A “estupideza” de Mhario Lincoln

O jornalista Mhario Lincoln anda distribuindo e-mails e comentando em redes sociais sobre um suposto fechamento da Biblioteca Benedito Leite.

Críticas à parte, o que me chamou a atenção foi um pequeno trecho do grande texto.

“Ninguém bateu tão forte com tanta estupideza (SIC!) humana no símbolo grandioso da sabedoria maranhense”, diz o jornalista em seu artigo.

ESTUPIDEZA mesmo, caro leitor…

Mhario Lincoln é maranhense, radicado em Curitiba. É titular de um site, cujo slogan é: “Tudo que você vê, pensa e fala, tem aqui!”

Quanta pretensão. Tamanha “estupideza”…

Só muita “estupideza”, Mhario Lincoln, desconhecer que foi no governo Jackson Lago que a Biblioteca quase cai; que ele queria dispensar licitação para fazer a obra nas coxas, com sua parceira Jatobeton, mas nunca tirou o projeto do papel.

Quanta “estupideza”, Mhario Lincoln, não saber que a Biblioteca não está fechada, nem abandonada, mas em reforma, cuja obra segue ritmo normal; que o trabalho começou em outubro do ano passado e tem prazo de um ano. Ou seja: entrega prevista para setembro.

É muita “estupideza”, Mhario Lincoln, não ter notícia de que, na fase atual, mais de 50 homens trabalham em dois turnos na obra, que está orçada em R$ 4,3 milhões e prevê a recuperação de toda a estrutura do prédio.

“Estupideza” tremenda não ter conhecimento de que, além disso, serão instalados dois elevadores modernos e disponibilizados meios de acessibilidade para portadores de deficiências; que todas as dependências serão restauradas e serão feitas novas instalações hidráulicas, elétricas e de informática.

E tem mais, Mhario Lincoln.

Enquanto durar a reforma, os serviços do órgão continuam sendo oferecidos à população em setores da Secretaria de Estado de Cultura (Secma).

Para garantir os serviços de maior procura da biblioteca, o Governo do Estado locou um imóvel na Rua do Egito, que dispõe de dois grandes salões e oito salas. No local, funcionarão os setores de Literatura, Obras Maranhenses, Acervo Geral, Acervo Escolar e Acervo Infantil. Estarão também à disposição do público os jornais raros não microfilmados, o Escritório de Direitos Autorais, responsável pelo registro de obras, entre outras atividades.

A consulta aos jornais microfilmados, Mhario Lincoln, poderá ser feita pelos usuários no Arquivo Público do Estado (Rua de Nazaré, 218). A estratégia temporária de atendimento ao público terá continuidade e será aprimorada, para que a população possa ter acesso aos serviços até que o prédio localizado na Praça Deodoro seja totalmente reformado dentro de padrões modernos de recepção e acolhimentos dos usuários.

Tudo para que a população sofra o mínimo possível com essa reforma que é de suma importância para a Cultura do Estado.

Mas seria “estupideza” da minha parte achar que o Mhario Lincoln apuraria tudo isso antes de publicar tanta bobagem, se até a foto publicada no site dele foi modificada eletronicamente para inserir um mendigo urinando na Biblioteca.

Vergonhosa “estupideza”…

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  1. A Nossa Biblioteca Pública e o Seu Triste Esquecimento.
    Impressionante! Mas certas imagens ruins acabam fazendo parte do nosso cenário cotidiano e o caso mais recente tem sido a Biblioteca Pública Benedito Leite.
    Fundada em 1829 e aberta oficialmente ao público em 1831 teve vários endereços até ser fincada
    em 1958 na Praça do Panteon, na parte mais alta e central de São Luís em frente a Praça Deodoro, antigo Campo do Ourique, largo do Quartel e Praça da Independência no terreno onde antes fora edificado o Quartel do 5º Batalhão de Infantaria erguido em 1797 e, provavelmente, o primeiro do Brasil.

    Possuidora de estilo neoclássico de grandes proporções tem elementos característicos, tais como cobertura e escadaria de acesso, cúpula central, alas semicirculares e vão de janelas encimados por frontões. Possui no seu interior salão de leitura, um auditório com mais de 200 lugares e terraços onde se pode observar toda a cidade, ficando na esquerda o Rio Bacanga e na direita o Rio Anil.

    Tem embutida no seu acervo várias obras de arte e jornais maranhenses que vão desde a independência até mesmo o primeiro jornal do Maranhão e um dos primeiros do Brasil, no caso “O Conciliador do Maranhão de 1821”. Com um renomado acervo de mais 127.000 obras, entre livros, revistas, jornais, obras raras, livros em Braille, folhetos, fotografias, microfilme, manuscritos do século XVIII, diários oficiais, vídeos e documentos referentes a história política do Maranhão. No entanto, tudo isso é desconsiderado por nossas autoridades. Fechada há meses tem somente os serviços administrativos disponibilizados em uma sala do Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho, prejudicando assim centenas de estudantes e pesquisadores.

    Teve sua última reforma a 15 anos atrás e desde então foi esquecida, abandonada como é costumeiro no Maranhão. Aliás caros leitores, já observaram como “nesta terra” os Governos só fazem reforma e não dão a devida manutenção até que a situação torne-se periclitante para assim, decretar o tal “estado de emergência”, ou seja, dispensa de licitação, colocando a empresa que achar conveniente e geralmente são as mesmas construtoras. Será maldade minha ou isso é um jogo de interesses que beneficiam alguns políticos que tem “habilidade em fazer sumir o dinheiro do contribuinte”? Penso inclusive que o Ministério Público deveria ser menos omisso e buscar o real interesse dessas dispensas de licitação para que o cidadão não pense mal dos nossos “honrados políticos”.

    De fato, é de se lamentar, mas temos que observar o cenário da degradação na praça por onde circulam todos os ônibus da capital, a maioria dos estudantes bem como os trabalhadores. É necessário revitalizar todo esse patrimônio secular e mais, já passa da hora de se fazer uma reforma administrativa no Governo do Estado do Maranhão para que a Biblioteca fique a cargo da Secretaria de Educação e não da Secretaria de Cultura que já muito atribulada com Carnavais, São João e outros parangolés.

    Enquanto isso não acontece, vamos passando e observando a triste realidade do povo maranhense que de maneira gritante, afronta o documento básico das Nações – Declaração Universal dos Direitos Humanos que no seu artigo 26 diz:

    “1. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito.”

    Passo a palavra aos responsáveis pelo completo abandono da biblioteca pública e pelo descumprimento do documento básico das Nações.
    Fábio Henrique Farias Carvalho.

  2. Só considero que as palavras sejam inutéis quando se tenta ser aspirante de Joseph Goebbels, caso contrário elas continuaram valendo e muito…

    • Meu Caro Mhario Lincoln

      Somos do tempo de Liceu(simplesmente Liceu), que, ao fundo tinha o SAUDOSO ginasio Costa Rodrigues. Sim saudoso, somos aqui a terra em que o ato de se apoderar, nos dar o direito a ter direito a um cargo eletivo e ainda com a carapuça de mais novo cadidato. Que pena ainda ser usado como se eleito fosse ,seria um aumento de curriculum.
      Tive a grata sorte de ter lido (quando os tapumes escondem a ignorancia dos mandatarios da terra de GONÇALVES DIAS,ODILO COSTA FILHO,FERREIRA GULLAR,ZECABALEIRO, JOSÉ SARNEY(OLHE POR NOSSA CULTURA , QUANTA FORÇA TENS E QUANTO TÃO FRACO É TEU POVO).
      Obrigado. Oswaldo jikiri.
      Obs não te esqueço com goleiro de futebol de salão.

  3. Apenas sugiro a leitura do seguinte comentário do jornalista José de Oliveira Ramos do Jornal Pequeno, abaixo:

    “José de Oliveira Ramos.
    (resposta ao comentário sobre a matéria seguinte)
    “A/C Mhario Lincoln
    Mhario Lincoln: “Por quem choram os tapumes apodrecidos da Biblioteca Pública do Maranhão” em (http://www.mhariolincoln.com/noticias/ver/mhario-lincoln-por-quem-choram-os-tapumes-apodrecidos-da-biblioteca-publica-do-maranhao)”

    Mhário, com a mais absoluta certeza, alguns (ou todos) estão mentindo ou alguém está enganando alguém. Não existe na Rua de Nazaré qualquer condição de consulta a jornais microfilmados, haja vista que existe a necessidade de uma máquina especial, que nunca chegou por lá – segundo os funcionários que trabalham na portaria, pois já estive pessoalmente em mais de dez oportunidades procurando esse serviço; a casa alugada na Rua do Egito, onde funcionava o Táxi Aéreo do Comandante Ivar, nunca foi aberta para funcionamento. Está pintada, mas com cadeado no portão durante 24 horas. Afirmo isso porque sou um dos mais interessados na consulta de jornais em virtude da publicação do livro do Chico. É tudo galhofa. Hoje mesmo, dia 25, durante o dia, passei na Rua do Egito, falei com o vigilante e esse informou que não há previsão de funcionamento. Repito: alguém está enganando alguém. Abraços. ”

    Contra bons argumentos as frágeis palavras de inveja e calúnia afundam na incondicional ignorância dos que são maus-caracteres!
    Angelo Francisco Rodrigues Santos.

    • Com a palavra, o secretário de Cultura, Luiz Bulcão. Sobre calúnia, inveja, frágeis palavras e maus-caracteres, prefiro não opinar. Não é o tipo de carapuça que visto.
      Grato pela participação.