Da coluna Estado Maior

Ganhou ainda mais corpo nos últimos dias o debate nacional – mas não menos inflamado no Maranhão – sobre a escalada dos preços dos combustíveis e sobre o valor que o ICMS estadual representa no preço pago pelo consumidor final nas bombas.

Os governadores anteciparam-se a reagir com uma carta, assinada por 20 deles, alegando que o imposto estadual não tem nada que ver com isso, já que as alíquotas não sofrem alterações há anos em praticamente todas as unidades da federação.

– Os Governadores dos Entes Federados brasileiros signatários vêm a público esclarecer que, nos últimos 12 meses, o preço da gasolina registrou um aumento superior a 40%, embora nenhum Estado tenha aumentado o ICMS incidente sobre os combustíveis ao longo desse período. Essa é a maior prova de que se trata de um problema nacional, e, não somente, de uma unidade federativa. Falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema -, diz a carta dos gestores.

É o velho jogo de empurra.

O governo federal diz que os estados têm culpa; os governadores, que a culpa é toda do presidente.

O debate está equivocado, contudo.

Ao cidadão comum, pagador de impostos, pouco importa para quem vai o valor da fatura. O fato é que ele está pagando. E caro.

A discussão que a população quer ver é sobre o que cada um dos entes pode fazer para conter a constante alta dos preços dos combustíveis. É isso o que bons gestores colhem de uma crise como essa: soluções.