
O deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT-MA) reafirmou nesta segunda-feira (13) ter sido alvo de uma gravação ilegal, que estaria sendo divulgada de forma editada e descontextualizada para fins políticos. A manifestação foi feita por meio de uma sequência de publicações nas redes sociais, nas quais o parlamentar afirmou que o caso representa uma “especulação criminosa” e defendeu a abertura de investigação pela Polícia Federal.
Autor, junto com o também deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), de uma representação ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), para que o caso fosse levado à PF, ele evitou, contudo, voltar a falar em vazamento de dados de inquérito da Polícia Civil do MA após a SSP-MA tratar a reação dos parlamentares como “insinuações”.
Segundo Rubens Júnior, ele foi procurado na semana passada por uma repórter que disse ter tido acesso a um áudio de uma conversa realizada na sede do Governo do Maranhão, na qual ele seria um dos interlocutores. O deputado relatou ter solicitado acesso ao conteúdo integral da gravação ou à degravação completa antes de se pronunciar, mas afirmou que o material não foi entregue. Ainda assim, a reportagem teria sido publicada com base apenas em trechos e em uma nota enviada por sua assessoria.
“Gravação ambiental só pode existir com autorização judicial e pedido do Ministério Público ou da Polícia. Não é legal apenas porque teve como alvo um deputado. Sem mandado, é ilegal contra qualquer cidadão”, destacou o parlamentar. Ele também afirmou que não se pode normalizar o uso de espionagem clandestina como instrumento de disputa política, defendendo que o episódio seja devidamente apurado pelas autoridades.
Rubens Júnior disse ver o caso dentro de um cenário político delicado no Maranhão, mas reafirmou que sempre atuou “como uma ponte entre diversos campos, pautado pela ética e pela legalidade”. O deputado acrescentou que, apesar dos ataques sofridos, continuará defendendo o diálogo e o respeito às instituições democráticas.
Diante da gravidade das denúncias, o petista informou que pediu ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Hugo Motta, que o caso seja encaminhado à Polícia Federal para apuração. “Quero ter a consciência limpa de quem sempre agiu dentro da lei e da ética, e que tenha a tranquilidade de ver a federalização da investigação”, concluiu.

Dificil ter um secretário de relações políticas no governo cujo filho faça declarações assim, sabidamente equivocadas, fica insustentável a situação de Rubão.