O secretário de Estado de Seguança Pública do Maranhão, Aluísio Mendes, informou hoje (27), em coletiva à imprensa, que a Delegacia Geral da Polícia Civil já decretou o sigilo nas investigações do assassinato do jornalista Décio Sá. Uma portaria com esse fim foi expedida ainda pela manhã.

A medida, explicou o secretário, visa a impedir a divulgação de dados cruciais sobre o rumo das investigações. Segundo ele, o executor do crime é, agora, um “arquivo vivo” e também deve ser preservado.

(Foto: Mauro Wagner Lopes)

“Quanto mais os mandantes souberem do avanço das investigações e da nossa proximidade do assassino, mais ele corre risco de vida. E as informações que ele tem são cruciais para que cheguemos aos mandantes”, explicou.

A preocupação com uma possivel queima de arquivo fez a polícia também repensar a divulgação de um retrato falado do pistoleiro. “Uma vez divulgado o retrato falado, ficará claro que nós já sabemos de quem se trata o executor, e os mandantes também estariam alertas a isso”, completou.

Engenharia

O secretário Aluísio Mendes disse também que a tese mais provável é que a quadrilha que se formou para assassinar o jornalista “estudava” a rotina dele há dias. Décio Sá costumava frequentar o bar onde foi assassinado na segunda (23).

O que sustenta a tese é o fato de que os criminosos montaram uma boa “engenharia” para o assassinato. “É claro que quem posicionou uma moto e uma carro de maneira tão estratégica estudava o dia-a-dia do jornalista, sabia que ele ia àquele bar com certa frequencia”, disse.

Aluísio também fez um apelo às testemunhas oculares – eram sete – que fugiram do bar logo após a execução de Décio. “Nós pedimos a essas pessoas que se apresentem para depor. A Secretaria de Estado de Segurança garante o anonimato de todas elas”, declarou.