. E a senhora não teve a menor preocupação em eliminar do governo o

Deputado Edinho Araújo, deputado de São Paulo e a mim ligado.

  1. Democrata que sou, converso, sim, senhora Presidente,

com a oposição. Sempre o fiz, pelos 24 anos que passei no Parlamento.

Aliás, a primeira medida provisória do ajuste foi aprovada graças aos 8

(oito) votos do DEM, 6 (seis) do PSB e 3 do PV, recordando que foi

aprovado por apenas 22 votos. Sou criticado por isso, numa visão

equivocada do nosso sistema. E não foi sem razão que em duas

oportunidades ressaltei que deveríamos reunificar o país. O Palácio

resolveu difundir e criticar.

  1. Recordo, ainda, que a senhora, na posse, manteve reunião

de duas horas com o Vice Presidente Joe Biden – com quem construí

boa amizade – sem convidar-me o que gerou em seus assessores a

pergunta: o que é que houve que numa reunião com o Vice Presidente

dos Estados Unidos, o do Brasil não se faz presente?

Antes, no episódio da “espionagem” americana, quando as conversar começaram a ser

retomadas, a senhora mandava o Ministro da Justiça, para conversar

com o Vice Presidente dos Estados Unidos. Tudo isso tem significado

absoluta falta de confiança;

  1. Mais recentemente, conversa nossa (das duas maiores

autoridades do país) foi divulgada e de maneira inverídica sem nenhuma

conexão com o teor da conversa.

  1. Até o programa “Uma Ponte para o Futuro”,

aplaudido pela sociedade, cujas propostas poderiam ser utilizadas para

recuperar a economia e resgatar a confiança foi tido como manobra

desleal.

  1. PMDB tem ciência de que o governo busca

promover a sua divisão, o que já tentou no passado, sem sucesso.

A senhora sabe que, como Presidente do PMDB, devo manter

cauteloso silencio com o objetivo de procurar o que sempre fiz: a unidade

partidária.

Passados estes momentos críticos, tenho certeza de que o País terá

tranquilidade para crescer e consolidar as conquistas sociais.

Finalmente, sei que a senhora não tem confiança em mim e no PMDB, hoje, e não terá amanhã.

Lamento, mas esta é a minha convicção.

Respeitosamente, \ L TEMER

A Sua Excelência a Senhora

Doutora DILMA ROUSSEFF

Presidente da República do Brasil

Palácio do Planalto