O dilema de Eliziane Gama

elizianeA deputada estadual Eliziane Gama (PPS) enfrenta um dilema, desde que voltou a ser citada como pretensa candidata a governadora do Estado por aliados mais próximos.

Deve decidir logo se quer mesmo encarar uma disputa pela sucessão da governadora Roseana Sarney (PMDB), ou se vai – como muitos ainda apostam – encarar a briga por uma vaga de deputada federal.

E a questão é de timing, como se diz na gíria do “politiquês”.

Ocorre o seguinte: a popular-socialista já aparece com mais de 20% de intenções de voto quando apurado o eleitorado apenas de São Luís – da capital mesmo, não da Grande Ilha. O número é quase o dobro do que ela alcançou na eleição de 2012 na capital.

Mas nem toda essa votação é realmente dela.

Eliziane, como se sabe, chegou a 13,8% no ano passado na eleição para a Prefeitura de São Luís. É natural que tenha crescido nos últimos meses. Mas para ter passado da casa dos 20% ela conta, prioritariamente, com o eleitorado do ex-prefeito João Castelo (PSDB).

Achou estranho? Explica-se.

O eleitor fiel do tucano não declara voto em Flávio Dino (PCdoB), por motivos óbvios, e, em muitos dos casos, é um oposicionista convicto. Portanto, também não vai dizer que vota em Luis Fernando (PMDB).

E é a aí que reside o dilema de Eliziane.

Muito desse eleitorado diz que vota nela porque o seu nome aparece na disputa pelo Governo do Estado. Na hora de escolher um candidato a deputado federal, não apenas o eleitor da parlamentar, mas também aquele de Castelo que a escolheu, tem ouro nome em mente – próprio tucano, por exemplo.

Ou seja: o eleitorado não a reconhece como candidata a deputada federal.  E a popular-socialista acaba figurando com índices abaixo de 1% quando se quer saber quem é o candidato do entrevistado para a Câmara Federal.

Portanto, se quer mesmo ser candidata a governadora, Eliziane Gama está trilhando um bom caminho. Por outro se estiver blefando para se “inflar”eleitoralmente e chegar bem na disputa para deputada federal, ela pode estar a ponto de perder o timing.

E, nesse caso, o vacilo pode ser irreversível.

14 pensou em “O dilema de Eliziane Gama

  1. Gilberto eu em alguns meses atras fiz um comentario no blog do marco deca afirmando que ela sera candidata a deputada federal. Agora vejo muito essas materia sobre uma possivel candidatura dela para governadora. Eu continuo afirmando ela sera candita para camara federal. Simples assim

  2. Caro Leda, “Não tem dilema nenhum”, voces ai do sistema, ficam incentivando a desagregação das oposição, qualquer um pode se candidatar, mas de forma responsável ver as possibilidades, os apoios, as Oposições unida é o ideal, O sistema mentira, fica sutilmente dando asas para que as pessoas mergulhe no abismo da incerteza. A deputada vai ser candidata sim, mas a deputada federal isto é certo, com certeza vai ser eleita. A governador já temos o candidato Flávio Dino definido, vc sabe, conto com seu voto.

  3. É isso aí, se a Eliziane sair candidata a Governo, vai pro segundo turno com Flávio Dino…..

  4. Realmente dar para perceber nas entrelinhas da matéria a intenção de incentivar a deputada a uma eventual candidatura ao governo do estado. E quem seria beneficiado com isso?? O candidato do grupo Sarney. Simples assim. Cai nessa não Eliziane.

  5. Pessoal tem a memória curta, se lembram quando os deputados governistas fizeram aquela covardia, no caso que não deixaram Elisiane participar da CPI da mulher, com medo que ela crescesse nas pesquisas?
    Pelo menos na oposição ainda não rolou essa trairagem, golpe sujo. Por isso há esse respeito entre eles.

  6. Se Eliziane sair candidata ao Governo, pode até não ganhar, mas certamente será um nome forte para a prefeitura de São Luís caso o Governo Edivaldo não deslanche até 2016.
    Como candidata a deputada federal com certeza será bem votada em São Luís o que garante sua vaga.
    Como candidata ao governo, os frutos virão futuramente e como deputada serão imediatos.

  7. Teoricamente, é isso mesmo. Os 13% que ela teve, mais aqueles castelistas que não vão com a oligarquia e nem com Flávio Dino.

    Eu acho que a candidatura dela seria muito competitiva se conseguisse uma coligação com PP e PSDB, e principalmente se a nível nacional a Marina não se viabilizar com a REDE e ser candidata a presidente pelo PPS.

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