Flávio Dino, HCI e aluguéis camaradas

A confirmação, pelo próprio governador Flávio Dino (PCdoB), de que sua gestão pretende mesmo desapropriar um hospital privado, o HCI, para incorporá-lo à rede estadual de saúde (saiba mais), trouxe à baila um debate que incomodou o os comunistas por muitos anos, mas que andava esquecido: os aluguéis camaradas.

Diante da informação de que o governo pretende pagar apenas R$ 18 milhões por um hospital de grande porte, pronto para ser usado, questiona-se por que o governo não fez isso em outros casos.

Para quem não lembra, o governo paga, desde 2015, aluguel mensal a Jean Carlos Oliveira pelo uso de um imóvel na Aurora onde funcionou a Funac e, hoje, funciona um posto da Polícia Militar.

O dono do imóvel é filiado ao PCdoB. No total, ele já recebeu R$ 600 mil desde o início do governo (relembre).

No Jardim Eldorado, outro exemplo.

O governo alugou a Clínica Eldorado. Reformou o prédio e começou a pagar os aluguéis um ano antes do uso.

O imóvel pertence à família de Janyr Carvalho de Araújo, assessora jurídica da Secretaria de Estado da Saúde (SES) – saiba mais.

Nesse caso, o governo Dino já desembolsou R$ 2,9 milhões desde 2016.

O que se pergunta é: se nesses dois casos o governo preferiu alugar e não desapropriar – mesmo diante do manifesto interesse público dos imóveis -, por que, agora, no caso do HCI, optou pela desapropriação?

3 pensou em “Flávio Dino, HCI e aluguéis camaradas

  1. Essa governança, neste caso às avessas, levanta mesmo inquietações populares com a intrigante questão da superabundância de aluguéis de imóveis — supostamente desnecessários (pesos-mortos) no Maranhão? Que a imprensa independente alcunhou com sarcasmos de “aluguéis camaradas”! Vez que com o sagrado pagamento das ditas locações, ao longo de vários anos sucessivos, daria pra se construir ou mesmo comprar, ou até desapropriar, a preços de mercado, inúmeros prédios dos mesmos locados que seriam inclusive incorporados ao patrimônio do Estado! Além da construção ou da reforma gerar empregos e desenvolvimento, ou não?

Os comentários estão fechados.