PF revela que desvios na SES chegaram a R$ 18 milhões

A Polícia Federal revelou agora há pouco em entrevista coletiva em sua sede, na Cohama, que mais de R$ 18 milhões em recursos para a saúde foram desviados desde 2015 e destinados para o que a própria PF denominou de “apadrinhados políticos”. Segundo a PF – cuja operação Pegadores ocorreu em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) – estes valores eram  compilados e, em seguida, distribuídos. A PF admite que os valores desviados poderão ser ainda maiores.

Ainda de acordo com a PF, um assessor técnico inserido na folha de funcionários atual da Secretaria de Saúde do Estado era um dos responsáveis pela distribuição dos valores. Somente uma empresa de fachada – que aparentemente revendia sorvetes – abocanhou R$ 1,2 milhão que, em seguida, eram repassados a aliados do governo.

No total, a polícia revelou que 424 pessoas estavam inseridas no quadro de unidades hospitalares do estado do Maranhão sem prestar expediente. As suspeitas começaram a partir da identificação de uma enfermeira que prestava serviços para a SES, de um salário incompatível com a função. A constatação foi feita em março de 2015 e, segundo a apuração, o valor recebido pela funcionária era de R$ 13 mil.

A PF confirmou ainda que a ex-secretária adjunta de Saúde, Rosângela Curado, está presa e que o superintendente de Acompanhamento da pasta também foi detido. Além destes, tesoureiros e gestores também foram conduzidos. De acordo com as investigações, Curado era uma das pessoas responsáveis por ditar a distribuição dos valores desviados. Ela responderá por corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

A polícia confirmou ainda que a operação Pegadores ainda não foi finalizada e que novas prisões deverão ser feitas nos próximos dias.

Onde foi parar o dinheiro dos convênios?

dinheiroEm mais uma tentativa de protelar o pagamento de convênios às prefeituras maranhenses, o Governo do Estado cria novo argumento para o atraso.

Depois de anunciar que as transferências de recursos seriam iniciadas nesta semana (reveja), os comunistas resolveram marcar uma nova reunião com prefeitos, na semana que vem, durante a qual ainda “dialogarão” sobre como o Executivo estadual honrará os compromissos.

Alega o governo Flávio Dino (PCdoB) que a culpa é da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), que, segundo eles, não teria deixado dinheiro em caixa para quitar as dívidas.

Como assim?

O leitor de boa memória há de recordar que, assim que tomou posse como governador, Flávio Dino mandou cancelar ordens bancárias emitidas entre os dias 29 e 31 de dezembro de 2014.

Denunciavam a existência de supostas irregularidades – nunca reveladas.

Entre os tantos documentos encaminhados na ocasião ao Banco do Brasil, havia pelo menos 40 pagamentos da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social (Sedes).

Eram convênios.

Se havia ordens bancárias, era porque o dinheiro estava lá no banco, só esperando a chegada da documentação para que o recurso fosse transferido às prefeituras.

As OBs foram canceladas, como já se sabe. Mas, e o dinheiro? Onde foi parar?

“Deixe essa briga política de lado”, pede empresário ao cobrar Flávio Dino

Um empreiteiro deixou um relato na área de comentários do Blog do Gilberto Léda no qual reclama da demora no pagamento de convênios por parte do Governo do Estado.

Ele diz concordar com a decisão do governador Flávio Dino (PCdoB) de haver cancelado ordens bancárias emitidas entre os dias 29 e 31 de dezembro do ano passado – os valores de vários convênios estavam ali incluídos -, mas reclama que, no caso de obras efetivamente concluídas, os o recurso já deveria ter sido repassado às prefeituras para a quitação dos débitos.

E faz uma espécie de súplica ao comunista: “Deixe essa briga política para segundo plano e faça o que você prometeu em sua campanha, um Maranhão diferente”.

leia abaixo o desabafo do empresário.

“Sou dono de uma pequena construtora que tinha 34 funcionários, consegui três obras de pavimentação urbana sendo em cidades diferentes. Participamos das licitações com várias outras empresas chegando até baixar o valor da obra. Executamos 100% das três obras e recebemos apenas 30% de cada, todas as obras foram concluídas em novembro de 2014.

Duas obras ficaram para ser pagas no fim do ano, onde nosso atual governador pediu que o banco estornassem os pagamentos feitos dia 29, 30 e 31 de dezembro de 2014.

Até concordo em partes com essa ação, sendo a premissa de fiscalizar os pagamentos das obras com erros, nossas obras foram fiscalizadas e aprovadas pela gestão anterior e a atual gestão fiscalizou em fevereiro desse ano e até agora não pagaram os projetos. Sabem o que aconteceu? Tive que demitir 34 arrimos de família, por que empresa que trabalha honestamente tem que pagar impostos e funcionários.

Agora o que nós empresários fazemos? Não tenho padrinho politico, a única coisa que posso fazer é cobrar os prefeitos pois meu contrato é direto com a prefeitura.

Senhor governador Flávio Dino, peço como apartidário: veja a situação das empresas e de seus funcionários, deixe essa briga política para segundo plano e faça o que você prometeu em sua campanha, um Maranhão diferente”

Oscips da gestão Roseana agora servem para Flávio Dino

O governo Flávio Dino (PCdoB) vai-se notabilizando, dia a dia, pela incoerência.

E não se fala aqui do aluguel de aeronaves, assunto já muito bem destacado pelo deputado estadual Adriano Sarney (PV) – reveja.

A mais nova da gestão comunista é na Saúde.

Assim que assumiu o governo, Dino disparou petardos contra a passagem do ex-deputado Ricardo Murad (PMDB) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Condenou contratos, apontou superfaturamentos e demonizou a contratação de Oscips, a quem foram entregues as administrações de várias unidades de saúde em todo o estado.

Mas como coerência não é o forte desse governo mesmo, logo de cara o ICN – uma das contratadas na gestão Murad – abocanhou dois gordos contratos.

Agora, uma nova revelação: o IDAC, instituto que ficou de fora da licitação de Oscips, foi contratado, sem licitação, para tomar conta de seis unidades de saúde.

Ficarão a cargo da entidade o Hospital Geral de Barreirinhas, o Hospital Aquiles Lisboa, o Hospital Regional de Carutapera, o Hospital de Paulino Neves, AME Barra do Corda e AME Imperatriz.

Total do contrato: R$ 18 milhões, segundo revelou a deputada Andrea Murad (PMDB), em discurso na Assembleia Legislativa.

Até o início da gestão Flávio Dino, nunca houve notícia de qualquer malfeito relacionado ao IDAC.

Foi só o comunista assumir, que aparecerem “denúncias”.

Agora deixadas de lado em função da conveniência do Executivo.

Coerência mandou lembranças…

Após críticas, governo suspende licitação para aluguel de aeronaves

pregaoDe O Estado

A Comissão Central de Licitação (CCL) do Governo do Maranhão suspendeu nesta semana o pregão presencial que deveria ter ocorrido no dia 17 de junho para aluguel de um jato e de um bimotor para uso do governador Flávio Dino (PCdoB), do vice-governador Carlos Brandão (PSDB), “bem como das demais autoridades do Executivo Estadual no exercício de suas atividades que envolvem uma agenda intensa e diversificada de compromissos”.

A confirmação da suspensão foi feita pelo pregoeiro oficial do Estado, Paulo Guilherme, em aviso já afixado no mural da sede da CCL, “por motivo de ordem administrativa”.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado da Comunicação, para detalhamento da justificativa, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

A suspensão ocorre pouco mais de uma semana depois de O Estado revelar que o governo Flávio Dino (PCdoB) estima gastar, em um ano, aproximadamente R$ 13,9 milhões com o aluguel. O contrato será firmado com a Casa Civil.

Críticas

A decisão dos comunistas de licitar o serviço foi alvo críticas por parte da oposição, principalmente por conta de posicionamento anterior do governador Flávio Dino sobre o assunto.

No início do ano, o governador Flávio Dino (PCdoB) concedeu entrevista a colunistas da imprensa nacional condenando gastos da gestão anterior com o aluguel de aeronaves. Segundo ele, gastou-se no ano passado R$ 15 milhões com o mesmo serviço.

“Eu viajo de avião comercial, neste momento. Depois faremos contrato em outros termos, que não consuma R$ 15 milhões”, declarou o governador, ainda em janeiro.

A assessoria da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), no entanto, revelou que o contrato de 2014 era de apenas R$ 7,4 milhões, por 11 meses de locação – quase a metade do que se pretende contratar em 2015.

A informação acabou sendo confirmada pelo atual secretário-chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares (PSB). Em entrevista a O Estado ele contestou, no fim da semana passada, uma comparação de valores feitas pelo jornal, mas acabou reafirmando que o contrato do ano passado era quase a metade dos que R$ 13,9 milhões que se estima gastar agora. Uma espécie de desmentido ao governador.

“Esse valor de R$ 13,9 milhões não será o valor contratado. Ele certamente cairá para um pouco mais da metade, ficando no patamar que foi apresentado na gestão passada”, disse, reforçando os dados de 2014.

Mais

No mês de janeiro, o governador Flávio Dino (PCdoB) afirmou, após embarcar num voo comercial para compromissos em Brasília, que utilizaria recursos antes gastos com o aluguel de jatinhos para investimentos em obras, saúde e educação.