Policiais civis desabafam contra o governador Flávio Dino

2016-06-24-PHOTO-00000193Policiais civis que até o início da semana estavam em greve e que foram obrigados pela Justiça a suspender o movimento, se manifestaram nas redes sociais contra a política salarial aplicada pelo governador Flávio Dino (PCdoB) ao servidor público.

O desabafo da categoria foi feito por meio do perfil, no Facebook, da Polícia Civil do Maranhão, que é administrada por policiais.

Os policiais lembraram que para os delegados de polícia, Flávio Dino assegurou reajuste salarial de 40%, mas para investigadores e escrivães, o reajuste foi de apenas 5%.

“Ou seja, para o governador vale, no funcionalismo público,a lógica dos ricos cada vez mais ricos e dos pobres cada vez mais pobres. Vergonha!!”, afirma a página.

Com a palavra, o governador Flávio Dino…

Para Governo, greves de policiais e agentes são ilegais e abusivas

Policiais civis rejeitaram proposta do Governo e retomaram greve

Policiais civis rejeitaram proposta do Governo e retomaram greve por tempo indeterminado

O Governo Flávio Dino (PCdoB) resolveu reagir à greve dos policiais civis e agentes penitenciários do Maranhão e tenta agora desqualificar o movimento paredista que foi retomado no último sábado.

Por meio de nota, divulgada no mesmo dia em que os policiais civis rejeitaram a última proposta lançada pelo Executivo à categoria, o Governo classificou a greve de ilegal e abusiva.

A justifica: “afeta serviços essenciais à segurança e à vida das pessoas, como o Poder Judiciário tem decidido”.

Mas o Governo que agora constrange servidores públicos e tenta desqualificar a manifestação legítima por melhores condições de trabalho, dignidade no serviço público e reajuste salarial, é o mesmo que pregou e que prega diariamente, o diálogo com o trabalhador.

Na nota, o Governo Flávio Dino assegura que tomará as “medidas previstas em lei para que a normalidade dos serviços essenciais seja restabelecida” e afirma também que é hora de “serenidade e bom senso”.

Demonstração de que as negociações por um acordo entre as partes parecem ter se esgotado…

Abaixo, a íntegra da nota

A propósito da decisão de agentes penitenciários e policiais civis de fazerem greve por questões salariais, o Governo do Maranhão esclarece:

  1. Desde o início da atual gestão, estamos dando prioridade à recuperação do serviço público no Maranhão, com medidas como reajustes de vencimentos, de gratificações e auxílios; nomeação de novos servidores e realização de concursos e seletivos; promoções e progressões, etc. Além disso, iniciamos a construção do novo Hospital dos Servidores do Estado. Trata-se de processo progressivo, pois não é possível corrigir problemas de décadas em apenas um ano.
  1. Esse processo de recuperação do serviço público é gravemente afetado pela crise econômica que vivemos, que inclusive está levando vários estados a atrasar o pagamento de suas folhas mensais, como o Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Com uma gestão honesta, e que prioriza o investimento no serviço publico, felizmente, estamos mantendo os pagamentos do salário do funcionalismo no Maranhão rigorosamente em dia.
  1. Nesse momento, algumas categorias de servidores, já beneficiadas por aumentos em 2015, fazem novas reivindicações de aumento. O Governo do Maranhão manteve intenso diálogo e apresentou proposta de acordos judiciais com ganhos concretos, a serem atendidos parceladamente para não destruir as finanças estaduais e resultar em atrasos dos pagamentos dos próprios servidores.
  1. Mesmo diante desse esforço, lamentavelmente, essas categorias rejeitaram as propostas do governo e resolveram trilhar o caminho da greve. Greves ilegais e abusivas, pois afetam serviços essenciais à segurança e à vida das pessoas, como o Poder Judiciário tem decidido.
  1. Diante disso, o Governo do Maranhão tomará todas as medidas previstas em lei para que a normalidade dos serviços essenciais seja restabelecida, em respeito aos 7 milhões de cidadãos e cidadãs maranhenses. Não é justo que a população seja prejudicada por greve abusiva e ilegal.
  1. É hora de serenidade e bom senso. O governo reconhece que é necessário valorizar o conjunto do funcionalismo público, após décadas de desvalorização, e está trabalhando nesse sentido. Mas espera que haja no funcionalismo o bom senso de reconhecer que essa recuperação não é possível da noite para o dia, mas sim em um processo gradual .
  1. Em respeito à população, solicitamos o fim da greve dos agentes penitenciários e policias civis, e assumimos o compromisso de manter o diálogo para debater, com franqueza e espírito construtivo, as reivindicações dessas categorias.

Policiais civis rejeitam proposta do Governo e retomam greve

greve PCPoliciais Civis decidiram no fim da tarde de ontem, em assembleia geral da categoria, realizada no auditório da Secretária de Segurança Pública (SSP), rejeitar a proposta de reajuste apresentada pelo Governo do Estado e retomar de imediato a greve no Maranhão.

Com a retomada do movimento, os grevistas se reorganizam para a concentração que permanente no Plantão Central do Parque Bom Menino. No interior do estado, o local de concentração é na sede de cada Delegacia Regional.

Segundo os grevistas, o Governo propôs parcelamento em 26 vezes, a partir de janeiro de 2017, da gratificação de dedicação exclusiva (GDE) ao subsídio e a aplicação de reajuste de 10% para os policiais. A categoria, contudo, não aceitou.

Como a greve foi retomada, apenas 30% do efetivo: entre comissários, investigadores, escrivães, peritos criminalísticos auxiliares, auxiliares de perícia médico legal, motoristas e operadores de rádios da Ilha de São Luís, permanecerão nos plantões.

Serão cumpridos os autos de prisão em flagrante delito somente aqueles: decorrentes de crimes inafiançáveis; decorrentes de crimes hediondos; decorrentes de crimes contra a criança e o adolescente; decorrentes de crimes contra o idoso e decorrentes da aplicação da Lei Maria da Penha.

Leia mais aqui_________

Manutenção da greve faz secretário retirar proposta de reajuste de 10% a policiais

Policiais civis mantêm paralisação

O secretário de Segurança, Aluísio Mendes, afirmou, nesta sexta-feira (25), que resolveu retirar a proposta de reajuste de 10% nos salários dos policiais civis.

O secretário havia “bancado” o aumento mesmo contra a vontade de “setores do governo”, mas resolveu recuar depois que a categoria decidiu, em Assembléia Geral, manter a greve.

A declaração foi dada em entrevista à Rádio Mirante AM, durante visita às novas instalacões da Superintendência Estadual de Investigação Criminal da Polícia Civil, no Bairro de Fátima.

“Nós fizemos um sacrifício muito grande. A Secretaria de Segurança se indispôs com setores do governo que eram contra essa proposta [de reajuste de 10%]. Sinalizei que essa era uma questão que eu precisava ver atendida. Me sinto muito à vontade para retirar a proposta do Estado e aguardar uma posição da categoria. Se não concordaram com a proposta de 10% apresentada pelo governo não ganha os aposentados e tampouco os que estão na ativa”, explicou.

Policiais civis reúnem-se com Aluísio Mendes para definir rumos da greve

(18h46) – Líderes do movimento grevista da Polícia Civil estão reunidos neste momento com o secretário Alusísio Mendes no Palácio Henrique de La Rocque.

Do encontro, espera-se que saia uma decisão sobre o fim do movimento, que foi iniciado na manhã da última terça-feira (23).

Em instantes, mais informações.

Reunião pode pôr fim a movimento de greve dos policiais civis

Uma reunião entre a cúpula da Segurança Pública do Estado (SSP) e líderes do Sindicato dos Policiais Civis e Agentes Penitenciários do Maranhão (SINPOL-MA) pode definir os rumos da greve da categoria. O encontro ocorre no final da tarde desta terça-feira (22).

Aluísio Mendes cancelou a viagem junto com a comitiva da governadora Roseana Sarney (PMDB) a Brasília para comandar as negociações.

Segundo apurou o blog, os dois lados estão próximos de um acerto e as bases para um acordo já teriam sido praticamente decidias na última segunda-feira (21), em reunião da qual participaram o próprio secretário Aluísio Mendes e dirigentes do SINPOL-MA.

O reajuste proposto pelo Governo do Estado teria agradado a liderança do movimento – que chegou a paralisar as atividades por 24h na semana passada -, o que deve garantir que a greve, iniciada hoje, seja resolvida antes de tomar proporções maiores.