César Pires critica corte de quase R$ 30 milhões do orçamento da Uema

O deputado César Pires fez duras críticas ao governador Flávio Dino por reduzir, em quase R$ 30 milhões, o orçamento das universidades estaduais deste ano. Em vídeo publicado em suas redes sociais, o parlamentar ressalta que os decretos do governador, transferindo recursos para a Secretaria de Infraestrutura (Sinfra) prejudicarão ainda mais o funcionamento da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e da Universidade Estadual da Região Tocantina (UemaSul).

“O mesmo governador que critica o presidente Bolsonaro por retirar recursos das universidades é quem comete atrocidades contra a Uema e a UemaSul, que já funcionam em situação precaríssima”, afirmou César Pires, ao referir-se aos decretos 36.708, publicado dia 12 deste mês, e 36.757, que consta do Diário Oficial do dia 25 de maio. O primeiro transfere R$ 2 milhões da UemaSul para a Sinfra. O segundo retira R$ 27.579.727,00 das duas universidades – R$ 13.829.727,00 da UEMA e R$ 13.750.000,00 da UemaSul – também para aumentar o orçamento da Sinfra.

César Pires cobra mais valorização da educação superior ao questionar a prioridade dada pelo governo Flávio Dino à conservação de prédios e logradouros públicos no município de Matões, que pelo Decreto 36.757 receberá R$ 79.727,00 do total de recursos que serão retirados do orçamento da Universidade Estadual.

“O governador gasta muito com propaganda para dizer que, em sua gestão, a educação pública no Maranhão avançou muito. Mas como pode avançar se o chefe do Executivo prefere retirar recursos da educação superior para destinar à manutenção e aquisição de prédios, como preveem os decretos? Com certeza ele não tem interesse em formar cidadãos com capacidade crítica, que não aceitariam tamanho absurdo”, enfatizou César Pires.

O deputado ressaltou que os recursos retirados da UEMA seriam investidos na valorização, formação e capacitação dos profissionais da educação superior, em todo o Maranhão, e na formação superior nos municípios de Codó, Coelho Neto, Itapecuru-Mirim, Pinheiro, São Bento e São Luís. No caso da UemaSul, ações como a administração da universidade, expansão da graduação, mais qualidade acadêmica e o ensino de pós-graduação vão perder recursos.

“Vamos cobrar justificativa do governador para essa retirada de recursos das nossas universidades. Ele demonstra não ter nenhum apreço ou preocupação com a formação acadêmica e acredito que haverá a devida reação do mundo acadêmico. Como professor que fui daquela universidade, não me calarei diante de tamanho absurdo”, finalizou César Pires.

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