“Não podemos esperar garantias aos mais pobres”, diz Saulo Arcangeli sobre novo governo Dino

O Maranhão segue precisando organizar os de baixo para a luta contra o latifúndio, o agronegócio e o desemprego!

Por Saulo Arcangeli

No Maranhão o PSTU realizou uma campanha vitoriosa nestas eleições. A chapa Ramon Zapata e Nicinha Durans fez um chamado à classe trabalhadora a fazer uma rebelião e construir um projeto socialista porque só a luta muda a vida. Fez sua campanha junto aos trabalhadores e juventude nas comunidades quilombolas, garagens de ônibus, periferias, zona rural , escolas e universidades.

Queremos agradecer às centenas de ativistas dos movimentos sociais que estiveram conosco nesta campanha e aos milhares de votos que obtivemos. A campanha do PSTU contou com a adesão de lideranças comunitárias, do movimento negro, do movimento sindical, de intelectuais e professores.  Nacionalmente, temos orgulho de ter apresentado uma candidatura 100% operária, nordestina, negra e socialista, com Vera, operária sapateira pernambucana e Hertz Dias, professor maranhense e militante do Movimento Hip Hop Quilombo Urbano, que dialogou com o setor mais explorado e oprimido a necessidade de uma ruptura contra o sistema.

Enfrentamos a falta de democracia desse processo eleitoral e o poder econômico que define o seu resultado. Contamos com apenas 9 segundos de programa eleitoral e fomos excluídos do único debate da Televisão. Mesmo assim o chamado à luta e que os trabalhadores podem sim governar no lugar dos ricos e corruptos foi levado para vários cantos deste Estado. Na conversa cara a cara com nossa classe nas panfletagens percebemos um apoio político muito superior à votação que tivemos nas urnas.

A vitória de Flávio Dino (PC do B) no primeiro turno e dos dois candidatos apoiados por ele ao Senado já eram esperadas pelas pesquisas divulgadas e pelo amplo conjunto de legendas (16, no total) que conseguiu reunir em sua coligação, desde os direitistas DEM e PPS até o PT/PDT, passando por vários partidos do Centrão como o PP e o PR. A Oligarquia Sarney mais uma vez saiu derrotada das urnas perdendo ainda mais espaço no Senado, na Câmara e na Assembleia Legislativa. Maura Jorge (PSL) conseguiu vencer a disputa pessoal com Roberto Rocha (PSDB) e se apresentou como um falsa terceira via aproveitando-se da onda nacional a favor de Bolsonaro.

Não podemos esperar do próximo governo Flávio Dino (PC do B) muitas garantias para os mais pobres. Durante o primeiro mandato e a campanha eleitoral, o atual governador se negou a participar pessoalmente dos debates promovidos pelas entidades do movimento social, ao mesmo tempo que reuniu diversas vezes com representantes do empresariado e investidores internacionais. Foi omisso na defesa dos quilombolas e indigenas no enfrentamento contra o latifúndio e do agronegócio, setores que avançam cada vez mais no Brasil e no Maranhão.

No caso da comunidade do Cajueiro, Flávio Dino mantém o apoio ao projeto de instalação de um porto privado para atender os interesses do capitalismo chinês. Em relação ao funcionalismo público manteve uma política de arrocho salarial e ausência de concursos públicos substituidos pela realização de seletivos e terceirizações.

Agora precisamos organizar a classe trabalhadora do campo e da cidade, o povo pobre, a juventude negra das periferias, as mulheres, os quilombolas, os indígenas, as LGBT’s, para lutar e mudar o Maranhão. Derrotar a violência no campo, o desemprego, a falta de saúde, educação e saneamento básico. Quem se alia à políticos corruptos e ao empresariado nacional e internacional não merece nossa confiança e não será capaz desta tarefa de unir os trabalhadores para a vitória.

Viva a luta dos trabalhadores do Maranhão!
Só a luta muda a vida!
Precisamos construir um projeto socialista no Maranhão e no Brasil!

3 pensou em ““Não podemos esperar garantias aos mais pobres”, diz Saulo Arcangeli sobre novo governo Dino

  1. Esses AUTISTAS querem tanto focar numa REVOLUÇÃO QUE NÃO VAI ACONTECER enquanto milhares de trabalhadores e desprovidos morrem por falta de educação, saúde e segurança . Vivem nos seus salários de classe média, posando de bons moços, enquanto o pobre quer resolver o seu aqui e agora. Haja masturbação intelectual, sem direito a gozo.

  2. A oligarquia está tão desesperada , por não vê luz no fim do túnel , que até abre suas portas para os fanáticos ultraesquerdistas destilar seus venenos ….kkkkkkkk

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