A falta de argumentos dos defensores da greve

Depois que iniciei o debate sobre a greve dos professores – ou pelo menos tentei –, uma enxurrada de insultos e tentativas de desqualificação do titular deste blog tomou corpo nas redes sociais (confira as reproduções de alguns deles nas imagens que ilustram o post).

Em nada me abala.

O fato só serve para comprovar a total falta de argumentos dos oposicionistas defensores do movimento diante da realidade dos números, dos dados concretos.

Utilizam-se da máxima segundo a qual, “se eu não posso contestar os argumentos, contesto a pessoa”. Aqui não funciona.

Minha opinião é embasada em informações. Os oposicionistas baseiam-se, tão somente, na dicotomia Sarney x Oposição. Como se o simples fato de não ser oposição já conferisse ao autor de qualquer escrito o status de desqualificado.

Coisa de quem é democrático mesmo apenas nos discursos.

O certo, meu caro leitor, é que, até agora, ninguém contestou os dados e os números apresentados aqui.

Mais tarde, trago novas informações sobre o assunto.

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  1. Gilberto, estou morrendo de rir aqui no Rio de Janeiro. Veja que os somentários são todos dos derrotados balaios. Essa mesma laia que queria impor aos professores a Lei do Cão, sob o comando do famigerado Velho Escroto e seu primo Adersinho Hidrodólares, sócios no Consórcio Balaio com o PCdoB e o PT dos petralhas Dutra & Cia.
    E ainda tem um idiota que pergunta: “Quem lê Gilberto Léda?” Ora, se eles não lessem não comentariam teu post. Vá lá, garoto! Desmascara esses hipócritas.
    Mostra que bem lá no fundo do balaio não tem só gatos brigando por espaço, mas, também, ratazanas brigando por uma grande fatia do queijo.

  2. Não posso negar que os professores tiveram seus salários elevados nos últimos dois anos.
    1-O salário ainda é muito defasado. 2-A política de aprovar por aprovar é um terror.(A ordem do diretor é preencher a caderneta com lápis, REGRA “Todas as notas são revisadas antes de mandar para a secretaria apenas para a escola ser nota 10”) 3-Diretor de escola é quase um prefeitinho já.(recebe o tutu na mão e some com quinhão) 4-O Hospital do servidor é uma vergonha. 5-Não existe material e estrutura para o professor. 6-A falta se segurança com vários professores agredidos na capital e interior. Obs: O que está acontecendo com os concursados também é um terror!!! Existe muitos casos de aprovados no concurso (em 1º , 2º e 3º lugares) que não foram chamados, e agora o governo quer contratar pessoas na mesma cidade para fazer o mesmo serviço no qual foi aprovado, ensinando a mesma disciplina. VERGONHA………………….

  3. Com exceção do seu posicionamento acerca da manutenção da prova de títulos para contratação dos profissionais da educação – embora muitos digam que tal exigência, na prática, é sinônimo do famoso “quem indica quem” -, todo seu texto só comprova o quanto a educação brasileira ainda é vista por muitos como algo secundário, sim, e digo a educação por que quem a promove em sala de aula É o professor. Sua carreira, no entanto, é paradoxalmente desvalorizada, seja em relação aos baixos salários – o pagamento de um mero burocrata estadual de igual nível superior, por ex, pode chegar a mais que o dobro ou triplo dos vencimentos de um professor, embora o tempo de serviço seja o mesmo –, ou quanto a falta de investimento no aperfeiçoamento, especialização, do profissional da educação.

    Seu post está na contramão das mudanças necessárias na área da educação pública e, talvez por falta de conhecimento, ou omissão, justas exigências foram relatadas no seu blog como mordomias aos professores, sim, pois apesar do título do seu post se referir aos líderes da greve, TODO o discurso implícito no seu texto faz alusão direta aos ganhos que obteria o profissional que ESTÁ em sala de aula.

    De acordo com os seus argumentos, conceder a esmola de 1% de reajuste anual para um profissional que, ao longo de décadas, possui salários desvalorizados, É uma mordomia. Infelizmente devo lhe informar que a espectativa de vida de um professor não é de 400 ou 500 anos…

    Seu texto afirma ainda que conceder 5%, a cada 3 anos, como forma de compensação salarial de uma classe que recebe um vencimento indigno da função que presta ao corpo social É um absurdo, quando o único absurdo que existe é a atual depreciação econômica dos vencimentos desse trabalhador.

    O autor do blog defende que É mordomia a simples ideia de que um professor complete seus 66% da carga horária em sala de aula, reservando as demais para as outras etapas do seu trabalho, uma vez que o serviço desse profissional não se limita a estar em sala de aula, mas vai muito além com planejamentos de aulas, organização de cronogramas de ensino, elaboração e correção de provas ou trabalhos, etc, o que logicamente exige um tempo adequado para sua realização. Entretanto, na opinião do autor do texto, o professor, caso queira conseguir um nível de vida compatível com a função social que exerce, deve, além de ser obrigado a trabalhar em 3 ou 4 escolas, ocupando seus 3 turnos, ainda deve ocupar todo seu fim de semana e tempo pelo qual não é remunerado, trabalhando, já que as aulas e demais elementos do ensino, não ficam prontos sem investimento de tempo e esforço.

    Você diz que o estatuto prevê “uma série de licenças, afastamentos e um tal custeio ilimitado de capacitações…”

    Mas nesse parágrafo o único fato claro é a sua intenção de desqualificar um estatuto que, na prática, a despeito de algum eventual equívoco possível de correção, representaria uma maior valorização do profissional de ensino.

    O autor do blog, com suas colocações que transbordam interesses político-partidários e não trazem nenhum compromisso real com o ensino – uma vez que parte da falsa premissa que ensino e profissional do ensino são peças que podem ser separadas, num plano de ação que vise garantir avanços realmente notórios nessa área – chega ao cúmulo de considerar a realização de capacitações profissionais, ou cursos de aperfeiçoamento de ensino, como algo lesivo, ou maléfico ao interesse social, uma vez que seriam custeados pelo próprio Estado, esquecendo, porém, que os baixos salários que esses profissionais ganham, mal são capazes de saciar suas necessidades básicas de habitação, saúde, alimentação, lazer, dentre outras que a nossa Constituição protege.

    De acordo com o autor do blog, a situação dos profissionais da educação pode resumida da seguinte forma: seus salários, apesar da sua evidente desvalorização no mercado de trabalho atual, são justos e compatíveis com a função social que ocupam.

    Resta a pergunta:

    Quer qualidade quem defende o atual sistema de ensino público e recusa o direito/dever de valorização do professor?

    • Especificamente no caso dos 66% da carga, diga-me uma categoria apenas em que o profissional tenha o privilégio de ganhar folga para preparar seminários, trabalhos ou avaliar desempenho?

      Eu, por exemplo, produzo grande parte dos meus textos para este blog à noite, em casa, depois de um dia inteiro de trabalho. Não tenho folga para produzir. Tenho que me virar. É como funciona…

      NO mais, grato pela participação. Muito ponderada, por sinal. Enriquece o debate. Um oásis no meio de tantos comentários escrítos com o fígado.

  4. Gilberto , ” Um cidadão apenas” esse é um comentarista no padrão que eu gostaria de debater/Dialogar , para não ser acusado de maniqueismo , cá com minhas dificuldades gramaticais , as quais nunca escondi . ´
    Talvez eu não devesse me importar com a crise no ensino público. Deveria talvez , ser contra a a política de cotas … afinal , poderia me importar apenas com o que melhora o feijão na minha mesa , tu sabes do que vivo , o meu segmento . Mas não posso violentar minha consciência , negar quem sou e, de onde vim…sou quem sou , com minhas polêmicas e contradições. Não tenho acompanhado o dia-a-dia das negociações salariais dos professores da rede estadual , mas o que sei é que não são magnatas . São injustiçados , muitos são meus amigos , ex-alunos , aqueles em quem sempre acreditei e muitas vezes … incentivei. O movimento pode e , deve ter muitos equívocos , mas eu conheço muita gente promissora na profissão que a deixou exatamente pelas injustas condições a que estão submetidos os profissionais dessa área.Não teria sido o seu caso , que deixou de lado aquelas apaixonantes aulas de história ?
    Me desculpe ! Mas estou triste ! Tenho muita dificuldade de transitar por terrenos e interesses que desconheço. Me esforçarei para não importuná-lo.Siga no seu trabalho.

  5. O problema é que você está separando um trabalho que, no caso do professor, não pode ser apartado. É impossível se dar uma aula de qualidade, sem planejá-la, e evidentemente tal planejamento não pode ser feito durante a sua carga horária paga.
    O professor é o tipo de profissional cujo trabalho se faz tanto na escola, quanto em sua própria casa. As ações de planejar e dar aula são indissociáveis, uma não existe sem a outra, ambas fazem parte o ofício de lecionar e, como tal, deve ser remunerado. Se o Estado não tem condições de arca com tal despesa, reduzir a carga horária seria uma boa saída.

    Seu blog, por ex, é de natureza particular, pessoal, daí a naturalidade em encará-lo como algo isolado do seu trabalho. Da mesma forma, o exemplo que se refere à folga para seminários ou trabalhos também não se aplica, pois trata-se de uma atividade extra, não é algo indispensável, um caminho ou meio, para o desempenho de alguma atividade de carreira, como é no caso do professor.

    Não se pode confundir o planejamento de aula, com o mero atualizar-se em alguma disciplina, ou com o estudar para melhor desenvolver um conteúdo, pois isso é obrigação de todo profissional e certamente não deve ser remunerado. Trata-se de reconhecer o planejamento da aula como parte do ofício do profissional da educação, pois, na prática, o professor se torna a única categoria que é obrigada a levar para casa parte do seu trabalho diário, sem receber em troca nenhuma prestação salarial.

  6. Caro Blogueiro, vamos ampliar o debate tratando com mais clareza e transparência as questões salarias do professores grevistas que devem ganhar muito bem para superar o caos no sistema educacional maranhense.
    O Governo do Estado foi inresponsável com a classe docente empurrando com a barriga e com os olhos vendados, apenas reuniões e reuniões sem resultado concreto durante 2 anos de conversas.
    Santa Paciência me compre um bode

  7. Meu nobre Gilberto Léda,
    O seu valor é incontestável: inteligente, informado, escreve bem, realmente é diferenciado. Torna-se igual quando perde a razão. É necessário refletir mais sobre sobre a situação de uma classe sofrida, sem reconhecimento da sociedade, dos políticos, sem representantes nos parlamentos e o que é pior, o Ministério Publico pouco se manifesta em situações de tamanha relevancia (os broblemas nas escolas). O POVO BRASILEIRO TEM QUE SAIR DE CASA PARA RESOLVER A SITUAÇÃO DO ENSINO PÚBLICO ESTADUAL E MUNICIPAL. Eles sabem como fazer, nós sabemos o que tem que ser feito, falta vontade política e transparência. O que seria da maioria dos prefeitos e governadores sem os recursos do FUNDEB? Eu me sentiria constrangido se ocupasse cargo público (três poderes) e no dia da eleição ir a uma escola (lixão) exercer o direito de cidadão, VOTAR, escolher nossos representantes e ver onde os flilhos da maioria dos brasileiros estudam. Meu caro Léda, o senhor já viu estudantes de ensino médio assistirem aulas sentados no chão? Quer ver? fale comigo.
    Defenda uma CRUZADA de blogueiros, imprensa, sociedade civil, governo, legislativo, Polícia Federal e Ministério Público (para denuncias), alunos e pais de aluno para uma ampla discussão em torno dessa realidade. Meu fraterno abraço.
    IRAN LIMA COSTA