“Professores não querem só gratificação, mas reajuste nos vencimentos”, afirma Wellington

Em defesa dos professores da Rede Pública do Estado do Maranhão, o deputado estadual Wellington do Curso (PP) participou, na tarde de terça-feira (22), de audiência pública que abordou a Medida Provisória n º 230/17, de autoria do Executivo. A audiência é resultado de várias solicitações de professores, que estão revoltados com a Medida Provisória que, dentre outras coisas, congela vencimentos dos professores ao violar o art.32 do atual Estatuto do Magistério, que impõe obrigatoriamente o reajuste dos vencimentos (saiba mais).

Durante a audiência, vários professores desabafaram e mostraram a insatisfação que permeia a categoria. “O atual governo nos desrespeita. Quem padece somos nós. Nosso Sindicato? Esse não nos representa. Representa o Governo, mas não os professores. E essa Assembleia aqui está mais uma vez sendo posta a teste: se é do lado do povo ou é apenas um puxadinho do Governo. Se nossa juventude está perdida no mundo das drogas a culpa é dos governantes”, desabafou o professor Rezzo Junior.

Indo ao encontro do desabafo do professor Rezzo, o próprio diretor do Sinproesemma, Euges Lima, concordou com a “politização do Sindicato”. “Houve discussão sobre o tema no Sindicato, mas é com tristeza que vemos que a vontade política predominou. Sem discutir coisa alguma com a categoria dos professores. Essa Medida é nociva aos interesses da nossa categoria”, afirmou Euges.

Os professores abordaram ainda o congelamento dos vencimentos e a tentativa do governo em reduzir o percentual de reposição salarial. “Querem congelar nossos vencimentos. Desde 2016, não tivemos o reajuste conforme o art 32 da 9.860/13 assegura. Não queremos só gratificação, mas sim reposição salarial de 19,87%. Qual a desculpa deles para retirar nossos direitos? Eles dizem que não há recursos. Para a Secretaria de Comunicação eles aumentam orçamento, e nós, professores, ficamos como?”, falou o professor Marcelo Pinto.

“Devem ter pensado ‘Vou dar uma esmola e o professor vai se calar. Nós somos profissionais. Tem que respeitar. Não estamos pedindo esmola. Só queremos que se cumpra a lei”, disse a professora Katia Pinheiro.

Ao ouvir os desabafos dos professores, o deputado Wellington reafirmou seu compromisso incondicional com a classe e disse que irá apresentar as alterações à Medida Provisória, impondo um reajuste justo e de acordo com a lei para os educadores.

“Enquanto educador, eu não poderia me omitir. Não posso ver os vencimentos de professores sendo congelados e não fazer coisa alguma. Isso seria contraditório. Não somos contra o aumento da gratificação. Defendemos também o reajuste dos vencimentos de 11,36% retroativo a janeiro de 2016 e 7,64% referente a janeiro de 2017. Os nossos professores não estão pedindo favor algum: o Estatuto do Magistério impõe a obrigatoriedade desse reajuste. Iremos apresentar as alterações por meio de emenda à Medida Provisória, além de solicitar ao governo o reajuste de 19,87%. Tais pedidos refletem, tão somente, a vontade do professor, que merece ser respeitado e valorizado”, afirmou o professor deputado Wellington.

Além do deputado Wellington, estiveram presentes o deputado Eduardo Braide (PMN), o deputado Max Barros (PRP), o vereador Professor Sá Marques (PHS), além do professor da UEMA Saturnino e o professor do Estado Antonisio Furtado , representando a categoria.

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  1. Parabéns a todos que estão nessa luta árdua com os Educadores me geral,mas infelizmente nunca que o Governo Comunista do Dinossauro vai dar esse percentual de aumento, além do mais com outro comunista na Presidência do Sindicato, o tal Vice Prefeito e mais conhecido como o “Traidor do Professores”, Julio Pinheiro. Infelizmente o aumento para esse ano será apenas esse, mais continuem a lutar pelos seus direitos e boa sorte…

  2. O deputado Welligton é no mínimo controverso, defende o pagamento dos professores públicos estaduais, no que está corretíssimo e espero que está categoria Seja respeitada, mas os professores de seu curso preparatório para concurso têm dificuldades para receberem seus pagamentos o ideal é pagar seus próprios funcionários em dia e depois cobrar de quem não o faz ou não está pagando o que é justo.

  3. Vão para outros estados onde o pagamento é parcelado. Trabalham pouco, ganham bem e só vivem falando em greve.” Trabalham” em sala de aula três vezés por semana, quando chove, na maioria das escolas, liberam -se os alunos e professores. Tem gente que quer é moleza. A população sabe fazer a leitura do momento atual.

  4. E aí me vem deputados oportunistas que fingem defender determinadas categorias quando na realidade o que querem é palanque para as próximas eleições. Esse deputado do dis”curso” já sabe o nome do palácio la ravardiere .?

  5. Eu sou professor formado e pós graduado , minha mãe é professora aposentada e falo porque sei como é a realidade de muita escola no Maranhão. Trabalham em sala de aula três vezes por semana quem possui 40 horas. Quando chove e alaga a escola alunos e professores são liberados. Qualquer coisa é motivo para saírem mais cedo. No final o dinheiro tá na conta sem desconto algum limpo. Sou professor há quinze anos e falo o que sei e vejo. Ao contrário de outros “profissionais” que chantageiam politicos e ganham dinheiro fácil.

  6. Se você disser que professor da rede privada trabalha muito, sofre mais , é pressionado de toda sorte, aí eu concordo. Mas serviço público?

  7. ESSE SINPROESSEMA É UMA VEGONHA, E O GOVERNO FLAVIO DINO É PIOR AINDA, COMO EX MAGISTRADO DEVERIA SER O PRIMEIRO A TER VERGONHA NA CARA E CUMPRIR A LEI.

  8. Pingback: Governo rejeita emenda de Braide e mantém reajuste apenas da GAM a professores | Gilberto Léda

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