
O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), confirmou pela primeira vez, em entrevista ao jornal O Globo, seu distanciamento político do ex-governador e atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino.
Brandão destacou que, após exercer um mandato, é necessário se desvincular do cargo anterior.
“Deixamos de conversar quando ele foi para o Supremo. Há um grupo mais próximo a ele, quatro ou cinco deputados, que se distanciaram um pouco do governo. Existe alguma insatisfação por espaço, e acabam envolvendo o próprio ministro. Acho que, depois de governar, é preciso esquecer que foi governador. Quando há muita interferência, começam os problemas. Estamos politicamente afastados, mas não rompidos”, afirmou.
O governador também criticou a decisão de Dino de suspender a indicação do advogado Flávio Cota indicação ao Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA).
“No caso do TCE, isso tem prejudicado muito o funcionamento da instituição, o que considero ruim para o estado. Há um grupo no Maranhão ligado ao ministro Dino que cria essa situação e leva o caso ao Supremo. O que esperávamos era a ausência de interferência do STF. Lamento muito isso. É ruim quando o Judiciário entra nessa esfera. Espero que a questão seja resolvida. Tentei algumas vezes contato com o ministro, mas não avançou”, declarou Brandão.
Sobre as eleições de 2026, o governador afirmou que só discutirá o tema no próximo ano.
“Existe uma tendência natural para que o governador dispute uma vaga no Senado, mas isso é algo que só vou tratar em 2026. Por mais que eu queira, preciso considerar a posição dos 13 partidos da minha base. Antecipar essa discussão faz com que as pessoas se concentrem na política e deixem de focar em suas entregas”, ponderou.
Leio por cá: Brandão sobre Dino: ‘Politicamente afastados, mas não rompidos’.
Será se Brandão e seus bate-paus jurídicos já pensaram direito sobre essa fala do Gov? Parece que não.
Ora, quando diz que ele e Dino estão politicamente afastados – assim assevera a lógica cartesiana e a hermenêutica elementar – diz que Dino (também) está exercendo atividade política também…. Dino exercer atividade política é conduta vedada pela Lei da Magistratura.
Peixe morre pela boca, viu, Brandão?
N sou defensor de CB e nem defensor de FD, mas sua interpretação, de cunho extensiva, n merece prosperar. Isso pq, constitucionalmente Ministros do STF são agentes políticos. Creio que a fala de CB n pode ser vista como situada na política partidária e sim no pluralismo politico, que é o reconhecimento da diversidade, de ideias, de caminhos, de ideologias etc.