Neto Evangelista critica adultos com ‘bebês reborn’ e levanta debate sobre saúde mental

O deputado estadual Neto Evangelista (União Brasil) utilizou suas redes sociais para comentar, de forma crítica, a crescente popularidade dos chamados “bebês reborn” — bonecas hiper-realistas tratadas por alguns adultos como se fossem crianças reais.

A publicação, que já soma mais de mil curtidas, soma-se a um debate nacional sobre os limites entre afeto simbólico, saúde mental e exposição em redes sociais.

“Estou confuso ou o mundo tá virando de cabeça para baixo?”, questionou Evangelista. “Quando olho nas redes um adulto tratando bebê reborn como se fosse de verdade, eu não sei se é real ou se a pessoa tá fazendo comédia com esse assunto. Mas se for verdade, isso não é brincadeira, é caso de saúde pública.”

O uso e a relação afetiva com os “reborns” tem dividido opiniões no Brasil. Enquanto alguns especialistas apontam que o vínculo com essas bonecas pode ter função terapêutica, especialmente no luto ou em casos de depressão, há também preocupações sobre exageros, especialmente quando adultos passam a tratar os bonecos com intensidade emocional extrema ou os expõem como filhos em redes sociais.

A fala de Evangelista, embora crítica, escancara uma discussão complexa: até que ponto o comportamento é individualmente inofensivo — e quando ele pode sinalizar um distúrbio a ser acompanhado? O tema, que tem mobilizado psicólogos, psiquiatras e influenciadores, agora também ganha contornos políticos.

Um comentário em “Neto Evangelista critica adultos com ‘bebês reborn’ e levanta debate sobre saúde mental

  1. ADULTECÊNCIA REBORN
    —————–
    Ah, os tempos modernos… ou, como costumo dizer, o prenúncio do fim da civilização. Recentemente, me deparei com a história dos “bebês reborn” e refleti: não conheço um só adulto que tenha um. Talvez eu ande com gente normal — ou só não fui convidado para chá de fraldas de plástico. E ainda tem uma minoria que não larga o brinquedo nem para lavar a louça!
    .
    Pra mim, é claro: vivemos um surto de adultecência. Uma geração que recusa crescer, troca filhos por pets — e agora por bonecos. Isso vem de um certo ranço com a família tradicional, com a ideia de procriar. Preferem abraçar árvores do que entrar num berçário.
    .
    No fundo, querem que desistamos de ter filhos — ou que os troquemos por um poodle, ou um boneco hiper-realista em série. Como dizia Eduardo Dusek, com ironia: “Troque seu cachorro por uma criança pobre”. Hoje, parece que a proposta evoluiu (ou regrediu) para: “Adote um boneco e chame isso de maternidade emocional”.
    .
    E o que dizer das primas distantes dos bebês reborn — as bonecas infláveis japonesas? Essas, desejadas por tarados solitários que trocaram afeto humano por vinil com cílios postiços e olhar fixo de anime. Um abraço gelado e inflado, mas com garantia de silêncio e submissão. Freud que lute.
    .
    E quando esses bonecos “crescerem”? Vão virar manequins… ou algo pior. O mundo anda revirado. Mas sigo rindo. De nervoso? Talvez.
    —————-

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *