TRE decide quebrar sigilo bancário de Waldir Maranhão

Waldir: vergonha em rede nacional

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão decidiu hoje (23) determinar a quebra dos sigilos bancário e fiscal do deputado federal Waldir Maranhão (PP).

O juiz Eulálio Figueiredo pediu vistas do processo quando a votação já estava 4 a 0 pela quebra  votaram José Carlos Sousa e Silva, Fróz Sobrinho, Nelson Loureiro e Luiz de França Belchior. O TRE é composto por sete membros, por isso a decisão só será favorável a Maranhão se alguém mudar de entendimento até a apresentação do voto-vista de Figueiredo, o que é pouco provável.

Waldir Maranhão responde a processo na Justiça Eleitoral desde 2010, quando não conseguiu comprovar gastos da ordem de R$ 600 mil na sua campanha eleitoral.

Do total, ele chegou a dizer que R$ 200 mil foram bancados do próprio bolso. Mas a informação não bate com a declaração de renda do então candidato à reeleição para a Câmara dos Deputados.

Na ocasião, os dados apresentados ao TRE apontavam que ele só poderia ter doado para si mesmo, no máximo, R$ 16 mil.

É para apurar essas incongruências que a Justiça Eleitoral quer “dar uma olhada” nas contas bancárias do parlamentar.

Luis Fernando, convênios e desespero da oposição

dino_luisfernandoÉ cada vez mais evidente o desespero da bancada oposicionista na Assembleia Legislativa com o desempenho do secretário de Estado de Infraestrutura, Luis Fernando, pré-candidato do PMDB ao Governo do Estado.

Na quinta-feira (19), em mais uma desesperada tentativa de constranger o peemedebista e criar algum tipo de mácula na pre-candidatura, o líder do Bloco Parlamentar de Oposição, Rubern Júnior (PCdoB), informou que deu entrada na Justiça em mandado de segurança solicitando, vejam só, as prestações de contas dos convênios de 2010.

“Foram convênios assinados a toque de caixa, assinados em um dia, publicados no mesmo dia e pagos no mesmo dia. Agora, queremos saber se foram executados ou não. Apenas isso. Ou o Governo nos apresenta a prestação de contas de 2010 ou nos apresenta a justificativa de que nada disso foi executado. Nós não aceitaremos que exista nesta atual gestão uma caixa preta inviolável, onde a população não possa tomar conhecimento”, enfatizou Rubens Júnior.

Ora, até o dia 31 de dezembro de 2010 Luis Fernando nem membro do Governo do Estado era. Nessa época, o hoje principal auxiliar da governadora Roseana Sarney (PMDB) dedicava-se a administrar a Prefeitura de São José de Ribamar, numa gestão elogiada, inclusive, pelo presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), seu virutal adversário em 2014.

Como é que, agora, os oposicionistas querem que o então prefeito seja obrigado a prestar contas dos tais convênios de 2010 – que, alegam eles, foram usados em benefício da eleição de Roseana?

É como disse, também ontem, o deputado Alexandre Almeida: enquanto Luis Fernando era apenas o melhor prefeito da história do Maranhão, estava bom para a oposição. O problema é que essa imagem agora o credencia a disputar o Governo do Estado. E, para eles, isso é péssimo.

Cassação de Roseana: Oposição faz exercício de futurologia

OposiçãoA turma da oposição no Maranhão tem se apegado  à “futurologia” para manter vivas as esperanças de que haja um julgamento da governadora Roseana Sarney (PMDB), por conta da acusação formalizada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) ainda em 2010.

Depois de confirmado pela Corte, ao analisar um caso do Piauí, que os recursos contra expedição de diplomas (RCEDs) são inconstitucionais para a cassação de mandatos eletivos por abuso de poder político e econômico (reveja), já é unanimidade entre os especialistas que o entendimento valerá, também, para os processos em que figuram 11 governadores – a peemedebista incluída.

Mas a oposição faz as contas, e joga suas fichas na substituição de ministros para apostar que a ação maranhense ainda pode ter destino diferente.

Ocorre o seguinte: dos sete ministros do TSE, um já foi substituído ontem (18). Castro Meira, que votou pela inconstitucionalidade do RCED piauiense, deu lugar definitivamente a João Otávio Noronha. Já Luciana Lóssio, que também votou com o relator, não votará quando o processo de Roseana for a plenário, pois se declarou impedida por motivo de foro íntimo. Nesse caso, o substituto é Admar Gonzaga.

“Já seriam dois votos a menos [a favor da governadora], dos quatro que provavelmente seriam novamente dados”, apontou o líder da Oposição, deputado Rubens Júnior (PCdoB), em conversa com o titular do blog. Ele prefere não arriscar um prognóstico – como ninguém na oposição se arrisca – sobre como votariam os substitutos.

O comunista só não lembrou de citar na conversa o fato de que a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, que votou pela constitucionalidade do RCED, também não votará no caso de Roseana.

Ou seja: é também um voto a menos para a oposição.

Posicionamento do TSE sobre cassações dá a Roseana tranquilidade para decidir sobre sucessão

roseanasarneyA decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de declarar inconstitucional o uso dos recursos contra expedição de diplomas (RCEDs) para a cassação de mandatos eletivos (reveja) deixou em frangalhos as principais lideranças da oposição maranhense.

Não apenas pelo fato de verem ruir em uma noite o sonho alimentado durante três anos de devolver na mesma moeda à governadora Roseana Sarney (PMDB) a cassação que ela conseguiu levar quando o governador era o pedetista Jackson Lago.

Mas, principalmente, pela repercussão que essa fato pode ter nas eleições de 2014.

Se o processo da peemedebista fosse mesmo julgado pelo TSE, era muito provável que ela fosse apeada do poder. Assim avaliavam especialistas em direito eleitoral tanto da oposição, quanto do governo.

Sendo assim, era quase certo que ela não teria condições de comandar suas própria sucessão.

Agora, com a garantia de que poderá ficar no mandato até dezembro de 2014, dependerá apenas da própria Roseana a decisão sobre o seu futuro político: se conclui mesmo o mandato e ajuda a eleger o aliado Luis Fernando Silva (PMDB), ou se sai em março para disputar uma vaga ao Senado.

Qualquer que seja a decisão, no entanto, agora ela poderá ser tomada com a tranquilidade de quem sabe que não terá mais problemas a enfrentar na Justiça Eleitoral.

Processo de cassação de Roseana deve retornar ao TRE

roseana sarney21h52 – O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, na noite desta terça-feira (17), por 4 votos a 3, transformar todos os Recursos Contra Expedição de Diploma (RCED) de governadores eleitos em 2010 – são 11 tramitando na Corte – em Ações de Impugnação de Mandato Eletivo (Aime) e devolver os processos aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para que comecem a ser julgados novamente.

O processo de cassação da governadora Roseana Sarney (PMDB) está incluído entre os que serão “recomeçados”. É improvável que haja tempo para nova tramitação antes do fim do mandato.

A decisão partiu de um entendimento do ministro Dias Toffoli. Em agosto, ao julgar o caso do deputado Assis Carvalho (PT-PI), acusado de comprar votos em sua eleição para a Câmara, em 2010, o ministro disse que a Constituição não permite usar os RCEDs para pedir a cassação do mandato de um político. De acordo com o ministro, o único instrumento adequado, nesses casos, é a Aime.

A ministra Laurita Vaz inaugurou a divergência e hoje, após um pedido de vistas, o ministro Castro Meira seguiu o entendimento do relator. Henrique Neves e Luciana Lóssio também o acompanharam, garantindo os quatro votos necessários para fazer valer o entendimento.

O ministro Marco Aurélio Melo e a presidente Cármen Lúcia seguiram a divergência, definindo o resultado final da votação.

Detalhe técnico pode acabar com processos de cassação de governadores

Do Congresso em Foco

toffoliA um ano das próximas eleições, 11 governadores estão com seus mandatos pendurados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E não há prazo para julgamento desses casos, o que aumenta as chances de eventuais cassações perderem o efeito no tempo.

Entre os governadores à espera de decisão no TSE, estão Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro, Antônio Anastasia (PSDB), de Minas Gerais, Cid Gomes (PSB), do Ceará, e Roseana Sarney (PMDB), do Maranhão (lista completa). Mas todos esses processos, que envolvem suspeitas de compra de votos, corrupção e abuso do poder econômico durante as eleições, correm o risco de serem arquivados de uma só vez por uma questão de natureza técnica.

Está na pauta do TSE, nesta terça-feira (17), a retomada de um julgamento que pode tornar sem efeito os chamados Recursos contra a Expedição de Diploma (RECD), utilizados pelo Ministério Público Eleitoral e por adversários políticos para contestar o mandato dos governadores.

Caso os ministros decidam que esse tipo de recurso não tem poder de retirar mandato eletivo, os processos contra os 11 governadores podem ir diretamente para o arquivo, segundo advogados ouvidos pelo Congresso em Foco.

No final de agosto, o ministro Dias Toffoli votou pelo arquivamento da denúncia contra o deputado Assis Carvalho (PT-PI), acusado de comprar votos em sua eleição para a Câmara, em 2010. Relator da ação contra Assis, Toffoli disse que a Constituição não permite usar os dos recursos contra a expedição de diploma (RCED) para pedir a cassação do mandato de um político. De acordo com o ministro, o único instrumento adequado, nesses casos, é uma ação de impugnação de mandato eletivo (Aime).

O julgamento, previsto para ser retomado hoje, foi suspenso após um pedido de vista do ministro Castro Meira. Na ocasião, a ministra Laurita Vaz discordou de Toffoli. Para ela, tanto os recursos contra expedição de diploma quanto as ações de impugnação de mandato podem, sim, ser utilizadas para eventualmente cassarem um mandato. “A matéria não é nova e, desde há muito, restou definido que [a Aime] não representou a extinção do Recurso Contra Expedição de Diploma”, disse Laurita. Os demais ministros ainda não se manifestaram sobre o assunto.

Se o tribunal decidir pela inadequação dos recursos contra expedição de diploma, as denúncias contra os governadores devem perder o efeito. Não se sabe ao certo se isso aconteceria de forma automática ou seria necessário um novo julgamento. Mas a avaliação é que, naturalmente, o TSE iria optar por julgar causas técnicas e repetidas de uma só vez. “É um impressionante casuísmo. É pra salvar esses onze governadores”, critica Neudo Campos (PP), ex-governador de Roraima que tenta assumir o governo cassando o atual governador do estado.

Definido novo relator do processo de cassação de Roseana Sarney

Ministro-Henrique-NevesO ministro Henrique Neves foi escolhido há pouco, por sorteio no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como novo relator no processo de cassação da governadora Roseana Sarney (PMDB) e do seu vice, Washington Oliveira (PT).

Neves substitui Luciana Lóssio, que se declarou suspeita “por motivo de foro íntimo” na sexta-feira da semana passada (9). Ela foi uma das advogadas da banca que representou a peemedebista no processo em que se contestava a eleição do ex-governador Jackson Lago (PDT) – o pedetista terminou cassado em 2009.

O ministro sorteado hoje é o terceiro relator do Recurso Contra Expedição de Diploma (RCED) protocolado pelo ex-governador José Reinaldo (PSB). Antes dele e de Lóssio, relatava o caso Arnaldo Versiani, que deixou a corte em fevereiro deste ano.

O parecer do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, é pela cassação da governadora.

Oposição sonha com Luis Fernando fora de eventual eleição indireta

luis_fernandoUm assanhamento só na oposição depois que o advogado constitucionalista Rodrigo Lago – um dos melhores do país, diga-se de passagem – publicou em seu perfil no Facebook uma breve explicação sobre os requisitos a serem preenchidos por candidatos a governador numa eventual eleição indireta no Maranhão, caso se concretize a cassação da governadora Roseana Sarney (PMDB).

“Qualquer cidadão pode ser candidato, desde que preencha os requisitos constitucionais e legais de idade (30 anos), filiação e domicílio eleitoral com no mínimo um ano da data da nova eleição, ter sido escolhido candidato por partido, estar quite com a Justiça Eleitoral e não estar inelegível. Não poderão ser candidatos a governadora cassada e os seus parentes até 2º grau”, escreveu o causídico.

Os grifos são do titular do blog para explicitar o motivo da animação dos oposicionistas.

Ocorre o seguinte: Luis Fernando passou a integrar os quadros do PMDB apenas em março de 2013 e, portanto, ainda não completou um ano de filiação partidária. Portanto, não poderia ser candidato se a eleição indireta fosse hoje.

A constatação foi o suficiente para os adversários quase soltarem foguetes. Foram vários os telefonemas e mensagens de membros da oposição ao titular do blog para tratar do assunto.

Na cabeça dessa turma, Roseana pode ser cassada já amanhã. E, então, como sempre, eles já vão comemorando por antecedência.

Luis Fernando, é bom que se diga, completa um ano de filiação dentro de seis meses. Alguém acredita no julgamento do Recurso Contra Expedição de Diploma (RCED) protocolado pelo ex-governador José Reinaldo (PSB) antes disso?

Roseana venceu eleições de 2006 em 25 dos 31 municípios “cooptados” em 2010

votacoesLevantamento realizado semana passada pelo PMDB a pedido do titular do blog comprova que a assinatura de convênios pela governadora Roseana Sarney (PMDB) em 2010 pouco ou em nada influenciou no resultado da eleição daquele ano – motivo de contestação judicial por parte do ex-governador José Reinaldo (PSB).

Os dados vão de encontro à tese sustentada no parecer do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pela cassação da governadora e de seu vice, Washington Oliveira (PT), que tomou por base a denúncia de que ela teria “cooptado” prefeitos de oposição à custa da liberação de convênios às vésperas das eleições.

Os números mostram que Roseana já havia vencido as eleições de 2006, mesmo contra a máquina controlada por José Reinaldo, em nada menos que 25 das 31 cidades administradas por prefeitos da oposição em 2010 e citadas no parecer (veja o quadro comparativo acima).

Em alguns casos, como em São Félix de Balsas, São Pedro da Água Branca e Jenipapo dos Vieira, já naquela época a votação da peemedebista ultrapassara a casa dos 80% dos votos válidos. Detalhe: nos três municípios, após a suposta “cooptação”, a votação  surpreendentemente diminuiu em 2010.

Já em Apicum-Açu e Afonso Cunha a votação foi praticamente a mesma, tanto em 2006 – quando, repise-se, Roseana estava fora do governo e sem nenhum aliado comandando o Estado -, quanto em 2010.

Há ainda cinco exemplos de cidades nas quais, apesar da vitória e dos “convênios milionários”, a votação da atual governadora diminuiu em 2010, ao invés de aumentar, como quer fazer parecer a oposição. Isso ocorreu em São Pedro dos Crentes, Dom Pedro, Amarante do Maranhão, São José dos Basílios e Amapá do Maranhão.

O titular do blog ainda não contactou nenhum membro do governo para comentar o assunto, mas fontes do PMDB acreditam que as tabelas serão usadas na defesa da governadora quando do julgamento da ação pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Nota: o blog retirou da lista os municípios de Santo Antônio dos Lopes e Formosa da Serra Negra por inconsistência dos dados coletados.

Relatora declara-se impedida em processo de cassação de Roseana

lucina_lossioA ministra Luciana Lóssio (foto), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), declarou-se suspeita “por motivo de foro íntimo”, nesta sexta-feira (9), de atuar como relatora no processo de cassação da governadora Roseana Sarney (PMDB).

Ela havia assumido a responsabilidade após substituir o ministro Arnaldo Versiani, na vaga destinada à advocacia.

A decisão de Lóssio já era esperada. Ela foi uma das advogadas da banca que representou Roseana no processo em que a peemedebista contestava a eleição do ex-governador Jackson Lago (PDT) – o pedetista terminou casado em 2009 – e seria muito questionada se votasse contra a cassação da atual governadora.

Com isso, o processo será redistribuído para um novo relator.