Unidades encaminharam dados de oposicionistas ao comando da PM

O tenente Juarez Coelho Júnior, da Polícia Militar do Maranhão, revelou em depoimento na sindicância aberta para apurar a expedição de memorandos determinando o monitoramento de adversários do governador Flávio Dino (PCdoB) nas eleições deste ano que as ordens para “fichar” os oposicionistas já estavam sendo cumpridas.

Segundo o oficial, uma major identificada como Ana Paula informou que que o coronel Heron Santos – supostamente o “Coordenador das Eleições 2018” na corporação (saiba mais) – fazia cobranças porque tinha que apresentar os resultados para o subcomandante-geral, coronel Pedro Ribeiro,  no dia 20 de abril.

Ainda de acordo com o depoimento, o coronel Heron deu orientações para um soldado para que abrisse as tabelas com a informações das unidades do interior e comentou que as informações estavam chegando ao Comando Geral da PM, mas incompletas.

Mais uma mentira?

As informações prestadas por Juarez Coelho contradizem mais uma declaração oficial da cúpula da Segurança Pública do Maranhão.

Na quarta-feira (25), durante entrevista coletiva, o secretário Jefferson Portela garantiu que, mesmo tendo sido anuladas somente 13 dias após sua edição, as ordens de “fichamento” não chegaram a produzir efeitos.

As primeiras informações dão conta de que, apesar de o documento estar datado do dia 6 [de abril], eles começaram a chegar para o interior do estado no dia 9 [de abril] e dando prazo final para o dia 10 [de abril]. Ficaria difícil para eles cumprirem isso. Então, não houve resposta, até esse momento aqui, de modo oficial, na sindicância”, destacou (reveja).

Segundo ele, o documento revelado por O Estado no dia 20 de abril era já uma reiteração do pedido de fichamento, porque os comandos do interior ainda não haviam conseguido cumprir o prazo inicial.

Agora, sabe-se que não foi bem assim…

Eleições anteriores

Em nova nota sobre o caso, a SSP se disse “indignada” com o caso e informou que “a sindicância diligenciará nos arquivos da Corporação no sentido de juntar documentos referentes aos pleitos eleitorais anteriores”.

A estratégia, agora, parece óbvia: tentar fazer parecer que a prática de espionar adversários é antiga.

2 pensou em “Unidades encaminharam dados de oposicionistas ao comando da PM

  1. O que menos importa é a cor da bandeira kkkkkkkk O QUE NOS IMPORTA É QUE VAMOS ELEGER FLAVIO DINO DINOVO

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