César Pires também condena taxa de 3% sobre produtos agrícolas no MA

O deputado estadual César Pires (PV) também teceu duras críticas à decisão do governador Flávio Dino (PCdoB) de taxar em mais 3% a tonelada da soja, do milho, do milheto e do sogo “produzidos e transportados no Estado do Maranhão”.

O novo tributo foi incluído no mesmo projeto de lei que reduziu o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do gás de cozinha, e que autorizou o Estado a privatizar a Companhia Maranhense de Gás (Gasmar).

Aprovada no início de dezembro deste ano, a nova taxa passará a vigorar em março de 2020 (saiba mais).

Ao Blog do Gilberto Léda o parlamentar disse que o governador maranhense agora avança sobre o agronegócio porque não tem mais “onde buscar dinheiro”, uma vez que, na visão dele, já estão penalizados os trabalhadores, com a recente reforma da Previdência estadual, e os empresários e consumidores, com os sucessivos aumentos de ICMS em várias faixas de consumo.

Ainda de acordo com Pires, o que chamou atenção do governo para os produtores rurais foi o impacto do agronegócio no resultado do PIB de 2017 do Maranhão, que voltou a crescer, de acordo com dados recentemente divulgados pelo IBGE.

“Como ele viu o crescimento grande [do agronegócio], e ele não mais onde buscar dinheiro – porque já buscou do assalariado, no caso da aposentadoria, já buscou dos empresários do ICMS, já buscou da gasolina –, ele vai buscar, agora, justamente da produção rural. É a forma de ele captar recursos pelo desmantelo histórico que ele vem fazendo na administração do Maranhão”, declarou. “Já sofreu o combustível, a bebida, agora sofre o agronegócio”, completou.