Ainda ouviremos falar de Zanelli

Gustavo Zanelli, processado por racismo e preconceito

Gustavo Zanelli, processado por racismo e preconceito contra o Maranhão e o Nordeste

A vingança não é um sentimento nada bom. Mas como “Revenge” tá bombando em horário nobre, me permitam compartilhar com vocês o que eu desejo sinceramente que aconteça com o causídico, agora mal-afamadamente, nacionalmente conhecido, Gustavo Zanelli.

De volta à sua maravilhosa terra natal, de onde nunca deveria ter saído, até porque lá é que é o seu referencial de paraíso e civilização, o não mais advogadozinho precisará recomeçar em outra profissão e, pelo muito que se deu a conhecer na rede mundial de computadores através do seu face, alçará vôos maiores rumo à Europa ou para os Estados Unidos da America do Norte.

Não demorará a ser reconhecido como terceiro mundista, latino ou imigrante. E é aí que Gustavinho Zanellin passará a provar do seu próprio veneno, a saber: racismo; preconceito e discriminação. E se esse moço tiver a sorte de cruzar com algum grupo radical do tipo nazifascista, desses que proliferam abundantemente mundo “civilizado” a fora, ele vai acabar voltando correndo para os braços do nosso querido Brasil miscigenado porque experimentará na pele, que lá fora não será tão pura quanto a do europeu, do inglês ou do americano, o que verdadeiramente significa a boçalidade da discriminação, do racismo e do preconceito.

Gustavo Zanelli. Tão certo como hoje [ontem] é uma sexta-feira 13, nós ainda ouviremos falar desse rapaz!

Por Fábio Câmara, vereador de São Luís

5 pensou em “Ainda ouviremos falar de Zanelli

  1. sou amazonense, da região norte, e quero deixar claro que os nortistas e nordestinos é quem movem a moeda brasileira, pois são os pais de famílias que deixam suas casas e famílias e vão para “”regiões desenvolvidas” fazer o trabalho que os de lá não sabem fazer, pois gostaria de dizer a esse cara de pau, que sou do norte, mas moro no maranhão, estudo na uema e passei em 1º lugar no vestibular, e esclarecer que cada um vive com seu conhecimento e experienca de mundo. S não está satisfeito, se compre o resto do Brasil pra você.

  2. é um verdadeiro idiota, esse idiota deve ser mais um frustrado com sua opção profissional, vida e quem sabe com sua própria família estamos esperando que realmente a procuradoria geral do estado do Maranhão tome alguma providencia sobre o caso e a OAB casse seu registro… agora imagine se esse idiota fosse juiz ou promotor o que será que ele faria?

  3. Carta ao Doutor Gustavo Zanelli

    Nobre Doutor,

    Escrevo esta carta desde já sabendo que o destinatário, no caso, o senhor, dificilmente a lerá. Estará bastante ocupado, certamente, com a repercussão das suas “homenagens” feitas aos nordestinos (e também aos maranhenses). E como dá trabalho desviar-se das pedras pontiagudas advindas de uma autoestima ferida… portanto, é bom que o senhor se mantenha bastante ocupado.

    Como realmente não sei se esta carta alcançará o senhor, que tenha então a serventia de um desabafo. Mas não quero transformá-la em um contraveneno temperado com xenofobia recíproca. É preciso encontrar equilíbrio para não se nivelar às palavras subterrâneas proferidas por alguém em seus dias tão pouco felizes.

    Doutor Zanelli, por mais que eu leia e releia o que supostamente foi dito pelo senhor nos meios de comunicação, não vejo justificativa para tamanha amargura. “Ah, eu fui mal atendido na repartição pública X”. Ora, quem nunca foi? Não é esta uma exclusividade dos filhos do Nordeste e conterrâneos de Gonçalves Dias. “Ah, mas São Luís é muito quente, parece mais o inferno”. Outro dia, meu nobre, em Porto Alegre/RS, mediu-se 36 (trinta e seis) graus à sombra. E a capital gaúcha está dentro desta triste linha separatista atribuída ao senhor naquele mapa de horrores.

    Consta que o senhor usou (e muito mal) essa “terra de ninguém” chamada genericamente de rede social. Agora, terá que se explicar. Nesse meio tempo, quem sabe, poderá até se arrepender. Não seria mal para qualquer ser humano, por mais absurdas que sejam suas atitudes ou palavras, que as reveja. E assim, entre um lamber e outro das suas feridas, possa, quem sabe, manter uma conversa íntima com a sua consciência.
    Acaso não queira conversar com sua consciência, Doutor Zanelli, que se defenda então. Como nunca defendeu um cliente seu antes. Mas peço que nesse exercício não dê essas previsíveis respostas-padrão tipo “tenho vários amigos nordestinos”. Desculpe, mas esse chavão não convence mais de tão carcomido. Procure então uma linha de defesa atrelada aos males da alma.

    Ninguém, ninguém mesmo (nordestino ou não), tem culpa que o senhor não quisesse vir e nem passar muito tempo em São Luís, Doutor Zanelli.

    Ao manifestar o seu “pensamento”, o senhor lamentavelmente misturou o privado com o público, pois acabou deixando sua frustração aflorar, contaminar e pré-conceber as suas opiniões perante milhares de pessoas que não tinham qualquer motivo para serem tão açoitadas em seus brios.

    O senhor chegou armado até os dentes pela má vontade com o alheio. Uma pena. Poderia vir com o seu coração mais aberto e ajudar com as suas opiniões propositivas e soluções vanguardistas para os nossos (muitos) problemas e precariedades. Mas, infelizmente, pelas atitudes percebidas, o senhor teria optado pelo caminho destrutivo, ou seja, por um não-caminho, sem rumo e às cegas. E usou palavras de fluência pouco cognitiva, truncada e não recomendável a um profissional que lida especificamente com o verbo.

    Talvez não saiba, mas tantos outros sulistas como o senhor, há muito tempo que se instalaram com mala e cuia às centenas e milhares, principalmente no Centro-Sul do Maranhão. E hoje chamam, sem ranços, o Maranhão carinhosamente de “minha terra”.

    Mas se defenda, Doutor Zanelli. Se no futuro não lhe ocorrerem maiores consequências, quem sabe um dia, volte para São Luís com a alma mais leve, menos desarmada e com olhos menos travados. Mas antes de vir, informe-se um pouquinho que seja sobre a nossa história e as nossas riquezas (sim, nós a temos). INFORME-SE, pois, como diz o cancioneiro, “ignorância é vizinha da maldade”.

    E se nesse retorno, o senhor voltar a criticar os ventos e temperos nordestinos, critique, só que agora com mais embasamento e menos virulência e irreflexão. E PROPONHA SOLUÇÕES, acima de tudo. Estamos em busca delas. Com toda humildade.

    Por fim, caso seja provada a existência de uma teoria conspiratória que venha a atribuir tudo que foi dito a uma ação de hackers, considere esta singela carta como uma hedionda fraude.

    Obrigado.

    Bruno Tomé Fonseca, maranhense, de São Luís/MA, Procurador do Estado do Maranhão, Advogado, Professor Universitário

    • Dr. Bruno, belíssimas palavras!!
      Eu, vinda de Brasília, residente no Maranhão há 3 (três) anos considero este maravilhoso Estado a MINHA TERRA! Aqui me casei e nasceram os meus filhos!
      Parabéns!!

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