É fato notório e já de conhecimento público, principalmente de quem é da advocacia e de quem faz parte do Ministério Público Estadual, que este ano será bastante marcado por corridas eleitorais, e aqui preciso frisar que não estou falando das eleições parlamentares e majoritárias que se aproximam.

Algo que tem sido pauta em quase toda roda de conversa nos ambientes jurídicos é o processo de escolha dos futuros desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão.

Em 31 de março, a Assembleia Legislativa aprovou a criação de sete novas vagas de desembargadores para a Corte maranhense, das quais três já foram preenchidas, restando, portanto, outras quatro, que serão ocupadas da seguinte maneira: duas serão de magistrados; uma será do Quinto Constitucional do Ministério Público; e outra será do Quinto Constitucional da OAB.

Advocacia

Em relação à OAB, até o momento, não se deu início ao processo de escolha. E é justamente por essa razão que tem se visto muitas movimentações por parte daqueles que já pretendem apresentar seus nomes na disputa pelo cargo do Tribunal.

Basta passar os olhos nas redes sociais para se ver que muita gente já se mobiliza em torno de ideias e propostas que façam valer as indicações. Isso porque, na OAB, pela primeira vez, quem tiver interesse em concorrer ao cargo vai precisar passar pela aprovação de seus pares, que votarão em doze nomes para a formação de uma primeira lista, a ser apreciada e reduzida nos respectivos conselhos estaduais para seis indicações.

Fato é que, enquanto as eleições do Quinto Constitucional não chegam, quem tem o que apresentar não tem perdido tempo no propósito de se consolidar como nome merecedor da confiança dos próprios colegas de profissão.

Ninguém fala abertamente, ainda, sobre ter ou não ter a intenção de se candidatar. Mas nós seguimos acompanhando os passos de alguns profissionais que, independentemente do objetivo, têm se destacado em ações as mais diversas.

Na advocacia, que tradicionalmente já é uma categoria absolutamente engajada nas escolhas que faz, os debates em torno do processo já começaram. Um exemplo disso é a organização de encontros como o que ocorreu na última quinta-feira, 19, na cidade de Codó, ocasião em que advogados da região puderam falar sobre o que esperam da pessoa que venha a se tornar membro da Corte, pelo Quinto Constitucional da OAB.

O bate-papo foi com o advogado maranhense e mestre em Direito Constitucional, Gabriel Costa.

Um movimento que tende a crescer por todo o estado.

Não apenas por parte de Costa, mas também de outros advogados, que estão muito ativos no debate, mas ainda sem muita exposição.

Questão de estratégia…