Escolas comunitárias ameaçadas

O deputado Eduardo Braide (PMN) advertiu, na sessão desta terça-feira (5), que as escolas comunitárias estão ameaçadas de não poder mais receber, a partir do ano de 2012, recursos oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Segundo o deputado, o problema poderá afetar diretamente as crianças de quatro a cinco anos porque, segundo a Lei 11. 494/2007, que regulamentou o Fundeb, a partir do ano de 2012, as escolas comunitárias não poderão mais celebrar convênios para receber repasse do Fundeb direcionados para esta faixa etária.

“Eu entendo que a medida do legislador nesse caso foi tentar deixar um período de transição para que essas crianças não pudessem ficar sem educação, o Poder Público pudesse se adequar para que nenhuma criança ficasse fora da sala de aula, mas a gente sabe que a realidade vivida em nosso País, em nosso Estado e também em nossos municípios não é essa”, afirmou Eduardo Braide.

Ele conclamou a Assembleia a tomar uma posição no sentido de evitar que milhares de crianças venham a ter a sua educação prejudicada por conta do fim do repasse de recursos do Fundeb.

O pronunciamento proferido pelo deputado Eduardo Braide ganhou apartes de diversos parlamentares, entre os quais os deputados Magno Bacelar (PV) e Eliziane Gama (PPS), que se manifestaram solidários à causa da educação infantil. Eliziane Gama disse que a situação é preocupante, pelo fato de haver 460 escolas comunitárias em São Luís, sendo que apenas 115 são conveniadas, ou seja, mais de 300 escolas comunitárias não têm nenhum convênio com o governo municipal.

“Lamentavelmente, temos hoje crianças de 7 anos de idade, de 8 anos de idade que não estão estudando simplesmente porque não tem vaga na Rede Municipal de Ensino”, afirmou Eliziane Gama, apontando falhas na assistência à educação prestada pela Prefeitura de São Luís.

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(As informações são da Agência Assembléia)

Um comentário em “Escolas comunitárias ameaçadas

  1. É lamentável mesmo essa situação, pois, sei de perto essa realidade onde minha mãe integra o quadro de professora dessa rede comunitária que por anos vem se “rastejando” e sobrevivendo de forma deplorável, onde crianças que muitas vezes estão à margem da sociedade tem a oportunidade de conhecer o mundo da educação. Espero que seja revisto este projeto pra que essas crianças tenham um pouco de acesso a educação que é direito de todo cidadão.

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