O biólogo e “divulgador científico” Atila Iamarino, que ganhou notoriedade durante a pandemia da Covid-19 por comentar, com base em dados científicos, o avanço da doença no Brasil, virou alvo de comunistas após criticar dados do inquérito sorológico divulgado há duas semanas pala Secretaria de Estado da Saúde (SES) do Maranhão.

No Twitter, ele contestou, principalmente, o a informação de que a incidência do novo coronavírus sobre a população maranhense passou dos 40% (saiba mais).

“Maranhão chegou a 40% de prevalência de Covid-19 no estado, como medido por anticorpos. É um índice pavoroso. Se chegaram nesse ponto, deveriam ter visto pelo menos 4-5x mais mortes do que as 5026 que o inquérito registrou”, disse.

O secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula – um dos que mais aplaudiram as avaliações de Iamarino nos último meses -, revidou, e cobrou humildade do biólogo para admitir que estava errado.

“É o erro do cientista de querer colocar a realidade dentro da teoria. São pouco mais de 3 mil óbitos já notificados. 5 mil é uma projeção. Com 5x mais óbitos do que isso, onde estariam escondidos esses corpos? Humildade pra reconhecer que pouco sabemos sobre a doença faz bem”, disse Lula, no que abriu caminho para uma série de ataques ao biólogo.

Nessa contenda, Carlos Lula nem parecia o mesmo que pedia a seus seguidores, no início de agosto, que agradecessem ao Atila Iamarino, “sempre”.

Não é comigo

E não foi só isso.

Em meio ao debate – e confrontado com argumentos do médico Otavio Ranzani, intensivista e epidemiologista -, Lula tentou eximir-se de qualquer responsabilidade sobre o inquérito sorológico.

E colocou a culpa na Ufma.

“A Secretaria apenas ajudou na coleta, toda a parte metodológica coube à universidade e está aberta ao debate público. O painel do CONASS também é para estudos e debates. Fizemos questão de torná-lo público”, afirmou,