Postura de Brandão sobre 2026 volta a acirrar ânimos entre deputados da base e de oposição

A semana foi de muita adrenalina no plenário da Assembleia Legislativa do Maranhão. A união de discursos dos deputados da base governista provocaram reações dos oposicionistas – algumas mais exaltadas até.

As investidas mais pesadas foram contra os discursos da deputada Mical Damasceno (PSD), na sessão da quarta-feira (7), e do deputado Adelmo Soares (PSB), na quinta (8).

Mical ocupou a tribuna para defender a permanência do governador Carlos Brandão (PSB) no cargo até o final do mandato, em dezembro de 2026, o que praticamente inviabilizaria uma candidatura de Felipe Camarão (PT) ao governo.

Foi a senha para uma nova reação de dinistas na Casa. O deputado Júlio Mendonça (PCdoB), por exemplo, além de dizer que Mical tem “problema cognitivo”, afirmou que ela agia por interesse próprio. “Às vezes, eu entendo que nos discursos lidos, aqui nesta tribuna, o problema é só cognitivo. Não, mas é de caráter também por querer defender os seus interesses particulares, da sua família”, disse o deputado comunista.

O deputado Leandro Bello (Podemos) também partiu pra cima. “Eu não sei a quem e para quem ela quer agradar falando inverdade”, afirmou ele.

Na sessão da quinta-feira, ao sair em defesa do governador Brandão, Adelmo Soares protagonizou um forte debate com o deputado Othelino Neto (SD) – que criticou a fala do governador dando a entender que pode indicar seu sobrinho Orleans Brandão (MDB) como candidato a sua sucessão em 2026.

“O deputado diz que o governador utiliza a família, que é a família que manda. Mas, da mesma forma, eu preciso dizer que, quando houve uma oportunidade para a indicação de um cargo federal, o nosso deputado Othelino indicou a irmã. Quando teve oportunidade de indicar alguém para a suplência de Senador, indicou a sua esposa”, declarou Adelmo.

Ao que parece, os últimos movimentos denotam um novo distanciamento entre dinistas e brandonistas, após algumas semanas de calmaria. E a escalada da tensão tem um motivo claro: aliados de Brandão têm se incomodado com as movimentações independentes de Camarão de olho em 2026.

Com as recentes manifestações do governador, dando novamente sinais de que pode ficar no cargo até dezembro do ano que vem, os dinistas então voltaram a adotar postura de oposição.

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