Caso Sefaz: OAB-MA repudia “espetacularização” e condena magistrados em força-tarefa

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A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Maranhão (OAB-MA), emitiu ontem (7) nota oficial por meio da qual repudiou a “espetacularização de ações” do Ministério Público no chamado “Caso Sefaz” e condena a notícia de que até magistrados integram  uma força-tarefa de combate à corrupção chefiada promotor Paulo Roberto Barbosa Ramos, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Tributária e Econômica de São Luís (saiba mais).

“É indispensável, independentemente de qual a acusação feita, que as regras constitucionais prevaleçam e que todos os operadores do direito envolvidos no processo (membros do Ministério Público, juízes, advogados, delegados, etc) trabalhem conforme os princípios legais e que evitem os ‘acordos’ que comprometam a decisão e o trabalho de uma Justiça imparcial e verdadeira”, diz o comunicado.

Leia a íntegra abaixo.

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Maranhão, vem a público manifestar-se sobre os relevantes fatos envolvendo advogados, procuradores, gestores públicos e funcionários da Secretaria de Fazenda do Estado do Maranhão.

De pronto, a OAB/MA repudia a espetacularização de ações e condena, com veemência, caso comprovado, a participação de profissionais da magistratura em “Forças Tarefas” e/ou “acordos” para a apuração de supostos crimes, uma vez que precisa ser respeitado o sagrado direito constitucional de ampla defesa, contraditório e devido processo legal, sob pena de grave subversão do Estado Democrático de Direito.

É indispensável, independentemente de qual a acusação feita, que as regras constitucionais prevaleçam e que todos os operadores do direito envolvidos no processo (membros do Ministério Público, juízes, advogados, delegados, etc) trabalhem conforme os princípios legais e que evitem os “acordos” que comprometam a decisão e o trabalho de uma Justiça imparcial e verdadeira.

Nunca é demais frisar que a Constituição da República consagra a Presunção de Inocência dentre seus fundamentos basilares, e que qualquer prejulgamento ou execração pública (especialmente através dos meios de imprensa) importam em inequívoca violação ao princípio da dignidade da pessoa humana e a diversos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário.

A OAB-MA, exercendo uma função que é de sua atribuição legal, especialmente quando envolvidos advogados e procuradores, requereu a habilitação e a cópias dos autos para análise dos fatos. Atuou também, inclusive com intervenção pessoal do Presidente e Vice-Presidente da instituição, para que todos os advogados, envolvidos na defesa das partes, tivessem acesso aos autos para que o principio da ampla defesa fosse garantido.
De maneia responsável, a OAB-MA fez todas as apurações necessárias para posteriormente se manifestar sobre o caso, uma vez que por sua história institucional não poderia se manifestar sem prévio conhecimento dos autos, com base em conjecturas ou ilações de qualquer pessoa.

É fato que é imperioso e urgente a necessidade do aperfeiçoamento dos mecanismos de controle dos atos praticados pelo administrador público, não só com o objetivo de punir o desvio, como, também, e essencialmente, evitá-lo. Em prol do bem da sociedade é preciso que se compartilhe dos benefícios e serviços de um sistema de investimentos públicos corretos e transparentes.

Do mesmo modo, é fato que a evolução de nossa sociedade, bem como o aperfeiçoamento dos referidos mecanismos de controle não ocorreram sem o indispensável respeito às normas e garantias legais.

5 pensou em “Caso Sefaz: OAB-MA repudia “espetacularização” e condena magistrados em força-tarefa

  1. Pelas notas das entidades de classe que estão vindo a baila, vê-se que essa tal “Força Tarefa” não possuía legitimidade alguma pra atuar, sendo assim todos os desdobramento do que ela já havia apurado e denunciado estariam prejudicados e seriam nulos?? Vai tudo começar de novo?

    Se essa investigação foi o maior trunfo que o governador Flávio Dino detinha pra aniquilar de vez o seu maior oponente, o ex- presidente José Sarney, e assim se projetar nacionalmente como o político que derrotou e prendeu a filha do oligarca do Maranhão, então parece que com essa ela deu com os burros n’água.

    Depreende-se, ademais disso, que essa investigação de supostos desvios mediante isenção fiscal em governos anteriores ao de Dino, já vinha desde o início do governo do comunista ( 2 anos de investigação), com a batuta de muitas autoridades simpáticas a sua pessoa e que o próprio Flávio Dino tinha ascendências e lhes influenciava. Tudo muito suspeito realmente!

  2. Bando de idiotas, o comunismo não existe mais, acabou. Nem na Russia existe mais. O que existe é a determinação de caçarem bandidos e colocar na cadeia.

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