Pegadores: Justiça mandou bloquear R$ 90 milhões de investigados

PF acredita que quebra de sigilos bancário e fiscal de investigados pode desvendar rede maior de agentes “que se locupletaram desse esquema”

A juíza Paula Souza Moraes, respondendo pela 1ª Vara Criminal da Justiça Federal no Maranhão, determinou o bloqueio de mais de R$ 90 milhões em contas de pessoas e empresas investigadas na Operação Pegadores, da Polícia Federal.

Os valores (veja lista acima) devem ser utilizados para ressarcir o Fundo Nacional de Saúde (FNS) em caso de condenação dos acusados por desvios que, segundo a PF, já chegam à casa dos R$ 18 milhões.

Mas podem ser maiores.

Ao requerer a quebra do sigilo bancário dos alvos da operação – o que já foi autorizado pela Justiça Federal -, os investigadores apontam para essa possibilidade.

Segundo eles, foi a partir da quebra de sigilos bancário e fiscal de investigados em outras fases da Operação Sermão aos Peixes que se chegou ao montante atual de R$ 18 milhões desviados.

Não se descarta, contudo, que o valor seja maior, nem que haja mais envolvidos no esquema.

“Os pagamentos indevidos somente foram percebidos porque esses quatro investigados [Chisleane Marques, Dália Viegas, Josefa Equitéria Muniz e Mariano Silva] já estavam com seus sigilos bancários e fiscal afastados. Percebe-se que o valor, de fato desviado, pode ser muito maior, assim como existem diversas outras pessoas que se locupletaram desse esquema que não foram ainda identificadas”, diz trecho do relatório da PF, que segue investigando o caso.

19 pensou em “Pegadores: Justiça mandou bloquear R$ 90 milhões de investigados

  1. Achei estranho os valores bloqueados da Rosângela Curado serem exatamente idênticos aos do Luis Marques Barbosa. Incrível coincidência ou erro da notícia?

      • Quando eu escrevi “erro da notícia” não me referi ao blog e sim aos números repassados para a imprensa. Que é uma coincidência muito estranha não tenho dúvidas. até os centavos são iguais.

        • Olhando mais uma vez, tem uma série de valores que ao meu ver estão repetidos:
          (18) Luiz Marques = (20) Rosângela Curado;
          (01) IDAC = (08) Antonio Aragão;
          (05) Inst. Serv. Médicos = (13) Ideide Lopes;
          (04) ORC Gestão = (22) Osias Filho;
          (06) AJMN = (09) Antonio José;
          (07) Francisco da C S da Silva LTDA = (12) Francisco das Chagas Sousa da Silva (não seriam a mesma pessoa jurídica e pessoa física?).

          • e qual o problema de se repetir valores? A Justiça determina bloquear o valor que lhe parecer mais conveniente ao ressarcimento

      • A respeito da utilização do sistema BACENJUD cabe aqui um esclarecimento.
        A planilha apresentada é apenas a ordem judicial de bloqueio a ser protocolada no sistema. Não quer dizer que os valores citados foram efetivamente bloqueados.
        É possível que nas contas bancárias de um dos investigados não tenha um único real.
        Da forma que o blogueiro notícia o fato compreende-se que já foram bloqueados os valores.
        A resposta do BACEN acerca da efetivação de algum bloqueio está disponível apenas 2 dias úteis após o protocolo do pedido.

  2. O caminho do dinheiro com a quebra dos sigilos bancários e fiscais dos implicados no esquema, levará definitivamente aos cabeças da ORCRIM. Todas as polícias do mundo usam desses expedientes. Não existe crime perfeito. Alguém ira deixar rastros.

  3. Se pedir o sigilo bancário de Marvio Jerry e seus parentes vão encontrar perto de cem milhões
    É bom a policia fazer um pente fino nessa turma do PCdoB e PT. KD o Bira do Pindaré, porque está caladinho?

  4. Creio que seja a ordem para bloquear, ainda não foi efetivado o bloqueio. Até pq o apurado pela fraude é de 18 milhões. Então esse bloqueio de 90 milhões de reais não existe. A notícia precisa ser corrigida.

    Outra coisa: será que esses acusados teriam 90 milhões em contas ou outras aplicações bancárias? acho fantasioso isso

    • Não, Robson. A Justiça manda bloquear valores independentemente de quanto há em conta. Primeiro determina-se o bloqueio, depois vai-se atrás do dinheiro nas contas do investigado

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