Enquanto SINPROESEMMA não se decide, SEDUC nomeia mais professores

Enquanto o SINPROESEMMA não decide pelo fim da greve – e já deve R$ 1 milhão por descumprir a decisão do desembargador Marcelo Carvalho –, a Governadora Roseana Sarney nomeou mais 39 professores aprovados no concurso público realizado em 2009.

A lista dos nomeados foi publicada no Diário Oficial do último dia 31 de março e a posse dos docentes acontecerá a partir desta quinta-feira (7), das 13h às 18h, na sede da Superintendência de Administração de Recursos Humanos da Secretaria de Educação (Sarh/Seduc), no bairro Monte Castelo, em São Luís.

Com isso, já são mais de 1.100 aprovados no concurso nomeados pelo Estado.

STF considera constitucional piso nacional para professores da rede pública

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, declararam a constitucionalidade da Lei 11.738/2008, na parte que regulamenta o piso nacional – vencimento básico – para os professores da educação básica da rede pública. O ministro Marco Aurélio ficou vencido.

A constitucionalidade do parágrafo 4º do artigo 2º, que determina o cumprimento de no máximo 2/3 da carga horária do magistério em atividades de sala de aula, ainda será analisada pela Corte.

Parte dos ministros considerou que há invasão da competência legislativa dos entes federativos (estados e municípios) e, portanto, violação do pacto federativo previsto na Constituição.

Com isso, não se chegou ao quorum necessário de seis votos para a declaração de constitucionalidade ou inconstitucionalidade da norma.

O julgamento, que durou mais de quatro horas, ocorreu na tarde desta quarta-feira (6), durante a análise da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4167, ajuizada na Corte pelos governos dos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará.

(As informações são do STF)

SEDUC AVISA: vai descontar salários de professores parados; faltosos podem ser demitidos por abandono de emprego

O Governo do Estado resolver engrossar o discurso contra os professores que insistem em descumprir as decisões do desembargador Marcelo Carvalho e do ministro Ricardo Lewandowski, que consideraram ilegal a greve da categoria.

Em nota encaminhada à imprensa na noite da última quarta-feira (6), a Secretaria de Educação faz novo apelo para que os docentes voltem às salas de aulas e avisa: vai descontar os salários de quem ficou parado.

“Por força da decisão da Justiça, todos os dias não trabalhados serão descontados – um prejuízo para os professores que poderia ter sido evitado se tivesse havido a devida orientação”, diz a nota.

Além disso, a SEDUC alerta que pode haver demissões por justa causa.

“O Governo do Maranhão lembra ainda que, de acordo com a legislação em vigor, a ausência, por 30 dias, das atividades caracteriza abandono de emprego”.

A greve começou dia 1º de março.

Veja a nota da SEDUC:

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STF confirma: greve dos professores é ilegal

Acompanhamento no site do STF comprova decisão

O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, nesta terça-feira (5), decisão do desembargador Marcelo Carvalho, e manteve o entendimento de que é ilegal a greve dos professores do estado do Maranhão.

O relator do processo foi o ministro Ricardo Lewandowski.

Para ele, ao julgar o mandado de injunção, o STF determinou que fosse aplicada a Lei 7.783/1989 relativamente ao exercício do direito de greve dos servidores públicos civis até que sobrevenha a norma que regulamente a matéria.

No entanto, diferente do que alegado pelo reclamante, frisou o ministro, “em nenhum momento cogitou-se da aplicação integral do referido ato normativo, tampouco de se afastar uma das características inerentes à prestação dos serviços públicos, qual seja a continuidade”.

Alegando que a pretensão do sindicato não se enquadra em nenhuma das hipóteses previstas na Constituição – seja preservar a competência do STF ou garantir a autoridade de suas decisões, o ministro negou seguimento à reclamação.

Sendo assim, fica mantida, também, a multa diária de R$ 50 mil por descumprimento da liminar proferida pelo magistrado dia 17 de março.

Atualmente, o SINPROESEMMA já deve R$ 950 mil por descumprimento da decisão.

Negociação

Em seu site, o sindicato informa que “a resolução do impasse entre o Governo do Estado e trabalhadores em educação depende, exclusivamente, da iniciativa do governo em chamar a categoria para negociar”.

Mas não é bem assim: o sindicato quer negociar, mas diz que o fim da greve depende, também, de o Executivo “atender às solicitações de audiência feitas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (SINPROESEMMA) – que até então continuam sendo negadas, em silêncio, pelo Poder Público – e de apresentar proposta que atenda às reivindicações dos educadores”.

Ou seja, não quer negociar…

Nota do blog: post alterado às 19h09 para acréscimo de informações do STF

Jackson Lago falece em São Paulo; corpo chega hoje a São Luís e será velado no PDT

Jackson Lago morreu aos 76 anos

O ex-governador Jackson Lago, 76, morreu na tarde desta segunda-feira (4), às 17h50, em São Paulo. O corpo chega ainda hoje à capital.

O velório ocorre nesta terça-feira (5), na sede do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Este foi um pedido expresso de Lago.

O ex-governador lutava contra um câncer de próstata desde 2004, mas o quadro agravou-se ano passado, após as eleições.

Chegou a apresentar melhoras em janeiro, quando deixou o hospital e já prensava em retornar a São Luís, mas ficou na capital paulista por decisão da família.

Na última quarta-feira (30), foi novamente internado, desta vez com quadro de pneumonia, decorrente do tratamento quimioterápico.

O blog continua apurando detalhes.

Estudantes pressionam na Assembléia por fim da greve dos professores

Estudantes da rede publica de ensino de Estado estão na galeria da Assembléia Legislativa acompanhando a sessão.

Eles pressionam para que os deputados também intercedam pelo fim da greve dos professores.

Além disso, criticam a postura do SINPROESEMMA, que tem mantido uma postura de irredutibilidade durante as discussões.

Semana passada, uma manifestação de alunos contra o movimento paredista quase termina em confusão na porta do sindicato.

Há expectativa de que a greve termina hoje mesmo.

Greve dos professores completa um mês com ação no STF e manifestação no Centro

Estudantes quase entram conflito com professores

A greve dos professores do estado completa um mês nesta sexta-feira (1) com um saldo nada positivo.

Além de não ter avançado praticamente nada nas esdrúxulas reivindicações, o movimento coleciona derrotas.

Senão vejamos: a liminar do desembargador Marcelo Carvalho que considera o movimento ilegal é datada do dia 17 de março. Na decisão, o magistrado determina o retorno imediato às aulas, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

Após 15 dias, apesar de muitos professores já terem retornado às salas de aula, o SINPROESEMMA mantém a greve. O que já lhe “rendeu” dívida de R$ 750 mil e pode levá-lo à falência.

Na reclamação que fez ao Supremo Tribunal Federal (STF), contestando a decisão do TJ, entre outras bobagens, o SINPROESEMMA afirma, com todas as letras, que educação não é serviço, nem atividade essencial.

“Para o sindicato, a educação pública não deve ser vista como serviço nem atividade essencial, e não pode ser alvo de restrição ao exercício do direito de greve”, diz matéria do próprio STF.

Conflito

Na tarde da última quinta-feira (31), outra bola fora dos grevistas. Em passeata pela volta às aulas, estudantes foram insultados em frente à sede do SINPROESEMMA. Por pouco não houve conflito.

Eles exigiam que o presidente da entidade, professor Júlio Pinheiro, desse explicações aos manifestantes, mas foram informados que ninguém da direção estava no sindicato.

Mentira!

Percebendo que os alunos não arredariam pé – e muito constrangido -, Pinheiro resolveu falar aos manifestantes. Mas foi muito vaiado.

Esse é o retrato dos primeiros trinta dias de greve dos professores.

30 entidades estudantis lançam “Manifesto estudantil pela volta às aulas”

Trinta entidades representativas de estudantes do Maranhão se uniram para lançar o “Manifesto estudantil pela volta às aulas”. De acordo com o texto do documento, elas “vem a público externar indignação com a intransigência do SINPROESEMMA que está prejudicando milhares de estudantes maranhenses impedindo a volta de professores à sala de aula”.

Da Ilha de São Luís, assinam o manifesto entidades como União Municipal dos Estudantes de São Luís, Grêmio do Liceu Maranhense e Grêmio Estudantil da Escola Modelo, além da União Municipal do Estudantes de Paço do Lumiar. Do interior, atestam o documento a Central da Juventude de Coroatá, Caxias, Turilândia, Aldeias Altas, São João do Sóter, Pindaré-Mirim, Santa Inês e Pio XII, a Associação Nunes Freire de Juventude e a Juventude Organizada de Arari.

Além destas, também assinam o documento entidades de Balsas, Bacabal, Grajaú, São Mateus, Peritoró, Miranda do Norte, Buriti-Bravo, Vargem Grande, Cururupi, Conceição do Lago-Açu e Governador Nunes Freire.

“O Sindicato teve os meses de dezembro, janeiro e fevereiro para negociar com o governo a sua pauta de reivindicação, sem prejudicar o início das aulas. Mas, para tristeza dos estudantes que após oito anos teriam o período letivo respeitado, o Sindicato preferiu anunciar a greve logo no primeiro dia de aula (…) Nós estranhamos a total falta de comunicação e respeito dos grevistas com os estudantes, pois fomos informados do movimento grevista por meio da imprensa”, assinalam as entidades no manifesto.

ENTIDADES QUE ASSINAM O MANIFESTO

União Municipal dos Estudantes de São Luís – São Luís
Grêmio do Liceu Maranhense – São Luís
Grêmio “Prof. Maria de Jesus” – C.E. “Profª Margarida Pires Leal” – São Luís
Grêmio Estudantil “Jovens Unidos pela Educação” – C.E.M. “Antônio Ribeiro”
União Municipal do Estudantes de Paço do Lumiar
Grêmio Estudantil do C.E. “Almirante Tamandaré” – São Luís – MA
Grêmio Estudantil do C.E. “Dayse Galvão” – São Luís – MA
Grêmio Estudantil da Escola Modelo – São Luís – MA
Associação da Juventude de Peritiró
Yrê Projetos Sociais – Coroatá – MA
Central da Juventude de Coroatá
Central da Juventude de Turilândia
Central da Juventude de Pio XII – MA
Associação Nunes Freire de Juventude (Nunes Freire – MA)
Instituto Cururupuense de Desenvolvimento Humano
Juventude Sem Fronteiras de Vargem Grande (Vargem Grande – MA)
Juventude Organizada de Arari (Arari – MA)
Lions Club Universitário (Timon – MA)
Juventude Organizada de Miranda (Miranda do Norte – MA)
Central da Juventude de Caxias (Caxias – MA)
Central da Juventude de São João do Sóter (São João do Sóter – MA)
Central da Juventude de Aldeias Altas (Aldeias Altas – MA)
União Municipal dos Estudantes de Balsas (Balsas – MA)
União Municipal dos Estudantes de Grajaú (Grajaú – MA)
União dos Estudantes de São Mateus (São Mateus do Maranhão – MA)
Central da Juventude de Pindaré Mirim (Pindaré Mirim – MA)
Conselho Juvenil Buritibravense (Buriti Bravo – MA)
Central da Juventude de Santa Inês (Santa Inês – MA)
Juventude Esperando a Cristo (Bacabal – MA)
Associação da Juventude de Lago-Açu (Lago-Açu – MA)

Professores decidem manter greve; SEDUC afirma que maioria já voltou às aulas

Em Assembléia Geral realizada nesta quarta-feira (23), os professores da Rede Estadual de Ensino decidiram pela manutenção da greve da categoria. Eles já estão parados há três semanas.

A aprovação do Estatuto do Educador continua sendo a principal reivindicação.

“O Estatuto do Educador é uma ferramenta necessária. Sem ela, fica difícil dar andamento ao processo de educação no Estado. É isso que o Governo precisa entender”, declarou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA), professor Júlio Pinheiro.

Já está marcada para esta quinta-feira (24) uma passeata da Praça Deodoro rumo ao Palácio dos Leões.

Maioria já voltou

Apesar da decisão do Sindicato, a Secretaria de Estado da Educação (SEDUC) afirma que a maioria dos professores já retornou às salas de aula.

Os dados são das Unidades Regionais de Educação (UREs).

Também nesta quarta, a secretária Olga Simão concedeu entrevista à Rádio Timbira, na qual conclamou os grevistas a retornar às escolas.

“Temos que retomar as aulas o mais rapidamente possível, a fim de suspender as perdas que a paralisação vem causando aos alunos da rede pública de ensino, bem como às suas famílias e à sociedade maranhense”, ressaltou.

SINPROESEMMA vai ao STJ contra decisão que tornou greve ilegal

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) deve dar entrada, nesta terça-feira (22), em recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra decisão do desembargador Marcelo Carvalho, do Tribunal de Justiça do Maranhão, que considerou ilegal a greve dos professores da Rede Pública Estadual de Ensino.

A decisão foi tomada em reunião da diretoria do Sindicato na última sexta-feira (17).

Os professores do Estado estão em greve desde o dia 1º de março. Eles reivindicam reajuste imediato nos salários e implantação do Estatuto do Educador.

O Governo do Estado oferece aumento a partir de outubro e envio do Estatuto para a Assembléia Legislativa.