
O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) usou as redes sociais, nesta quinta-feira, 8, para desvirtuar falas do governador Carlos Brandão (PSB) – e até mesmo análises de jornalistas maranhenses – sobre a indicação do sucessor do socialista em 2026.
O comunista aproveitou a ampla repercussão de uma fala do chefe do Executivo em Cajapió para lançar nova crítica ao “aliado”.
“Tenho visto por esses dias um debate esquisito e gravemente deformado sobre ‘indicação’ de quem será governador no Maranhão.Ora, na democracia ninguém indica prefeito, governador ou presidente; todos são eleitos por sua excelência, o povo. E são eleitos mediante um processo eleitoral, concorrendo por partidos políticos. E os candidatos são indicados pelos partidos e coalizões partidárias mediante articulações, debates e realização da convenção”, afirmou, num discurso repleto de obviedades.
A fala de Jerry foi uma reação a esta de Brandão:
“Marcone, quero te parabenizar. Você foi um dos melhores prefeitos de Cajapió, mas teve a sabedoria de escolher um sobrinho para dar continuidade ao teu trabalho, porque a gente não pode entregar para qualquer um e você treinou o seu sobrinho e ele já está fazendo um bom governo e dando continuidade ao seu trabalho”.
É claro que ninguém acredita que um prefeito, governador ou presidente chegue ao cargo por indicação.
Do que se está falando, no momento – a um ano do pleito de 2026 -, é da indicação de candidaturas.
Jerry e seu grupo, por exemplo, têm indicado o vice-governador, Felipe Camarão (PT), como candidato à sucessão de Brandão – embora haja figuras dessa ala que já defendam aliança com o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (mas isto é assunto para outro post).
O governador ainda não se posicionou, mas a recente fala dele soou como um sinal de que ele pode indicar seu sobrinho Orleans Brandão (MDB).
Mas é como candidato, Márcio Jerry.
O eleito, é obvio, será definido pelo voto popular.
Assim como foi em 2012 e 2016, quando o hoje ministro Flávio Dino indicou Edivaldo Holanda Júnior candidato a prefeito de São Luís; ou em 2020, quando indicou Duarte Júnior (PSB) para o mesmo cargo. E, ainda, em 2022, quando o mesmo Dino indicou Brandão
Em todos os casos, não foi a indicação que tornou qualquer um deles eleito.
A decisão é (e sempre será) do povo…