Roseana: “Em pouco tempo, o Maranhão estará entre as 10 maiores economias do país”

O blog publica na íntegra, uma entrevista exclusiva com a governadora Roseana Sarney (PMDB), veiculada em caderno especial da edição de hoje de O Estado. Roseana fala de como recebeu o Maranhão, das principais ações e programas implementados, principalmente nas áreas de economia, infraestrutura, saúde e mobilidade urbana e mostra as suas perspectivas para o futuro do Maranhão.

Roseana Sarney fala de principais ações de Governo

Roseana Sarney fala de principais ações de Governo

O Estado – Quando a senhora assumiu o governo em 2009, a economia do país passava por um momento de instabilidade devido aos efeitos da crise americana de 2008. Seu governo surpreendeu e vislumbrou na crise uma grande oportunidade para o Maranhão ao realizar o Painel Empresarial. Como foi pensada essa iniciativa?

Roseana Sarney – Eu sempre acreditei no meu estado, nas suas potencialidades. Enxerguei aquele momento como uma grande porta que se abria para o Maranhão dar um salto no seu desenvolvimento econômico. Foi então que convidei executivos de grandes empresas, como Franklin Feder, da Alcoa, Antônio Maciel Neto (Suzano), Ricardo Nascimento (Ferroeste), Victorio de Marchi, da Ambev, entre outros, para que aqui viessem e tomassem conhecimento das oportunidades oferecidas pelo Maranhão.

O Estado – Além do momento complicado da economia, o Maranhão vinha de dois governos que não passaram confiança aos investidores. Foi difícil para seu governo a missão de resgatar essa confiança no estado?

Roseana Sarney – Realmente, nós recebemos um estado bem diferente do que nós deixamos sete anos antes. Toda a infraestrutura que construímos foi dilacerada. Não havia uma política de atração de investimentos, enfim, o Maranhão estava fora do mapa dos investidores nacionais e estrangeiros. Mas, como tínhamos feito um trabalho lá atrás, nos meus dois primeiros mandatos de governadora, e havia o reconhecimento por parte dos investidores, conseguimos resgatar essa confiança, e o resultado está aí hoje, com centenas de empresas instaladas, gerando milhares de empregos.

O Estado – O Maranhão tem vantagens competitivas e comparativas, como localização privilegiada, um dos maiores portos do mundo, ferrovia, água em abundância, energia. Isso também ajudou ou foi preciso investir mais em infraestrutura para dar mais confiança aos investidores?

Roseana Sarney – Sem dúvida, o Maranhão é um estado privilegiado por reunir condições favoráveis para investimento em vários setores da economia. Mas isso por si só não basta, pois o Estado tem que oferecer uma boa infraestrutura, recursos humanos qualificados e confiança na ação governamental. E essas condições nós asseguramos, como, por exemplo, a execução do maior programa rodoviário do país, investimentos maciços na ampliação modernização do Porto do Itaqui, além do que o estado se tornou um grande polo de geração de energia elétrica, insumo fundamental para as empresas que aqui já estão ou que irão se instalar.

O Estado – Outro aspecto a ser observado é que até então todo empreendimento que chegava ao estado se instalava em São Luís. Como foi feito esse redirecionamento dos investimentos para o interior e qual o impacto para esses municípios?

Roseana Sarney – A interiorização é a base da nossa política de atração de investimentos. Criamos as condições para que muitas empresas se instalassem em todas as regiões, não somente em São Luís. Cito o caso da Suzano, em Imperatriz; a exploração de gás e geração de energia da Eneva, em Santo Antonio dos Lopes e Capinzal do Norte; a aciaria do grupo Ferroeste, em Açailândia; a fábrica de óleo de soja da Algar, em Porto Franco; a mineração de ouro do Grupo Aurizona, em Godofredo Viana; a fábrica de ração e alimentos do grupo Notaro, em Balsas. E muitos outros. Enfim, temos um novo Maranhão, que redirecionou os investimentos para o interior, gerando novas oportunidades de renda e emprego nessas cidades.

O Estado – Como a senhora avalia também essa diversificação de investimentos, já que temos hoje empreendimentos nas áreas de petróleo e gás, celulose, mineração, geração de energia, agronegócio, entre outros?

Roseana Sarney – Essa diversificação de empreendimentos mostra que o estado tem vocação para atrair investimentos em vários setores. Tanto é que hoje temos uma carteira de investimentos de mais de R$ 100 bilhões, entre empreendimentos já em operação, produzindo bens e serviços, muitos em implantação, e outros ainda na fase de projeto.

O Estado – Essa carteira de mais de R$ 100 bilhões em investimentos também repercutiu no emprego. Quantos postos de trabalho foram gerados nesse período e essas vagas, foram efetivamente ocupadas por maranhenses?

Roseana Sarney – Quando lançamos a nossa política de atração de investimentos, nosso objetivo era transformar o Maranhão em um grande polo industrial e tecnológico, e não tenho dúvida que isso foi alcançado. O estado hoje é a 16a economia do país, com um PIB superior a R$ 58 bilhões. Com toda a infraestrutura que meu governo está deixando e os empreendimentos que asseguramos para os próximos anos, em pouco tempo o Maranhão estará entre as 10 maiores economias do Brasil. Mas, para que toda essa conjuntura se  complete, é fundamental que os maranhenses e as pessoas que escolheram o estado pra morar tenham a oportunidade de ocupar os postos de trabalho gerados por esses investimentos. E, para isso, nós criamos o programa Maranhão Profissional, que já qualificou mais de 400 mil pessoas em todo o estado.

O Estado – Além da questão do emprego, se observa que houve uma preocupação do governo em também assegurar as condições em outras áreas para dar suporte a esse momento de transformação do estado.

Roseana Sarney – A vinda de grandes empreendimentos altera toda a estrutura de uma cidade, que passa a demandar fornecimento de bens e serviços, como hotéis, restaurantes, hospitais, escolas, transporte, etc. Diante dessa necessidade, investimos maciçamente em educação, segurança, saúde e infraestrutura, no sentido de não somente ampliar e melhorar os serviços públicos, mas principalmente de cuidar das pessoas, de garantir­lhes dignidade.

O Estado – A senhora falou em pouco em saúde, área que foi muito criticada pelos seus opositores, que a acusaram de executar um programa falacioso, que jamais seria implementado. Que a senhoria diria agora a eles?

Roseana Sarney ­ – Diria que executei o maior programa de saúde do Brasil. Um programa audacioso, com investimentos de mais de R$ 1 bilhão para garantir saúde de qualidade para todos os nossos mais de 6 milhões e 800 mil habitantes. Com o Programa Saúde é Vida, já entregamos mais de 40 hospitais de 20 leitos, sete de 50 leitos, 11 Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs. Além disso, estamos construindo mais cinco hospitais de 100 leitos em Chapadinha, Caxias, Santa Inês, Imperatriz e Pinheiro, que estão em conclusão. Com se pode atestar, não tem nada de falácia. Tem, sim, muito trabalho e compromisso do meu governo em garantir saúde para a população, principalmente aos mais carentes, que contam com atendimento médico de qualidade em sua cidade.

O Estado – Infraestrutura, com mobilidade urbana, também foi uma área priorizada pelo seu governo. Quais as obras que a senhora destacaria para a população?

Roseana Sarney – De imediato, posso afirmar que meu governo realizou um dos maiores programas de mobilidade urbana e de pavimentação de estradas do país. O investimento foi de mais de R$ 1 bilhão e 300 milhões. São mais 1.100 quilômetros de novas rodovias, além da restauração de 1.500 quilômetros de estradas. Trabalhamos muito no programa para interligar por asfalto todos os 217 municípios maranhenses, e asfaltamos mais de 800 quilômetros de vias urbanas das cidades, em todo o Maranhão. E mais: deixo recursos assegurados para duas grandes obras rodoviárias em execução, e que são vitais para o escoamento da produção: a Estrada do Arroz, na Região Tocantina, e o Anel da Soja, no sul do estado. Estive vistoriando essas obras e senti a alegria dos produtores e da população em geral por esse sonho ter se tornado realidade.

O Estado – Por falar em mobilidade urbana, a senhora deixa mais uma vez sua marca de obras em São Luís.

Roseana Sarney – É verdade. Desde o meu primeiro mandato como governadora, executei grandes obras em São Luís, com a visão de que a cidade cresceria e iria necessitar de importantes intervenções, especialmente na questão viária. Assim, fizemos os elevados João do Vale (Calhau), Alcione Nazaré (Ivar Saldanha), Newton Bello (Cohab) e Alexandre Costa (Cohama), além das avenidas Ferreira Gullar, Luís Eduardo Magalhães, Guajajaras, e a duplicação da BR­135, do aeroporto até a Estiva, todas com recursos do tesouro estadual. Nesse mandato que encerro agora, deixo grandes obras não só em São Luís, mas em toda a região metropolitana. Fizemos um grande investimento na área de mobilidade urbana em São Luís. A Avenida IV Centenário, via de 3,8 km que interliga a Avenida dos Franceses com a Camboa. Entregamos a Via Expressa, que passa a se chamar Avenida Joãosinho Trinta, uma justa homenagem a esse maranhense que pela sua arte e criação elevou o nome do estado para o mundo. E iniciamos as obras do Anel Metropolitano, importante corredor que interligará os municípios de São Luís, Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa. E deixo também um novo cartão­postal para a cidade, assim como a Lagoa da Jansen: o Espigão Costeiro da Península da Ponta d’Areia. A obra, além de conter a erosão causada pela força das marés, hoje é ponto de encontro das famílias, que podem apreciar um pôr do sol ainda mais bonito nessa nossa cidade encantada, de grandes poetas e beleza inigualável.

O Estado – Para finalizar, a senhora diria então que deixa um grande legado para o Maranhão?

Roseana Sarney – Eu não tenho nenhuma dúvida de que meu governo deixa um legado de trabalho, de ter alavancado a economia, atraindo investimentos de porte que estão mudando a realidade dos municípios maranhenses, com oportunidades para todos. Deixo um estado saneado financeiramente, com recursos assegurados para que o próximo governo dê continuidade às obras de infraestrutura, saúde, educação, segurança, que são necessárias para acompanhar o desenvolvimento do Maranhão.

Confira a carta-renúncia de Roseana Sarney

Documento foi publicado na edição de hoje do Diário Oficial da Assembleia

Documento foi publicado na edição de hoje do Diário Oficial da Assembleia

A imagem acima é da publicação do Diário Oficial da Assembleia Legislativa de hoje, referente a sessão extraordinária, que mostra a carta renúncia da governadora Roseana Sarney (PMDB). A carta foi lida pelo primeiro secretário da Mesa Diretora, deputado Rogério Cafeteira (PSC), que oficializou o comunicado ao Legislativo Estadual.

Logo após a leitura do documento, o vice-presidente da Casa, deputado Max Barros (PMDB), empossou como governador do Maranhão, o presidente da Assembleia, deputado Arnaldo Melo (PMDB). Melo ficará no Executivo até o dia 31 deste mês. Logo em seguida, retorna para a Assembleia para finalizar o seu mandato de deputado.

Abaixo, o texto da carta renúncia da governadora Roseana Sarney.

Senhor Presidente,

Dirijo-me a esta Augusta Assembleia, para apresentar-lhe minha renúncia ao Cargo de Governadora do Estado do Maranhão, o que faço por motivos estritamente pessoais, sem qualquer conotação de ordem política.

Devo manifestar os meus sinceros agradecimentos a Vossa Excelência e aos seus eminentes pares, tanto da atual, quanto de legislaturas anteriores, especialmente àqueles que, acolhendo e aprovando as propostas desenvolvimentistas de minhas gestões, contribuíram decisivamente para os avanços conquistados.

Todos têm o meu respeito.

Atenciosamente, Roseana Sarney

Roseana renuncia mandato; Arnaldo assume o Governo

Roseana fala de avanços de seu governo e entrega carta de renúncia ao deputado Arnaldo Melo

Roseana fala de avanços de seu governo e entrega carta de renúncia ao deputado Arnaldo Melo / Foto: Ribamar Cunha

Em ato realizado há pouco no Palácio dos Leões, a governadora Roseana Sarney (PMDB) renunciou o seu mandato.

Ela entregou a carta de renúncia e passou o comando do Executivo ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), que deve ser empossado novo governador do Maranhão daqui a pouco, em sessão extraordinária na Assembleia Legislativa.

Na solenidade, que ocorreu no Salão Nobre do Palácio dos Leões, Roseana foi acompanhada do pai, o ex-presidente da República José Sarney (PMDB), esposo, Jorge Murad, dos netos e demais familiares, além de aliados políticos.

Roseana afirmou que a decisão de deixar o Governo é de cunho pessoal e que não há nenhuma conotação política ou de qualquer outro interesse.

Ela também afirmou que a sua decisão é uma forma de homenagem à Assembleia: “esta Casa que sempre esteve ao meu lado e que foi muito importante para concretizarmos um bom Governo”, disse.

“Passo o cargo de governador com muito orgulho para o deputado Arnaldo Melo, que construiu a sua trajetória política com muita dedicação, serenidade e transparência”, completou.

Após o ato oficial no Palácio dos Leões, o deputado Arnaldo Melo segue para a Assembleia Legislativa. Ele tomará posse como governador em sessão presidida pelo vice-presidente da Casa, deputado Max Barros (PMDB).

Daqui a pouco mais detalhes…

Roseana Sarney convida Arnaldo Melo para jantar nos Leões

arnaldo_roseanaDepois de praticamente um mês de tensionamento das relações, a governadora Roseana Sarney e o presidente da Assembleia Legislativo, deputado Arnaldo Melo, ambos do PMDB, dão sinais de que os ânimos vão se arrefecendo com a proximidade do prazo fatal para uma decisão a chefe do Executivo sobre a possibilidade de disputar a eleição para senadora, em outubro.

Três movimentos corroboram a tese.

O primeiro deles foi feito na semana passada, quando o secretário de Saúde, Ricardo Murad (PMDB), procurou Arnaldo para uma conversa – ainda há entre os governistas quem acredite que, se o deputado topar um acordo para eleger Luis Fernando (PMDB) governador pela via indireta, Roseana muda de ideia e sai do cargo.

O segundo movimento foi feito no fim de semana: o senador José Sarney (PMDB-AP) teve uma longa conversa com Arnaldo. Mesmo tema.

Hoje (25), a governadora ligou para o presidente da AL e o convidou para um jantar que será oferecido no Palácio dos Leões por ocasião da visita do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.

O presidente aceitou o convite.

Tem alguém mentindo (ou fazendo confusão com números)…

presidenciaRecebi ontem (13) da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e-mail informando que o Maranhão receberá do Governo Federal investimentos de R$ 245,1 milhões do Pacto da Mobilidade Urbana para obras em todos o estado.

“Deste total, R$ 155,1 milhões são do Orçamento Geral da União (OGU) e R$ 90 milhões de financiamento público, com juros subsidiados”, diz a nota (veja acima).

Em entrevista ao Geraldo Castro, da Mirante AM, também na quinta-feira, a governadora Roseana Sarney (PMDB) detalhou o destino dos recursos. “Acabamos de ter a notícia do PAC, que a presidente Dilma [Rousseff] assinou e que vai mandar R$ 245 milhões, sendo que para o Estado do Maranhão vão ser mandados R$ 187 milhões, os demais recursos  [cerca de R$ 57 milhões] irão para a Prefeitura [de São Luís]”, disse.

sao_luisOcorre que a Prefeitura de São Luís informa em seu portal de notícias que “o prefeito Edivaldo Holanda Júnior assegurou junto ao governo federal (sic) recursos da ordem de R$ 480 milhões para investimentos em mobilidade urbana em São Luís” (veja aqui ou na imagem ao lado).

Tem alguém mentindo, não?

Quase na hora de vaca desconhecer bezerro, diz Joaquim Haickel sobre sucessão de Roseana

Joaquim Haickel*

haickelMeses atrás fui convidado para uma conversa com um grupo de pessoas que gostaria de debater sobre a atual conjuntura política e eleitoral de nosso estado e falar sobre suas atuais circunstâncias e sobre as possíveis consequências decorrentes delas.

Depois de vários encontros resolvemos que deveríamos suspender as reuniões, pois mesmo que a conversa em nosso âmbito fosse muito produtiva, na prática não levava a nada, já que estávamos completamente fora no núcleo das decisões. Eu, no entanto, acredito que o simples fato de um grupo de pessoas influentes, cada um em seu segmento, como eram aquelas, sempre acabam ganhando ao se reunirem para conversar sobre os rumos pelos quais o nosso estado pode e deve seguir.

Desde nossa última reunião não mantive mais nenhum contato em conjunto com aqueles amigos, apenas falei individualmente com um ou com outro, mas sei que todos continuam preocupados com o rumo que a coisa tomou.

Constatamos que o grupo do qual fazemos parte, que mais tem se mantido o poder no Maranhão nesses últimos 48 anos (34 anos contra 14, fazendo uma diferença de 20 anos), vem, ao longo do tempo, cometendo erros graves.

Em nome de uma renovação, necessária e indispensável, jogou-se fora o manual da boa e antiga política. Antiga, jamais velha. Antiga, porém sábia e experiente. A boa prática dos dois dedos de prosa na porta da casa do cabo eleitoral, do chefe político, a visita pura e simples, sem ser preciso alarde, comitiva, entrega de obras…

Nos últimos anos faltou-nos a vontade de conversar com os políticos, até porque os políticos também mudaram, passaram a não querer apenas conversar ou simples promessas, ou compromissos não cumpridos. Passaram a exigir participação no governo, nas decisões, emendas parlamentares…

Mas deixemos os entretantos e entremos logo nos finalmentes.

Do jeito que as coisas estão, elas não podem ficar. Chegamos a um impasse que nos coloca em uma situação bastante delicada, mas acredito que ainda haja uma saída. Uma única.

Bem, como tive que me afastar por alguns dias para acompanhar minha mãe em São Paulo, que teve que se submeter a uma importante cirurgia cardíaca de emergência, vou quebrar a promessa que fiz a mim mesmo, quando disse que não me meteria nesse parangolé se não fosse chamado. Lá vai.

Aprendi muito cedo que em política existe uma coisa indispensável, de tempos em tempos. O fato novo, com o qual se muda as circunstâncias para fazer com que as consequências desejadas sejam alcançadas. Sem fato novo tudo fica mais difícil.

Primeiro, não vou dizer nada que todos os envolvidos já não estejam carecas de saber.

O melhor caminho para elegermos o nosso candidato a governador é colocá-lo desde já à frente da administração deste mesmo governo. Para sua eleição ficar mais leve ele deve ter um candidato a senador que o ajude nesse intento.

Logo, para que Luís Fernando seja o governador eleito pela Assembleia e para que Roseana, o melhor nome para disputar o Senado ao seu lado, possa realmente fazê-lo, precisa-se que o presidente da ALM entenda e aceite que, se ele não abrir mão de sua candidatura de governador para um mandato de nove meses, isso não irá acontecer e aí… Nem mel nem cabaça. Talvez um pouco ao contrário. Um pouco de má vontade por parte de quem se sentir prejudicado.

Bom, mas o que Arnaldo Melo e seus fiéis escudeiros deputados estaduais, que na verdade são os detentores do poder de decisão sobre a eleição governamental e senatorial de outubro próximo, ganham com tudo isso? Conversa eles não aceitam mais. Quando aceitariam não tiveram. Agora só há uma saída e não há como enganar nem ser enganado nesse jogo, o que é uma grande vantagem.

Precisa-se de um acordo de cavalheiros. Entre pessoas honradas. Com fiadores de crédito reconhecido na praça e no mundo político, capazes de garantir com segurança que Roseana possa deixar o governo para se candidatar ao Senado; que Luís Fernando seja eleito governador na ALM; que o vice seja indicado por Arnaldo e por seus deputados mais chegados; que no novo governo, se abra espaço para que o presidente da ALM e esses deputados indiquem alguns importantes secretários de estado; que no ano que vem, depois do governador eleito, da Assembleia refeita, fique desde logo acertado a recondução de Arnaldo Melo para a presidência do Legislativo maranhense.

Em minha modesta opinião não há outro acordo que possa ser feito ou aceito por nenhum dos lados desse imenso e hoje paquidérmico grupo político. Não vejo hoje nenhuma outra saída. Nenhuma que nos possibilite mais chance de vencermos as eleições de outubro próximo.

Alguém poderia perguntar se é possível confiar nas partes envolvidas nesse acordo. Tenho certeza absoluta que sim, pois ambas conseguiram uma coisa inédita na vida política maranhense. Não ter saída. Se correrem o bicho pega, se ficarem o bicho come.

Se Arnaldo e os deputados que o querem ver nos Leões, não abrirem mão de suas posições, Roseana permanecerá no cargo e tentará eleger Luís Fernando. É claro que esse não é o melhor cenário, mas é menos pior que os outros que se apresentam. Se Luís Fernando não cumprir os acordos estará dando motivo para os demais descumprirem sua parte nele, se bandeando para o lado adversário, fato que muito possivelmente decidiria a eleição.

Estão no mesmo barco. Numa dança cigana de lenço e faca.

* Secretário de Esportes e Lazer e membro das Academias Maranhense e Imperatrizense de Letras e do IHGM

Lobão discutirá com Roseana Sarney candiatura de Edinho ao Senado

luis_fernando2O ministro das Minas e Energia, senador Edison Lobão (PMDB-MA), desembarca hoje (7) em São Luís para entrar de vez no debate sobre a sucessão da governadora Roseana Sarney (PMDB).

Em meio às articulações sobre a possibilidade de eleição indireta, Lobão acredita na falta de um acordo com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), para a permanência de Roseana no cargo e, consequentemente, a abertura de caminho para que seu filho, o suplente de senador Edinho Lobão (PMDB), candidate-se a uma vaga de titular no Senado.

O próprio Edinho já revelou seus planos a aliados, no início de fevereiro (reveja). Na avaliação dele, a indefinição da governadora sobre seu futuro acabou atrapalhando os planos do ministro do Turismo, Gastão Vieira (PMDB) – inicialmente o escolhido pra candidatar-se a senador.

O encontro entre o ministro Edison Lobão e a governadora Roseana Sarney está marcado para amanhã (8).

Por que Roseana Sarney prefere Luis Fernando

roseana1De um peemedebebista empedernido sobre os motivos que levam Roseana Sarney (PMDB) a lutar tanto pela manutenção do projeto de candidatura do secretário de Estado de Infraestrutura, Luis Fernando Silva (PMDB).

“Ela tem convicção de que ele [Luis Fernando] é o mais preparado para governar o Estado. Além do mais, se ela já peitou até o pai [senador José Sarney] para que ele fosse candidato, porque não peitaria Arnaldo Melo?”, analisou.

Faz sentido…

Arnaldo Melo e Roseana Sarney podem definir futuro político hoje

roseana_arnaldoDeve acontecer apenas hoje (7) um encontro que já deveria ter ocorrido na Quarta-feira de Cinzas (5) entre a governadora Roseana Sarney e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo, ambos do PMDB.

Inicialmente, a reunião estava marcada para o fim do carnaval. Roseana chegou a mandar emissários fazerem o convite o parlamentar. Mas ele passou o feriado visitando as bases eleitorais no interior do estado.

Nesta sexta, portanto, os dois devem finalmente discutir com objetividade os rumos que tomarão.

Para a maioria das fontes ouvidas pelo blog, Roseana  pode renunciar ao mandato, mas apenas se tiver de Arnaldo as garantias de que ele “jogará o jogo”do grupo – o que, para ela, é garantir a eleição indireta de Luis Fernando (PMDB).

Na tarde de ontem (6), Arnaldo esteve se aconselhando com gente muito ligada à governadora. Antes, em entrevista coletiva improvisada após a sessão na AL, deu uma pista do que pode estar pensando.

“Posso ficar 20, 25 dias para o governo. Depois, assume a presidente do Tribunal de Justiça. O que eu posso afirmar é que acredito quando uma pessoa me dá uma palavra. E quando eu dou a palavra, a pessoa pode acreditar”, declarou.

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Roseana, Flávio Dino e o Carnaval

roseanaAlguns leitores não concordaram com a crítica feita por mim ao fato de o presidente da Embratur, Flávio Dino, pré-candidato do PCdoB ao Governo do Estado, fantasiar-se de “boieiro” e participar do último dia de Carnaval em São Luís apenas porque este é um ano eleitoral.

Segundo esses leitores, a governadora Roseana Sarney (PMDB) também normalmente faz aparições públicas – como fez novamente neste ano – e nunca foi criticada por aqui.

Peço vênia para discordar.

roseana_carnaval2Roseana é foliã habitual dos carnavais ludoviceneses. Seja em bailes ou no circuito Deodoro-Madre Deus, a peemedebista sempre brincou de verdade o Carnaval da capital.

E brinca porque gosta da festa… de verdade. Nunca usou isso como trampolim político.

Flávio Dino, por outro lado, nunca pisou em circuito carnavalesco. Pelo menos não em São Luís. Aliás, onde estava ele no Carnaval do ano passado, quando seu pupilo, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), já era o prefeito da cidade?

Ocorre que no ano passado não havia eleição alguma a ser disputada. Então, não convinha a Dino aparecer festejando, certo? Como agora em outubro ele disputará o cargo de governador, este ano foi conveniente a aparição.

(Foto: Mauricio Alexandre)

(Foto: Mauricio Alexandre)

O problema é que  comunista parece tão pouco afeito a festas que até mesmo aliados criticaram a foto em que ele aparece segurando matracas de Bunma-meu-boi no meio da passarela do samba (aliás, de quem foi essa ideia?!).

A imagem, de tão inusitada, chegou mesmo a ser confundida com uma montagem.

Mas, se alguém ainda tem dúvida sobre a diferença entre as aparições de Roseana Sarney e de Flávio Dino nos carnavais da vida, basta digitar o nome de cada um deles, seguido da palavra “Carnaval”, no Google.

O resultado da busca fala por si só…

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