Em depoimentos, testemunhas divergem sobre detalhes do assassinato de Décio Sá

Os depoimentos de três testemunhas do assassinato do jornalista e blogueiro Décio Sá revelam o quanto tem sido complicado estabelecer o perfil do criminoso que executou o crime.

O nervosismo de cada uma que presenciou a cena e o inusitado da situação acabam por provocar versões diferentes sobre o acontecimento.

A primeira delas diz respeito à cor da motocicleta usada pelo executor do jornalista para imprimir fuga. Uma das testemunhas, que estava no bar, é categórica: “é preta”.

Já uma testemunha que estava no grupo de evangélicos, em cima do morro por onde passou o assassino, diz que a motocicleta era de cor vermelho escura.

Segunda divergência: a mesma testemunha do grupo de evangélicos diz que a camisa do assassino era preta, com algo como “Maresia” escrito atrás. A testemunha do bar diz que a camisa era de gola pólo e preta.

“O que é isso?”

Duas testemunhas que presenciaram o crime também divergem sobre o que teria dito Décio Sá no momento do crime. Até hoje, a versão da polícia era de que ele não teria dito nada, já que teria sido alvejado pelas costas.

Não parece ser essa a verdadeira história. Os dois depoentes que estavam no bar Estrela do Mar no momento do assassinato dizem que Décio falou, sim, com o seu executor.

O primeiro diz ter ouvido: “Ei, rapaz, o que é isso?! Não faz isso!”. O outro diz que ouviu apenas: “O que é isso?!”.

De qualquer forma, são duas testemunhas que afirmar ter havido reação do jornalista.

Índio ou boliviano

Agora, o que “bate” em todos os depoimentos são as características físicas dos assassino. Todas as pessoas ouvidas o definem como um homem baixo – no máximo 1,70m -, “cheinho” e de cabelo preto e liso. Duas testemunhas o comparam a um índio, uma delas ainda com um boliviano.

Os depoimentos, em sua integralidade, podem ser acessados nos links abaixo. Todas as informações que poderiam levar à identificação dos depoentes foi eliminada.

Depoimento 1          Depoimento 2          Depoimento 3

Nota: documentos extraídos do blog do Itevaldo Jr.

8 pensou em “Em depoimentos, testemunhas divergem sobre detalhes do assassinato de Décio Sá

  1. Também tive a impressão, pela natureza dos fatos e da forma explicita da ação, que o atirado fosse de outro estado ou mesmo de um País vizinho o que piora mais ainda as coisas para nosso sistema de polícia que precisa ser categorico, humilde e vir a público e dizero que todos nós já sabemos… que não estamos preparados para esse tipo de investigação de alta complexidade. Nossos limites extende-se somente aos Barretos, Coroadinhos e liberdades da vida. Me perdoem o sarcamos, mas é o que penso nesse momento.

  2. A polícia muitas vezes pode simplesmente colocar palavras não ditas. Você acha que duas testemunhas iriam falar ‘cabelo baixinho’ ? Claro que não. Isso é um exemplo, talvez sem importância, mas delegado mal preparado ou mal intencionado pode conduzir o depoimento, o que seria trágico em quaquer caso, e especialmente quando é um caso intrincado como esse. É um absurdo. Dúvido que as testemunhas confirmem integralmente os testemunhos. A imprensa tem que ficar de olho na PC.

    • Mais do que os detalhes iguais dos depoimentos, prendo-me nas divergências… isso é o que torna o trabalho mais difícil…

  3. Gilberto, o depoente afirma que o celular estava em cima da mesa, Aristides diz que tava falando com Décio no momento do disparo, divergente essas afirmações.

  4. INFELIZMENTE EM NOSSA CIDADE A POLICIA SO TEM AGILIDADE PARA IR ATRAS DE DINHEIRO EM “BLITZ” SUSPEITAS(PARA SEUS LANCHINHOS). OCERTO ERA POLICIA TER DADO RÉ E TENTAR IR ATRAS DESSES ASSASSINOS.
    QUANTO A NACIONALIDADE DESSE SUSPEITO.A POLICIA DEVERIA TER MAIS ATENÇÃO QUANTO AQUELA CAMBADA DE GENTINHA SUJA E IMUNDAS DE OUTROS ESTADOS E OUTROS PAISES QUE FICAM LÁ PELO REVIVER NOS COAGINDO PARA COMPRAR ISSO OU AQUILO NAS MAOS DELES E QUANDO NOS RECUSAMOS A COMPRAR AINDA SE ACHAM NO DIREITO DE VIR NOS ESCULHAMBAR.O CENTRO HISTORICO JA TA UM DESASTRE PIORA MAIS AINDA COM ESSA GENTALHADA SUJA QUE ANDAM POR LA.

    • Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Mas eu tb nutro poucas esperanças de que o caso seja solucionado integralmente…

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