Depois de 12 anos, São Luís tem eleição sem candidata a prefeita

Hoje senadora, Eliziane Gama foi uma das candidatas em 2016

De O Estado

Depois de exatos 12 anos, São Luís voltará a registrar um pleito na disputa pelo Executivo Municipal sem a representatividade da figura feminina. Em 2008, quando o ex-senador e ex-governador do Maranhão, João Castelo, foi eleito no segundo turno sobre o hoje governador Flávio Dino, havia sido a última vez que esse tipo de cenário se consolidava na capital. Naquele pleito foram 11 candidaturas registradas. Nenhuma feminina.

Em números mais absolutos, numa busca histórica de dados feita por O Estado, de 1992 a 2016 – última eleição municipal realizada pela Justiça Eleitoral -, a ausência de mulheres na disputa pela Prefeitura de São Luís somente ocorreu em 2008. Ou seja, em 28 anos, essa será a segunda eleição sem candidatura feminina na capital.

No atual cenário, figuram como candidatos a prefeito de São Luís: Adriano Sarney (PV); Eduardo Braide (Podemos); Duarte Júnior (Republicanos); Neto Evangelista (DEM); Rubens Júnior (PCdoB); Jeisael Marx (Rede); Franklin Douglas (PSOL); Hertz Dias (PSTU), Carlos Madeira (Solidariedade), Yglésio Moyses (PROS) e Bira do Pindaré (PSB).

A única mulher que chegou a lançar pré-candidatura foi a deputada estadual Detinha (PL). Ela, contudo, abriu mão da disputa majoritária e o PL aderiu à pré-candidatura de Duarte Júnior, num movimento capitaneado pelo seu esposo, o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL).

Fora do cenário – Presente nas duas últimas eleições como candidata a prefeita, a senadora Eliziane Gama (Cidadania) sequer demonstrou interesse em participar do pleito.

Em 2018, logo depois de ter sido eleita para o Senado, ela chegou a admitir a possibilidade de não disputar pela terceira vez consecutiva a eleição majoritária na capital.

Naquela ocasião, ela justificou que o objetivo único era dedicar-se ao mandato no Congresso Nacional.

Abriu mão – A ex-governadora Roseana Sarney chegou a ter seu nome defendido publicamente pela direção do MDB para lançar pré-candidatura na capital.

Apesar disso, ela rejeitou a proposta e optou por participar ativamente das discussões em relação aos rumos do partido político na capital e no Maranhão.

O MDB assegurou apoio ao pré-candidato Neto Evangelista, após uma articulação junto ao comando nacional do partido. Roseana Sarney foi quem anunciou a decisão da legenda em seu perfil em rede social.

De 1985 a 2020, num espaço de 35 anos, apenas duas mulheres foram eleitas prefeita de São Luís. Tratam-se de Gardênia Castelo, em 1985 e Conceição Andrade, em 1992. Gardênia, do PDS, derrotou Jaime Santana, do PFL no segundo turno. Já Conceição Andrade, do PSB, derrotou naquele ano, João Alberto, do PFL.

3 pensou em “Depois de 12 anos, São Luís tem eleição sem candidata a prefeita

  1. Acho, sinceramente, que as prefeitas que São Luís já teve só causaram decepção para a ilha rebelde. Não querendo ser machista, mas quando a mulher assume um cargo político quem realmente governa é o seu companheiro. São Luís não carece de uma mão feminina para melhorar a vida de seus moradores, e sim de uma pessoa honesta e que pense na coletividade e não em tirar proveitos do cargo. São Luís merece muito mais.

  2. E isso é porque todos os candidatos enalteceram o papel da mulher na política, mas nenhum, nenhum mesmo, colocou uma mulher como cabeça de chapa.

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