Gastão preocupado com saúde mental de estudantes no pós-pandemia

A terceira rodada da pesquisa Impactos Primários e Secundários da Covid-19 em Crianças e Adolescentes, realizada em junho deste ano pelo Unicef, mostra que 56% dos adultos identificaram que algum adolescente do domicílio apresentou um ou mais sintomas relacionados à saúde mental durante a pandemia.

“A pandemia isolou os jovens e a vida escolar acabou sendo a mais afetada. Eles não só deixaram de ir à escola, mas principalmente de interagir com outras pessoas. Isso pode ter provocado impactos gigantescos na saúde mental desses jovens”, disse Gastão Vieira.

Os números da pesquisa do Unicef mostram que entre os problemas mais comuns estão as mudanças repentinas de humor e irritabilidade (29%); alteração no sono, como insônia ou excesso de sono (28%); diminuição do interesse em atividades rotineiras (28%); preocupações exageradas com o futuro (26%); e alterações no apetite (25%).

“O desafio agora é mudar essa realidade. Promover políticas públicas que possam devolver a esses jovens uma vida equilibrada pós-pandemia. Para isso, junto com mais dez parlamentares, elaboramos o Projeto de Lei 3408/21 que institui a Política Nacional de Atenção Psicossocial nas Comunidades Escolares, para promover a saúde mental da comunidade escolar”, afirmou o parlamentar.

A estratégia é integrar as áreas de educação e saúde para desenvolver ações de promoção, prevenção e atenção psicossocial nas escolas. Promover a educação permanente de gestores e profissionais das áreas de educação, saúde e assistência social.

“Para implementação da Política Nacional de Atenção Psicossocial nas comunidades é preciso a integração da comunidade escolar com as equipes de atenção primária à saúde do território onde a escola está inserida. E ainda, garantir a oferta de serviços de atenção psicossocial para a comunidade escolar e a participação dos estudantes como sujeitos ativos no processo de construção da atenção psicossocial oferecida à comunidade escolar. Esses são alguns dos desafios.”

O projeto prevê a criação, em cada escola, de um Comitê Gestor de Atenção Psicossocial, com a participação obrigatória de representantes da atenção básica responsável pelo território e da comunidade escolar, sendo facultada a participação dos serviços de proteção social básica do Sistema Único de Assistência Social.

“Sem dúvida, essa atenção com a saúde mental dos nossos estudantes pode ser o ponto de partida para um recomeço da vida escolar,” finalizou Gastão Vieira.