A oposição sem Jackson Lago

Com a morte do ex-governador Jackson lago (PDT), deve orbitar basicamente em torno de três nomes o centro legitimado de liderança da oposição no Maranhão.

Flávio Dino (PC do B), Marcelo Tavares (PSB) e José Reinaldo (PSB), nessa ordem, devem empunhar a bandeira de esquerda e comandar o contraponto ao grupo Sarney no estado daqui pra frente.

Flávio Dino pela própria “musculatura” eleitoral que adquiriu a partir das eleições de 2008, quando perdeu para João Castelo (PSDB) a disputa pela Prefeitura de São Luís, mas saiu fortalecido ao chegar ao 2º turno, à frente de nomes como Gastão Vieira (PMDB), Raimundo Cutrim (DEM) e Clodomir Paz (PDT).

O cacife do comunista só fez aumentar desde então e o resultado das eleições de 2010, quando ele desbancou o próprio Lago, lhe confere, status de liderança natural após o falecimento do pedetista.

Marcelo Tavares dá cada vez mais mostras de que soube capitalizar bem a sua passagem pela Presidência da Assembléia Legislativa. Sereno, mas incisivo quando precisa ser contra o governo Roseana Sarney, tem assumido o papel que já foi de Edivaldo Holanda (PTC). Com bem mais tato, é verdade.

José Reinaldo não chega a fazer tanta força assim para assumir essa liderança.

Afora o artigo semanal que continua assinando no Jornal Pequeno, tem participado pouco do cotidiano oposicionista no Maranhão.

Mas é um ex-governador e já deu mostras (leia-se 2006) de que conhece o caminho das pedras. Pode reivindicar o posto.

Além dos três, os nomes que se apresentam têm pouca ou nenhuma penetração na esquerda e andam longe de representar o ideal de unidade de que a oposição precisa se ainda sonha em voltar o poder.

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  1. Tenho 50 anos, sou maranhense e militante política desde os 17, portanto conheço, muito de perto, a cara de pau dessa oligarquia que maltrata o Maranhão e seu povo, há mais de 40 anos. Entretanto, não posso dizer que as declarações desse “Senhor Sarney”, me surpreendem, muito pelo contrário, é bem a cara dele. Se como nosso saudoso ex-vice Presidente José Alencar ele temesse a desonra, não teria providenciado a injusta cassação de Jackson Lago e dessa forma contribuindo diretamente para sua morte prematura. Depois desse evento vergonhoso Jackson nunca mais foi o mesmo, entretanto o povo maranhense, em sua maioria reconhece a injustiça praticada por um Tribunal que envergonha o povo brasileiro ao se colocar a serviço de interesses de grupos políticos, desrespeitando a si próprio e a Nação Brasileira. A respeito da citação do senhor Sarney de que “a morte impõe a condição de que reconheçamos apenas as coisas boas”, com certeza não tem para nós o significado que ele gostaria que tivesse, nem tão pouco valerá para ele quando deixar esse mundo. Todos e todas nós, sabemos que nada existe para se dizer que possa manchar a honra de Jackson Lago. Ele foi de fato, durante toda sua vida, um homem e um político respeitável, coerente na defesa daquilo que acreditava correto, atuando de forma leal nas lutas políticas no Maranhão. Deixará em nossas vidas, um vazio imensurável e a certeza de que onde quer que esteja, será recompensado por todas os danos morais, psicológicos, afetivos, políticos e físicos, causados pela podridão dessa gente, cujas consciências jamais foram usadas, dai o motivo de permanecerem “limpinhas”, como costumam dizer.

    Doutor Jackson, nossa eterna saudade e que Deus o receba de braços abertos e o alivie de toda dor e sofrimento, pelos quais passou!

    Com todo meu carinho e respeito

    Aldenôra Moraes